Na noite do último sábado, 4 de novembro, uma operação em Monte Alto, no interior de São Paulo, resultou na prisão de três pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de venda clandestina de sangue de gato. As investigações iniciais revelaram que a coleta do material sanguíneo era realizada sob condições sanitárias totalmente inadequadas e sem a devida presença e supervisão de um médico veterinário habilitado, ocorrendo em uma residência localizada na Rua Marciano de Vasconcelos Nogueira.
A ação policial foi desencadeada por denúncias e culminou com o resgate de ao menos seis felinos, que foram encontrados desacordados no imóvel durante a abordagem das autoridades. Os animais, evidentemente submetidos a procedimentos perigosos, foram prontamente resgatados e encaminhados para atendimento veterinário emergencial, em um esforço conjunto para preservar sua saúde e bem-estar.
Venda Clandestina de Sangue de Gato: Trio Preso em Monte Alto
A revelação do esquema de venda clandestina de sangue de gato em Monte Alto surgiu após a Guarda Municipal receber uma denúncia alarmante. Segundo a informação, um perfil ativo em redes sociais estava publicamente ofertando R$ 50 para tutores em troca da coleta de sangue de seus gatos. Essa prática, que denota a exploração animal com fins lucrativos, opera na ilegalidade e apresenta riscos imensuráveis tanto para os animais envolvidos quanto para uma potencial cadeia de transfusões ilícitas e inseguras.
Ao chegar ao endereço indicado, as equipes da Guarda Municipal confirmaram a gravidade da denúncia. No local, encontraram um grupo de cinco pessoas, algumas delas manipulando ativamente equipamentos de uso tipicamente veterinário. Foi nesse contexto que os animais foram avistados em estado de inconsciência, evidenciando que estavam sendo submetidos aos procedimentos ilícitos naquele exato momento. Diante das claras evidências de crime, os guardas procederam à apreensão imediata dos equipamentos de coleta e de diversos frascos contendo amostras de sangue, elementos cruciais para a continuidade das investigações.
Os Envolvidos e o Processo Legal
Os cinco indivíduos presentes na residência foram imediatamente conduzidos à delegacia para prestar os devidos esclarecimentos. Foram identificados como Cleiton Fernando Torres, Sandra Regina de Oliveira, Angela Aparecida Alves Ribeiro, Everton Leite Silva e Jose Luiz de Lima. Após a análise dos depoimentos e a apuração preliminar dos fatos, apenas Cleiton, Sandra e Angela tiveram suas prisões formalizadas, sendo posteriormente transferidos para a Cadeia Pública de Pradópolis, na mesma região de São Paulo. Os outros dois, Everton e Jose, foram liberados após o registro de suas versões, mas permanecem sob investigação.
Paralelamente à ação policial, uma equipe de veterinários da prefeitura foi acionada com urgência para prestar socorro aos felinos resgatados. Os gatos foram removidos do ambiente insalubre e receberam os primeiros cuidados. No entanto, as autoridades não divulgaram detalhes sobre o estado de saúde atualizado dos animais, focando no atendimento imediato e na estabilização de sua condição após o trauma.
Detalhamento da Investigação e Repercussões Legais
O caso foi oficialmente registrado como ato de abuso a animais na Delegacia de Jaboticabal (SP), cidade responsável pela área. A Polícia Civil assumirá a frente da investigação, buscando detalhar as circunstâncias do crime e identificar todos os elos do esquema. O auxílio de perícia técnica será fundamental para a análise dos equipamentos apreendidos e a reconstituição dos fatos, bem como para verificar a legalidade e procedência do material recolhido. É importante notar que práticas como a prática ilegal da medicina veterinária e o abuso animal estão sujeitas a rigorosas penalidades previstas na legislação brasileira, que tem endurecido as medidas contra o maltrato.
A ocorrência levanta sérias preocupações sobre a ética no tratamento animal e a necessidade de supervisão profissional rigorosa em todos os procedimentos veterinários. A realização de coleta de sangue em condições insalubres, sem o acompanhamento de um médico veterinário qualificado, não apenas configura um crime, mas também coloca em risco imenso a vida e a saúde dos animais, além de desconsiderar as regulamentações sanitárias e de bem-estar animal vigentes.

Imagem: g1.globo.com
Declarações dos Indivíduos Presos
Durante os depoimentos prestados na delegacia, os indivíduos apresentaram suas versões dos fatos, as quais serão cuidadosamente investigadas e confrontadas com as evidências materiais. Angela Aparecida Alves Ribeiro, uma das mulheres detidas, alegou ser a proprietária tanto da residência onde os procedimentos ilegais estavam ocorrendo quanto dos gatos que foram encontrados inconscientes. Sua declaração indica que teria permitido a coleta de sangue dos animais com a justificativa de estar ajudando outros gatos que necessitavam de doação, refutando qualquer recebimento de quantia financeira pela sua participação. Esta alegação de altruísmo será um dos pontos cruciais a serem verificados pela Polícia Civil.
Por outro lado, Jose Luiz de Lima, Everton Leite Silva e Cleiton Fernando Torres, ao serem interrogados, relataram que estavam trabalhando como freelancers para uma suposta clínica veterinária localizada em São José do Rio Preto (SP), com o propósito específico de fornecer sangue de gatos. Cleiton Fernando Torres, que se identificou como estudante de veterinária, afirmou que estava na coordenação dos procedimentos e que recebia uma diária de R$ 300 por essa função. Everton e Jose teriam atuado como auxiliares nas coletas, recebendo cada um R$ 100 por dia de serviço. As versões dos três homens sugerem uma organização por trás da prática ilegal, cujo suposto vínculo com uma clínica veterinária necessitará de apuração detalhada.
As informações divulgadas pelo boletim de ocorrência, no entanto, não contêm os detalhes da versão apresentada por Sandra Regina de Oliveira. A Polícia Civil de São Paulo, com o apoio da perícia, dará continuidade à investigação para desvendar todos os aspectos do esquema de venda clandestina de sangue de gato, visando a punição dos responsáveis e a garantia da proteção animal. Os veículos de imprensa g1 e EPTV, afiliada da TV Globo, estão buscando contato com a defesa dos envolvidos para obter seus posicionamentos.
O incidente de Monte Alto reafirma a necessidade de vigilância constante da população e o papel fundamental da denúncia na identificação e combate a crimes que envolvem o maltrato e a exploração animal, bem como outras formas de crime organizado que buscam lucrar ilegalmente. A ação das autoridades demonstra a importância de se combater vigorosamente essas atividades que desrespeitam as leis e o bem-estar dos seres vivos.
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Crédito da imagem: Polícia Civil
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