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Taxista condenado a quase 30 anos por matar ex-mulher na BA

A Justiça proferiu uma sentença pesada contra um taxista condenado por matar ex-mulher na Bahia. Carlos Mendes Júnior foi sentenciado a quase 30 anos de prisão pelo homicídio de sua ex-companheira, Helmarta Sousa Santos Luz. O desfecho do júri popular, que se estendeu por cerca de dez horas, ocorreu nesta terça-feira, dia 7, no Fórum […]

A Justiça proferiu uma sentença pesada contra um taxista condenado por matar ex-mulher na Bahia. Carlos Mendes Júnior foi sentenciado a quase 30 anos de prisão pelo homicídio de sua ex-companheira, Helmarta Sousa Santos Luz. O desfecho do júri popular, que se estendeu por cerca de dez horas, ocorreu nesta terça-feira, dia 7, no Fórum Gonçalo Porto de Souza, localizado em Valença, no Baixo Sul baiano.

A pena imposta a Carlos Mendes Júnior foi estabelecida em 29 anos e 8 meses de reclusão, com cumprimento inicial em regime fechado. A decisão judicial concluiu um processo que chamou a atenção da mídia e da sociedade, reforçando a gravidade dos crimes de feminicídio e as consequências para aqueles que os cometem. Este caso serve como um lembrete sombrio da persistência da violência contra a mulher.

Taxista condenado a quase 30 anos por matar ex-mulher na BA

O julgamento do taxista Mendes Júnior culminou em sua condenação por múltiplas acusações. Conforme informações apuradas pela TV Bahia com os representantes legais da família da vítima, o réu foi considerado culpado por homicídio triplamente qualificado — agravado por motivação fútil, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e pela característica de feminicídio. Adicionalmente, ele foi responsabilizado pelos delitos de ocultação de cadáver e fraude processual, indicando uma tentativa de enganar as autoridades durante as investigações.

O Andamento do Júri Popular e os Depoimentos Decisivos

O Tribunal do Júri responsável pela condenação do taxista foi composto por sete jurados, sendo seis homens e uma mulher. A longa sessão, que teve início pela manhã e se prolongou até aproximadamente 20h30 desta terça-feira, incluiu a oitiva de diversas testemunhas-chave e profissionais envolvidos na investigação. Essas oitivas foram cruciais para a compreensão da cronologia dos fatos e a consolidação das provas contra o acusado.

Entre os que prestaram depoimento, estavam o coordenador do Departamento de Polícia Técnica (DPT), o perito criminal responsável pelos laudos técnicos e o médico legista que realizou a necropsia de Helmarta, atestando a causa da morte por estrangulamento. O impacto do crime foi também demonstrado pelos depoimentos emocionados de familiares da vítima: a filha do casal, de apenas 15 anos, a irmã de Helmarta e seu namorado, que trouxeram detalhes do relacionamento e dos dias que antecederam a tragédia.

Relembrando o Desaparecimento e os Primeiros Indícios

A cronologia dos fatos teve início em setembro de 2024, quando Helmarta Sousa Santos Luz desapareceu. Ela foi vista pela última vez na terça-feira, 24 de setembro daquele ano, por volta das 15h, ao sair de seu condomínio em Valença. A auxiliar administrativa deveria seguir para seu local de trabalho, mas não chegou, gerando apreensão imediata entre colegas e familiares. A falta de notícias levantou a suspeita inicial de um possível sequestro.

O corpo de Helmarta foi encontrado três dias depois, em 27 de setembro de 2024, boiando no rio Jacuripe, na área da Ponte do Funil, em Itaparica. A descoberta confirmou os piores temores e deu início a uma investigação intensa para identificar o responsável pelo crime brutal.

