Plantio de Soja Acelera Após Chuvas em Apucarana e Ivaiporã

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O plantio de soja referente à safra de verão ganhou um ritmo acelerado nos Núcleos Regionais de Apucarana e Ivaiporã, áreas vinculadas à Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento (Seab). Este progresso significativo é uma resposta direta às precipitações volumosas e constantes que banharam a região nos últimos três finais de semana, revitalizando o solo e otimizando as condições para a semeadura da oleaginosa.

De acordo com projeções detalhadas do Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Seab, a região de Ivaiporã se prepara para testemunhar um incremento de até 5% na área destinada ao cultivo de soja. A transição é notável: enquanto na safra anterior 186 mil hectares foram utilizados para a cultura, as estimativas atuais elevam esse total para 195 mil hectares, evidenciando uma expansão expressiva no agronegócio local. Essa expansão se deve, majoritariamente, à realocação de terras anteriormente ocupadas por plantações de milho para silagem e pastagens, culturas que gradativamente perdem espaço frente à lucratividade e demanda da soja.

Plantio de Soja Acelera Após Chuvas em Apucarana e Ivaiporã

Sérgio Carlos Empinotti, engenheiro agrônomo do Deral de Ivaiporã, expressou seu otimismo em relação à safra. Conforme Empinotti, as chuvas registradas foram “suficientes para permitir o início dos trabalhos no campo”, um fator crucial para os agricultores. Ele reiterou: “As chuvas ajudaram bastante. O produtor aproveitou a semana para plantar mais”, confirmando o bom momento para o agronegócio da soja.

O ambiente favorável no campo resultou em um elevado grau de otimismo entre os produtores rurais. “O pessoal está animado e com esperança de uma boa produtividade neste ciclo”, observou Empinotti, destacando a expectativa de superação. A média de produtividade na regional de Ivaiporã historicamente se mantém em torno de 141 sacas por alqueire, mas a fala do engenheiro revela um potencial ainda maior: “temos produtores colhendo até 200 sacas”, indicando a viabilidade de safras de altíssimo rendimento sob condições ideais.

Exemplo concreto dessa vitalidade vem de Jardim Alegre. Carlos Eduardo dos Santos, carinhosamente conhecido como Cadu pelos colegas produtores, narrou sua experiência na semana passada. Aproveitando a conjuntura propícia, Cadu realizou o plantio de 50 alqueires de soja. “Veio uma primeira chuva boa, de 90 milímetros, que amoleceu o solo e manteve a umidade da palhada”, relatou. Em seguida, a segunda precipitação consolidou o sucesso inicial: “Depois da segunda precipitação, a germinação foi excelente, atingindo cerca de dez plantas por metro”, o que é um índice altamente favorável. Com o atual clima, que se mantém mais quente, “as plantas crescem mais rápido”, o que Cadu considera um excelente presságio. A expectativa para sua colheita é alta: “A gente espera, no mínimo, umas 160 sacas por alqueire, se tudo correr bem”, projetou, evidenciando a confiança dos agricultores.

Carlos Eduardo dos Santos também fez ponderações sobre o atual cenário de preços da soja, que se situa em torno de R$ 120 por saca. Embora o mercado tenha experimentado uma leve oscilação de baixa recentemente, o produtor avalia a estabilidade atual de forma positiva. “O mercado teve uma pequena queda, mas já se estabilizou. É um valor que, se ficar neste patamar, dá para trabalhar e fazer as contas com segurança”, explicou Cadu. Esse patamar de preço proporciona uma margem de segurança financeira, essencial para os investimentos e custos da safra, reforçando a decisão dos produtores de investir no plantio de soja.

Com as condições climáticas e de mercado alinhadas, os agricultores da região intensificaram seus esforços para concluir o plantio. Acelerar a semeadura neste momento é estratégico para aproveitar ao máximo a umidade do solo, crucial para o desenvolvimento inicial da planta. A umidade retida pós-chuvas não só facilita a germinação mas também provê o suporte hídrico necessário para as primeiras fases de crescimento.

José Maria da Silva, profissional envolvido diretamente no plantio de uma grande empresa agrícola em Ivaiporã, compartilhou sua perspectiva de campo. Ele observou que as áreas semeadas antes das últimas chuvas já apresentaram uma “boa germinação”, demonstrando a resiliência das sementes. Agora, as equipes estão avançando rapidamente nas demais áreas. “Quem semeou antes vai colher um pouco mais cedo e garantir uma boa produtividade”, salientou, reforçando a vantagem competitiva dos produtores que conseguem antecipar-se, em conformidade com as janelas climáticas.

Na área de abrangência do Núcleo Regional de Apucarana, o avanço do plantio mostra-se ainda mais acelerado. Aproximadamente 70% dos trabalhos já foram concluídos. Adriano Nunomura, técnico do Deral local, informou que a expectativa é de manutenção da área plantada da última safra, com 140 mil hectares dedicados à soja. A projeção para a produção é ambiciosa: cerca de 525 mil toneladas. Esta produção maciça está programada para injetar cerca de R$ 1 bilhão e 50 milhões na economia regional. Tal estimativa é baseada no valor de R$ 120 por saca de 60 kg, alinhando-se à média de preços de mercado comentada pelos produtores.

Nunomura reiterou que as chuvas das últimas semanas foram altamente benéficas para as lavouras que estão em fase inicial de desenvolvimento. Ele também mencionou a boa previsão de chuvas para os próximos dias, o que levou os produtores a intensificar os trabalhos de plantio ainda mais nos últimos dias. Atualmente, a avaliação é de que “as lavouras estão 100% em boas condições, beneficiadas pelas condições climáticas”, garantindo um futuro promissor para a safra na região.

Em suma, o dinamismo do agronegócio nas regiões de Apucarana e Ivaiporã reflete a rápida resposta dos agricultores às condições climáticas favoráveis. A antecipação e intensificação do plantio de soja são movimentos estratégicos que prometem não só uma excelente produtividade, mas também um robusto impulso econômico para as comunidades locais. As projeções de aumento de área, otimismo dos produtores e os valores elevados de injeção financeira reforçam a soja como pilar da economia rural paranaense.

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Crédito da imagem: Cindy Santos/Arquivo

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