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Trump Consolida Controle do TikTok nos EUA com Aliados-Chave

A ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump na quinta-feira, dia 25, pavimentou o caminho para que um seleto grupo de seus aliados assuma as operações do TikTok nos Estados Unidos. Essa manobra garante que a plataforma chinesa, sob a matriz ByteDance, conserve uma participação acionária minoritária no braço americano, enquanto o comando estratégico passaria […]

A ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump na quinta-feira, dia 25, pavimentou o caminho para que um seleto grupo de seus aliados assuma as operações do TikTok nos Estados Unidos. Essa manobra garante que a plataforma chinesa, sob a matriz ByteDance, conserve uma participação acionária minoritária no braço americano, enquanto o comando estratégico passaria para investidores com fortes laços com a administração atual. O movimento representa uma significativa reconfiguração no cenário da tecnologia e da mídia social nos EUA.

De acordo com declarações feitas pelo próprio Trump no Salão Oval da Casa Branca, os novos operadores da versão americana da plataforma são considerados investidores “muito sofisticados”. Entre os nomes confirmados e esperados estão figuras proeminentes do setor de tecnologia e mídia: Larry Ellison, o fundador da Oracle; o renomado investidor Michael Dell; e o influente magnata da mídia Rupert Murdoch. Além destes, análises de mercado indicam que a empresa de investimentos Silver Lake Partners e a influente Andreessen Horowitz, do Vale do Silício, também deverão integrar o arranjo, fortalecendo a aliança de capital e influência.

Trump Consolida Controle do TikTok nos EUA com Aliados-Chave

A ordem executiva, que foi publicada na quinta-feira pela Casa Branca, formaliza a participação da ByteDance. A companhia-mãe do TikTok manterá uma fatia “inferior a 20%” nas operações americanas. Este detalhe financeiro é crucial, pois, apesar da transferência de controle, a ByteDance ainda preserva uma parte de seu investimento e interesse no mercado mais lucrativo da plataforma.

Apesar de os investidores possuírem laços com o presidente Trump e compartilharem de suas convicções políticas, o chefe de estado reiterou que o TikTok operaria sem uma inclinação partidária explícita. “Cada grupo, cada filosofia, cada política serão tratados de maneira muito equitativa”, garantiu Trump. Contudo, ele confessou que, se estivesse ao seu alcance, teria preferido que a rede social fosse “100% MAGA” (Make America Great Again), uma referência direta ao seu famoso slogan de campanha. “Mas não vai funcionar dessa maneira, infelizmente”, admitiu, revelando as complexidades e restrições legais da transação.

Um dos elementos mais vitais da operação envolve o algoritmo da aplicação. O republicano confirmou que a versão americana do TikTok contará com uma cópia integral deste algoritmo, um componente frequentemente descrito como o “molho secreto” da plataforma. Este sistema de recomendação personalizado foi o principal motor que transformou o TikTok em uma das redes sociais mais populares do mundo em poucos anos. Um funcionário da Casa Branca indicou na segunda-feira que o algoritmo será submetido a um monitoramento “contínuo” para assegurar que não haja influências indevidas ou manipulações.

O vice-presidente JD Vance destacou o principal objetivo da medida em suas declarações na quinta-feira: “O objetivo fundamental era manter o funcionamento do TikTok, garantindo, ao mesmo tempo, a proteção da privacidade dos dados dos americanos, de acordo com a lei”. Essa afirmação sublinha a tentativa da administração de conciliar a continuidade do serviço, largamente utilizado pela população, com as preocupações sobre a segurança de dados e a influência estrangeira, questões que estiveram no centro dos debates políticos por anos.

Essa nova estrutura surge em resposta a uma legislação aprovada durante a administração de Joe Biden (2021-2025). Essa lei impôs à controladora chinesa ByteDance a obrigação de vender suas operações nos Estados Unidos ou enfrentar uma proibição total no país, que é o seu maior mercado. Diversos setores políticos norte-americanos, incluindo o próprio Trump em seu primeiro mandato (2017-2021), manifestaram receios de que o governo chinês pudesse utilizar o TikTok para extrair dados sensíveis de cidadãos americanos ou exercer influência através do avançado algoritmo da plataforma. Para entender mais sobre as preocupações de segurança que levaram a essa lei, confira uma análise da CNN Brasil sobre a questão.

O alcance global do TikTok é massivo, com mais de um bilhão de usuários em todo o mundo. Somente nos Estados Unidos, a plataforma conta com mais de 170 milhões de usuários, o que representa quase metade da população do país. O vice-presidente JD Vance avaliou que a entidade americana do TikTok poderia atingir um valor de aproximadamente 14 bilhões de dólares (cerca de 75 bilhões de reais). Contudo, ele ponderou que a definição final do preço ficaria a cargo dos próprios investidores.

Questionado sobre a aprovação de Pequim para o acordo, o presidente Trump confirmou que o líder chinês, Xi Jinping, deu seu aval durante uma ligação telefônica na semana anterior. “(Tenho) grande respeito pelo presidente Xi e agradeço por ter aprovado o acordo”, afirmou. Em resposta a este decreto, Guo Jiakun, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, declarou na sexta-feira: “Esperamos que os Estados Unidos ofereçam um ambiente comercial aberto, justo e não discriminatório para as empresas chinesas que investem em seu território”. A ByteDance e o TikTok não se pronunciaram à Agence France-Presse até o momento da publicação desta reportagem, mantendo o silêncio oficial diante dos desenvolvimentos.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

A complexidade e a relevância dessa decisão ressaltam o crescente embate entre tecnologia, segurança nacional e geopolítica no cenário internacional. As repercussões desse controle sobre o TikTok nos EUA ainda estão por ser plenamente observadas, tanto para o futuro da plataforma quanto para a relação sino-americana. Continue acompanhando a editoria de Política em horadecomecar.com.br/politica para mais atualizações sobre o tema e outras notícias importantes do cenário global.

Crédito da imagem: Agence France-Presse

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