Sob forte comoção, Helmarta foi sepultada em 28 de setembro de 2024, em Mutuípe, município do Vale do Jiquiriçá. O cortejo fúnebre reuniu amigos e familiares que viajaram em caravanas de Valença para a última despedida. O trajeto de cerca de 800 metros até o cemitério foi marcado por aplausos, homenagens sinceras e gritos clamando por justiça, evidenciando o desejo de um fim para a violência contra a mulher no Brasil. Para mais detalhes sobre as ações de combate à violência de gênero e o papel da justiça, consultar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é fundamental.

A Confissão do Crime e os Horripilantes Detalhes da Execução

Um ponto crucial na investigação foi a confissão de Carlos Mendes Júnior à polícia. Em depoimento detalhado, o taxista admitiu ter estrangulado Helmarta Sousa Santos Luz com uma corda. O crime, segundo ele, ocorreu na tarde de terça-feira, por volta das 15h. Após o assassinato, Carlos colocou o corpo no porta-malas do veículo e dirigiu de Valença até a Ponte do Funil, em Itaparica, uma viagem de aproximadamente 76 quilômetros que demorou mais de uma hora.

Taxista condenado a quase 30 anos por matar ex-mulher na BA - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Chegando à Ponte do Funil, Carlos Mendes lançou o corpo da vítima de uma altura de 20 metros no rio Jacuripe. Em uma tentativa calculada de dificultar a descoberta, ele confessou ter utilizado pesos de academia para garantir que o corpo não flutuasse e, assim, prolongar a ocultação. Foi no dia 26 de setembro de 2024, que o próprio Carlos indicou o local do descarte aos policiais, colaborando com a localização do cadáver de sua ex-mulher.

Um Histórico de Ciúmes e Inaceitação do Término do Relacionamento

Helmarta e Carlos Mendes Júnior tiveram um relacionamento de 16 anos, período no qual nasceu a filha do casal, hoje com 15 anos. Contudo, apesar do longo tempo juntos, eles estavam separados havia oito meses quando o crime ocorreu. Amigos e familiares de Helmarta relataram o comportamento abusivo de Carlos, caracterizado por intenso ciúme e possessividade. O taxista não aceitava o término e manifestava a intenção de reatar o relacionamento constantemente.

A situação escalou com a notícia de que Helmarta havia começado um novo namoro aproximadamente uma semana antes de ser morta, o que teria acirrado ainda mais a fúria e o ciúme do ex-companheiro. Além disso, a um dia do brutal assassinato, o ex-casal teve uma discussão acalorada na frente da filha, evidenciando o clima de tensão e ameaça que pairava sobre a vida de Helmarta nos seus últimos momentos.

Contradições nas Declarações e a Prisão Iminente

Desde o início das buscas por Helmarta, Carlos Mendes Júnior foi o principal alvo das investigações. Seus depoimentos à Polícia Civil estavam repletos de incoerências. O taxista inicialmente negou qualquer conhecimento sobre o paradeiro da ex-mulher e tentou justificar a falta de comunicação alegando a perda de seu aparelho celular. Contudo, a análise das câmeras de segurança refutou seu álibi, demonstrando que ele não estava no local que alegava durante o período crítico do desaparecimento de Helmarta.

Além das inconsistências, foram observadas marcas de arranhões no corpo de Carlos Mendes Júnior, para as quais ele não apresentou uma explicação convincente. A soma dessas contradições e a recusa em colaborar com a verdade dos fatos levaram à sua prisão, solidificando a suspeita de sua autoria no hediondo assassinato da ex-companheira e permitindo que as autoridades avançassem na busca por justiça.

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A condenação de Carlos Mendes Júnior por assassinar Helmarta Sousa Santos Luz reafirma o compromisso do sistema judicial em punir crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O doloroso caso ressalta a importância da denúncia de violência doméstica e do fortalecimento das redes de apoio para mulheres em situação de risco. Mantenha-se informado sobre este e outros casos de repercussão em nossa seção de Cidades.

Crédito da imagem: Reprodução/TV Bahia

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