O caso da fazendeira morta em Montanha, no Norte do Espírito Santo, ganhou novos e perturbadores detalhes com a confissão do vaqueiro, principal suspeito do crime. Vilma Costa Binda, de 80 anos, teve seu corpo descoberto na sexta-feira (26) de outubro, após ser reportada como desaparecida pela família. A investigação conduzida pela Polícia Civil capixaba, por meio do delegado Waldir Martins, da Delegacia de Polícia de Montanha, revelou os movimentos do agressor logo após o assassinato, incluindo um período extenso em uma lanchonete onde ele teria surpreendentemente confessado a autoria do crime a terceiros.
A idosa foi assassinada com golpes de um pedaço de madeira. Conforme apurado pelas autoridades policiais, o vaqueiro, de 30 anos – cuja identidade não foi publicamente revelada –, foi motivado pelo furto e pela subsequente venda de gado da propriedade da vítima. Após a execução do crime hediondo e a efetivação da transação dos animais, o suspeito dirigiu-se a um estabelecimento comercial local em Montanha, onde permaneceu por várias horas.
Vaqueiro Confessa Morte de Fazendeira em Montanha, ES
Relatos de testemunhas na lanchonete indicam que o homem permaneceu no local até por volta das 23h, expressando arrependimento e admitindo ter cometido o ato criminoso. Tal comportamento inusitado gerou apreensão entre os presentes e solidificou as evidências contra ele. Mais tarde, o próprio vaqueiro formalizou sua confissão diante das autoridades policiais. O delegado Martins sublinhou a estranheza da conduta, ressaltando a notável frieza do suspeito após a prática de um crime de tamanha gravidade. As declarações do agressor sinalizavam não apenas o reconhecimento da culpa, mas também um plano de fuga iminente.
O corpo de Vilma Costa Binda foi localizado em um matagal próximo à sua propriedade. A fazendeira estava desaparecida desde a quarta-feira (25) daquela semana, e sua ausência já havia levado a família a procurar a delegacia. Um dos filhos de Vilma, de 47 anos, registrou o desaparecimento em Colatina, no Noroeste do estado, na quinta-feira (25), após reiteradas tentativas de contato com a mãe por telefone se mostrarem infrutíferas, visto que o aparelho da idosa permanecia desligado.
O suspeito, que havia sido empregado da vítima, forneceu informações falsas aos parentes de Vilma, alegando que ela havia partido para o centro da cidade e não retornara desde a quarta-feira. Contudo, informações obtidas pela Polícia Civil na manhã de sexta-feira indicaram a localização do corpo da idosa em um fosso na área da fazenda.
Investigação da Polícia Civil Aponta Motivação por Furto
A prisão do vaqueiro ocorreu no sábado (27), no distrito de Itamira, município de Ponto Belo, também localizado na região Norte do Espírito Santo. A celeridade da resposta policial foi determinante para capturar o homem antes que ele pudesse concretizar seus planos de fuga, conforme havia manifestado na lanchonete. A investigação preliminar apontou que o crime estava diretamente relacionado à cobiça pelos bens da fazendeira, configurando um latrocínio. Para aprofundar o entendimento sobre as leis e a atuação policial em casos criminais no Brasil, consulte informações no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O delegado Waldir Martins trouxe à tona pormenores cruciais sobre o planejamento do crime. O vaqueiro confessou que tinha uma entrega programada de quatro cabeças de gado e, decidido a obter o dinheiro da venda, optou por assassinar a fazendeira. Ele atraiu Vilma com o pretexto de arrumar uma cerca na propriedade e a atacou usando um pedaço de madeira. A arma utilizada no crime, assim como o local onde o suspeito enterrou as chaves do carro da vítima – no solo de uma residência – foram localizados e divulgados pela Polícia Civil, demonstrando o empenho na elucidação dos detalhes da tentativa de acobertamento dos vestígios.

Imagem: vaqueiro em Montanha via g1.globo.com
Fazendeira Já Desconfiava de Funcionário
A relação entre a fazendeira e seu empregado não era isenta de suspeitas, conforme revelado pela apuração policial. Vilma Costa Binda havia compartilhado com seus familiares a desconfiança em relação ao vaqueiro. Ela havia percebido o desaparecimento de alguns objetos da casa e comunicou sua preocupação aos entes queridos. Por sua vez, os familiares haviam aconselhado a idosa a demitir o funcionário em razão dessas suspeitas.
O vaqueiro, que trabalhava na fazenda havia 45 dias na época do crime, já havia prestado serviços para Vilma em outras ocasiões, sempre por períodos breves. Essa recorrência de desaparecimento de itens, somada ao histórico do vínculo empregatício, intensificou as desconfianças da fazendeira, embora ninguém pudesse prever a escalada para um desfecho tão brutal e trágico. O delegado ressaltou que, embora houvesse suspeitas sobre o comportamento do vaqueiro, a brutalidade e a magnitude do crime foram inesperadas e chocantes. A polícia continua com as diligências para assegurar que todos os detalhes sejam esclarecidos e a justiça devidamente cumprida.
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A confissão chocante do vaqueiro e os pormenores revelados pela Polícia Civil esclarecem a brutalidade do assassinato da fazendeira Vilma Costa Binda em Montanha, ES. O crime, impulsionado pela ambição e o furto de gado, enfatiza a relevância da investigação policial na elucidação de casos tão delicados. Mantenha-se informado sobre este e outros temas de segurança pública, e aprofunde seus conhecimentos em nossa editoria de Cidades.
Crédito da Imagem: Reprodução/Redes sociais
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