O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou no domingo (28) grande otimismo sobre um possível acordo de paz em Gaza. Segundo ele, “todos querem fazer um acordo” para resolver o conflito entre Israel e o Hamas. A expectativa era de que uma finalização ocorreria durante seu encontro agendado para a segunda-feira (29) com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
Paralelamente, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, também comentou a situação, indicando que Israel e a Casa Branca estão trabalhando em um novo plano para um cessar-fogo. Em declarações à Fox News Sunday, replicadas pela agência Associated Press (AP), Netanyahu confirmou que, embora os detalhes ainda estivessem em fase de definição, o trabalho em colaboração com a equipe do presidente Trump estava em andamento. “Ainda não foi finalizado, mas estamos trabalhando neste exato momento e espero que possamos… possamos fazer acontecer”, afirmou o líder israelense no programa “The Sunday Briefing”.
Trump prevê Acordo de Paz Gaza em véspera de reunião crucial
Mais cedo no domingo, o ex-mandatário norte-americano havia utilizado sua plataforma Truth Social para divulgar uma mensagem genérica, porém positiva, sobre a região do Oriente Médio. Em sua publicação, Trump escreveu: “Temos uma chance real de Grandeza no Oriente Médio. Todos estão a bordo para algo especial, pela primeira vez. Nós vamos conseguir”, sinalizando a perspectiva de avanços significativos, sem, no entanto, aprofundar em detalhes específicos.
Plano de paz com 21 pontos em análise
Conforme informações da agência AP, o plano de cessar-fogo idealizado por Donald Trump contemplaria a libertação de todos os reféns mantidos em cativeiro em um período de até 48 horas. A proposta também incluiria a retirada progressiva das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Fontes anônimas, três autoridades árabes envolvidas nas negociações, enfatizaram que a proposta ainda não é final e que ajustes substanciais poderiam ser aplicados.
Posicionamento do Hamas diante da proposta
O Hamas, por sua vez, foi notificado sobre o esboço do plano, mas, até o momento da publicação, não havia recebido uma proposição formal por parte dos mediadores do Egito e do Catar. O grupo expressou sua disponibilidade em examinar qualquer iniciativa de maneira construtiva e responsável. Além disso, o Hamas reafirmou sua disposição prévia de liberar todos os reféns em troca do término completo do conflito e da remoção total das forças israelenses da Faixa de Gaza. Antes da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Trump discutiu os termos desta proposta com líderes árabes, preparando o terreno para as próximas negociações.
Netanyahu alvo de boicote na ONU
A discussão sobre o acordo emerge em um contexto diplomático delicado. Na sexta-feira (26), Benjamin Netanyahu protagonizou um discurso tenso na Assembleia Geral das Nações Unidas. Em sua fala, o premiê israelense declarou que seu país manteria os ataques na Faixa de Gaza até a “conclusão do trabalho” no território palestino. De forma desafiadora, Netanyahu rejeitou um Estado Palestino, contestou as pressões internacionais crescentes contra Israel e negou que as Forças de Defesa de Israel estivessem visando civis ou causando fome em Gaza, assegurando que seu país “luta uma batalha” em defesa do Ocidente.

Imagem: g1.globo.com
A entrada de Netanyahu no plenário da ONU foi recebida com vaias, e grande parte das delegações, incluindo a comitiva brasileira, abandonou o local antes mesmo do início de seu pronunciamento, em um claro gesto de repúdio, tal como havia ocorrido no ano anterior. A grave crise humanitária em Gaza dominou o foco da discussão na Assembleia Geral da ONU. Antes dos discursos dos chefes de Estado, diversas nações já haviam anunciado o reconhecimento do Estado da Palestina. É importante ressaltar que a comunidade internacional em sua maioria apoiou o direito de Israel à autodefesa contra o Hamas após os atentados de 7 de outubro de 2023, que resultaram em mais de 1.200 mortes e dezenas de sequestros.
Pressão internacional e relatório da ONU
O agravamento da crise humanitária na Faixa de Gaza gerou fortes críticas por parte da ONU e de nações europeias, intensificando a pressão sobre Israel. Recentemente, uma comissão independente, contratada pelas Nações Unidas, divulgou um relatório neste mês que indicou a ocorrência de genocídio no território palestino. As discussões de Donald Trump e Netanyahu acontecem em meio a este complexo cenário geopolítico, evidenciando a urgência de uma solução diplomática. Para aprofundar a compreensão sobre os complexos desdobramentos diplomáticos e a busca por soluções no cenário de conflitos globais, o site oficial da Organização das Nações Unidas oferece uma perspectiva valiosa, com notícias e documentos que contextualizam a atuação internacional em regiões como o Oriente Médio, como pode ser verificado em sua página de notícias e atualizações sobre a Palestina e Israel.
As informações contidas nesta notícia foram compiladas a partir de dados fornecidos pelas agências de notícias Reuters e Associated Press (AP).
Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista
A possibilidade de um acordo de paz para a Faixa de Gaza, articulado entre figuras como Donald Trump e Benjamin Netanyahu, permanece um ponto focal nas discussões globais sobre o conflito Israel-Hamas. A evolução desse plano, especialmente em face das tensões recentes na ONU e da crise humanitária, será determinante para o futuro da região. Continue acompanhando as atualizações em nossa editoria de Política para ficar por dentro dos próximos capítulos dessa complexa negociação.
Crédito da imagem: X / Reprodução; Reprodução/Truth Social
🔗 Links Úteis
Recursos externos recomendados