O novo álbum Zara Larsson, intitulado “Midnight Sun”, marca uma virada significativa na trajetória da cantora sueca de 27 anos. A artista, que há anos era vista como uma “promessa” do pop global, vivencia agora um período de redescoberta e maior engajamento com sua arte. Após sucessos como “Lush Life” e “Symphony”, além de múltiplas passagens pelo Brasil e turnês internacionais, Larsson revela que a recepção de seu mais recente trabalho demonstra um interesse renovado por sua figura como artista e pessoa.
Desde 2015, Zara Larsson demonstrava um potencial notável com suas performances energéticas e talento vocal, atributos que, segundo seus admiradores, a qualificavam para um estrelato ainda maior. Contudo, apesar de todo o empenho, a consagração plena sempre parecia distante, relegando-a ao status de “quase lá” no cenário competitivo da indústria musical. A artista, que nunca ocultou sua ambição por conquistas maiores, finalmente vê as engrenagens se alinharem.
Zara Larsson Brilha com ‘Midnight Sun’ e Mira o Topo do Pop
Os singles que antecederam o lançamento oficial de “Midnight Sun” na última sexta-feira (26) catalisaram uma mudança palpável. Uma série de elementos, incluindo apresentações virais, figurinos inspirados na estética “Barbie dos anos 2000” e uma estratégica posição como atração de abertura na turnê de Tate McRae, contribuíram para sua ascensão. Embora os números de “megastar” ainda não tenham sido plenamente alcançados, Zara Larsson conquistou algo talvez mais valioso: transformou-se em um dos temas mais comentados nas redes sociais, capturando a atenção de um público que antes não a acompanhava de perto.
Em uma declaração ao portal g1, Zara compartilhou seu entusiasmo: “Pela primeira vez em muito tempo, as pessoas estão interessadas em mim como artista, como pessoa”. Essa percepção da própria cantora ressalta uma nova fase, caracterizada por uma profunda imersão e controle criativo. Questionada sobre o que atribui a este “renascimento” e ao encaixe de todas as peças neste momento, Larsson enfatiza seu autenticidade: “Estou sendo eu e tenho visões criativas, opiniões, arte, e tenho o potencial de expressar tudo isso com todos ao meu redor”.
A diferença marcante desta nova era em sua carreira reside em seu envolvimento sem precedentes em cada etapa da criação. De alguém que inicialmente buscava apenas ser uma “performer com muita vontade de estar no palco”, ela evoluiu para uma artista completa, capaz de “criar o meu próprio mundo”. Larsson distingue claramente as duas definições: “Eu realmente acho que há uma grande diferença entre ser artista e ser performer”, destacando que para ela, ser apenas performer já não era suficiente. Aprofundar-se no processo criativo, desde a concepção musical até a elaboração de “videozinhos” e a inovadora revelação da tracklist com camisetas grafitadas ao lado de seu amigo e colaborador Kai, tornou-se imensamente prazeroso e realizador.
A cantora descreve a satisfação de se conectar verdadeiramente com o público através da música e deste momento particular de sua trajetória, atribuindo isso à sua contribuição intensa no processo. Ela refletiu, com um toque de surpresa, que a chave parecia “tão simples o tempo todo”: falar, posicionar-se e cercar-se de pessoas que a compreendem. Longe de uma equipe composta por “homens de 45 anos” com os quais ela não se conectava aos 15, Zara agora colabora com amigos, o que a faz sentir-se mais confiante e “vista”, permitindo-lhe ser a “melhor versão” de si mesma.
Sobre a perspectiva levantada por Charli XCX de que a arte em torno da música seria mais crucial que a própria música, Zara Larsson ponderou: “Eu discordo disso em partes, porque acho que a música vem em primeiro lugar.” No entanto, concordou que é possível ser um “artista incrível sem ser um cantor particularmente bom ou sem ter hits”, pois as pessoas buscam uma experiência imersiva e a conexão com o “mundo” do artista. Essa dimensão da arte, segundo ela, ganha ainda mais relevância à medida que amadurece.

Imagem: g1.globo.com
Os fãs da sueca, em movimentos como o “Justiça para Zara Larsson”, argumentam que seu reconhecimento estava atrasado. A artista concorda, mas vê este momento como apenas o começo. “Para mim, isso é só o comecinho, sabe, um pequeno buzz”, afirma. Suas ambições vão além do reconhecimento atual: “Eu ainda quero um número 1 ou poder levar uma turnê em arenas para o Brasil ou pelo mundo todo.” Para ela, o fato de as pessoas agora se interessarem por sua jornada artística, e não apenas por suas músicas no rádio, é um sonho realizado. Zara acredita que esse momento não poderia ter ocorrido antes, talvez pela falta de envolvimento profundo ou confiança em sua “voz criativa” na época, concluindo que “era para ser assim, por alguma razão”.
O Brasil exerce uma influência notável no novo trabalho de Zara Larsson. A canção “Hot and Sexy” incorpora sutis batidas de funk brasileiro, um reflexo de sua vinda ao Rock in Rio 2024. A experiência pós-show no Rio, que incluiu estender a estadia, explorar a cidade com namorado e irmã, participar de festas e desfrutar de churrascos incríveis, além de passar tempo com o Dennis DJ, foi fundamental. “Eu simplesmente amo o ritmo. Amo o tempo da batida. Amo o que isso me faz sentir. Me faz dançar”, confessa a cantora, reforçando seu apreço pelo ritmo contagiante.
Essa experiência também moldou o lirismo de “The Ambition”, outra faixa do álbum que Zara aponta como ainda mais inspirada por sua visita. Apesar do grande show no Rock in Rio, a incessante ambição de Zara a levou a desejar “mais produção” e “mais gente nesse palco”, ilustrando que a satisfação plena é um alvo em constante movimento. Seu entusiasmo pelo funk brasileiro é evidente: “Amo o funk brasileiro pra caralho. Acho incrível. Escuto o tempo todo”.
A faixa “Eurosummer” também tem grande destaque no disco, remetendo às famosas coletâneas “Summer Eletrohits” populares no Brasil. Influenciada por um cenário musical europeu, a canção evoca a sonoridade do eurodance do leste europeu, com seu toque de acordeão, que permeava hits dos anos 2000 como “Mr. Saxobeat”. Zara expressa a nostalgia por essas “faixas eurodance” e o desejo de criar algo que pudesse ser tocado tanto em “um clube de praia super chique na Riviera Francesa” quanto em um “bar na Croácia, cheio de jovens bêbados de 18 anos”. Ela vê a música como um retrato do curto, mas intenso, verão europeu e anseia por remixes e colaborações para que “Eurosummer” ecoe em futuras festas de verão. O objetivo é que a música se torne um hino de 2026, celebrando um ciclo que, de certa forma, espelha sua própria jornada.
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A carreira de Zara Larsson, portanto, entra em uma nova e promissora fase, com o “Midnight Sun” solidificando sua posição como uma artista inovadora e com profundo controle sobre sua visão criativa. Este álbum não apenas mostra sua versatilidade musical, com influências que vão do pop sueco ao funk brasileiro e ao eurodance, mas também revela a evolução de uma performer talentosa para uma verdadeira artista completa. Para continuar acompanhando os desdobramentos no cenário da música pop e de outras personalidades, não deixe de explorar as novidades em nossa editoria de Celebridade.
Crédito da imagem: Reprodução/Instagram Zara Larsson
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