O Ministério Público da Paraíba (MPPB) iniciou uma investigação crucial que visa garantir a segurança da infraestrutura hídrica na região. Nesta segunda-feira (10), um inquérito civil foi instaurado para determinar a realização de uma abrangente vistoria nos reservatórios da Cagepa em Campina Grande, no interior do estado. A medida emergencial surge em resposta direta ao recente e trágico rompimento de uma das estruturas da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba, que resultou em uma fatalidade.
De acordo com informações fornecidas pelo próprio MPPB, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba deverá ser oficialmente notificada sobre a decisão nesta terça-feira (11). O promotor responsável pelo inquérito, Hamilton Neves, estabeleceu um prazo rigoroso para que a fiscalização ocorra. Após a Cagepa ser oficiada, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) terá o compromisso de concluir a inspeção em todos os reservatórios no município de Campina Grande em um período máximo de 15 dias. Até o momento, a quantidade exata de estruturas que passarão por essa averiguação ainda não foi divulgada publicamente, e os esforços para obter essa informação junto à gerência regional da Cagepa não renderam retorno imediato.
MPPB Determina Vistoria em Reservatórios da Cagepa após Ruptura
A determinação de inspeção técnica por parte do Ministério Público da Paraíba é uma consequência direta do devastador rompimento de um reservatório de água da Cagepa localizado no bairro da Prata, em Campina Grande, no último sábado, dia 8. Esse lamentável acidente provocou a morte de uma idosa e deixou duas pessoas feridas. A força da água em massa também resultou no desabamento total de três residências e causou danos severos a outras três. O evento chamou atenção para a urgência da segurança em infraestruturas vitais.
No dia do ocorrido, o reservatório cedeu durante a manhã de sábado. Além das vidas impactadas e da destruição material, o episódio teve um impacto considerável na vida de milhares de moradores. Pelo menos 40 bairros de Campina Grande experimentaram interrupções temporárias no fornecimento de água. Adicionalmente, os municípios vizinhos de Lagoa Seca, Lagoa de Roça, Areial e Montadas também foram afetados pela escassez de abastecimento ao longo daquele sábado. A normalização da situação hídrica só começou a ocorrer gradualmente a partir do domingo, dia 9.
A estrutura rompida não causou apenas problemas hídricos. A enorme pressão exercida pelas águas também danificou postes da rede elétrica na região. A Energisa, concessionária responsável pela energia elétrica, comunicou em nota que os danos à rede foram “complexos”. Embora o fornecimento de energia tenha sido prontamente restabelecido por meio de recursos de religamento automático em alguns locais, equipes da Energisa foram mobilizadas para prestar apoio ao Corpo de Bombeiros e para trabalhar na reconstrução dos postes, visando a normalização completa. Por razões de segurança, um desligamento provisório de energia foi executado especificamente na área diretamente atingida pelo rompimento.
A Cagepa, empresa gestora do reservatório, expressou seu lamento pelo ocorrido por meio de nota oficial, manifestando profundo pesar pela perda da idosa. A companhia afirmou que as circunstâncias que levaram ao colapso da estrutura estão sob apuração detalhada, e equipes especializadas, tanto técnicas quanto de assistência social, foram deslocadas para o local imediatamente após o incidente. As autoridades competentes, incluindo o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Polícia Civil, foram prontamente acionadas para prestar auxílio e iniciar as investigações. É importante ressaltar que, apesar da gravidade da situação, não houve registro de vítimas soterradas, uma informação crucial para o atendimento de emergência.

Imagem: g1.globo.com
A determinação do MPPB e a atuação do Crea reforçam a necessidade de constante fiscalização e manutenção das infraestruturas de saneamento básico em todo o país. A atuação desses órgãos é fundamental para proteger a população e assegurar a qualidade dos serviços públicos, em linha com as diretrizes e responsabilidades que permeiam o setor de engenharia e agronomia. Para mais detalhes sobre as atribuições dos Conselhos Regionais e Federal de Engenharia e Agronomia, o site oficial do CONFEA oferece informações valiosas sobre suas competências regulatórias e de fiscalização.
Enquanto a Cagepa segue apurando as causas do acidente e trabalhando na recomposição dos serviços, a sociedade espera por medidas concretas que previnam futuros incidentes. A atuação proativa de órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público, é vital para assegurar que a infraestrutura urbana esteja sempre em conformidade com as normas de segurança, protegendo a vida e o patrimônio dos cidadãos. O desfecho dessa investigação terá impactos diretos na gestão e segurança dos reservatórios não apenas em Campina Grande, mas potencialmente servirá como um precedente para todo o estado da Paraíba, estimulando uma reavaliação dos protocolos de manutenção e vistoria em instalações críticas de saneamento.
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Este caso sublinha a criticidade da segurança hídrica e a importância das inspeções regulares. Continue acompanhando as novidades sobre a fiscalização de reservatórios da Cagepa e outros temas relevantes na editoria Cidades do nosso blog, onde oferecemos as análises mais aprofundadas sobre os acontecimentos na Paraíba e no Brasil.
Crédito da imagem: Jonathan Alves/TV Paraíba


