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Sorvete alivia efeitos da quimioterapia: benefícios detalhados

O inesperado elo entre o sorvete e quimioterapia tem ganhado destaque, revelando o potencial dessa sobremesa popular em trazer alívio substancial para pacientes em tratamento oncológico. Tradicionalmente apreciado em momentos de lazer e como um item gastronômico versátil, o sorvete assumiu um propósito terapêutico transformador na cidade de Tupã, interior de São Paulo. Lá, o […]

O inesperado elo entre o sorvete e quimioterapia tem ganhado destaque, revelando o potencial dessa sobremesa popular em trazer alívio substancial para pacientes em tratamento oncológico. Tradicionalmente apreciado em momentos de lazer e como um item gastronômico versátil, o sorvete assumiu um propósito terapêutico transformador na cidade de Tupã, interior de São Paulo. Lá, o sorveteiro Jonas Montagnani e a nutricionista Adrieli Simi uniram seus conhecimentos e experiências para criar uma fórmula de sorvete cuidadosamente elaborada para mitigar os desconfortos comuns da quimioterapia e radioterapia, proporcionando uma dose essencial de conforto e suporte nutricional aos que mais precisam.

A adaptabilidade do sorvete é inegável, seja na forma de picolé refrescante, uma paleta mexicana, uma porção generosa de massa ou um elegante gelato. Essa sobremesa se destaca por sua acessibilidade e popularidade em incontáveis situações, desde acompanhar outras preparações até ser o programa ideal para uma tarde de domingo em família. No entanto, sua capacidade recém-descoberta de auxiliar no manejo de efeitos colaterais de procedimentos médicos eleva seu papel para além do prazer habitual. Na última terça-feira, dia 23, data marcante que celebra o Dia do Sorvete, a notável iniciativa dos profissionais de Tupã foi detalhadamente explicada, ressaltando o valor e o diferencial da formulação desenvolvida especialmente para o público oncológico na região do interior paulista.

Sorvete alivia efeitos da quimioterapia: benefícios detalhados

A trajetória de Jonas Montagnani no universo da produção de sorvetes é marcada por um ponto de virada pessoal e profissional diretamente ligado à sua saúde. Em 2005, Montagnani recebeu o diagnóstico de câncer de pele, uma condição que o levou a repensar radicalmente os rumos de sua carreira. Anteriormente proprietário de uma metalúrgica, onde sua rotina incluía longas horas de exposição solar, ele foi aconselhado por seu dermatologista a buscar uma nova área de atuação. Motivador pela sua herança italiana e pelo apreço inerente ao gelato, Jonas viu nessa transição uma chance de se reinventar. Ele investiu em uma série de cursos aprofundados sobre a arte da sorveteria, adquiriu as máquinas e equipamentos necessários, e assim fundou sua própria gelateria. Localizada na Av. Arthur Fernandes, em Tupã (SP), a empresa de Jonas se tornou o cenário onde sua paixão por sabores gelados encontrou um novo significado, com a produção artesanal de sorvetes.

Anos mais tarde, em 2019, o sorveteiro de Tupã teve sua atenção despertada por uma matéria jornalística sobre um estudo acadêmico inovador. A pesquisa, conduzida por uma universidade situada em Santa Catarina, descrevia a formulação de um sorvete com um propósito específico: oferecer alívio aos efeitos colaterais enfrentados por pacientes submetidos a tratamentos oncológicos. Dada sua experiência pessoal com o câncer, Jonas sentiu uma identificação imediata e um profundo desejo de contribuir com o projeto. Ele buscou ativamente o contato com a instituição de ensino, porém, suas tentativas de aproximação não foram bem-sucedidas. Posteriormente, foi informado que a patente da inovadora fórmula havia sido adquirida por uma empresa privada, o que inviabilizou sua participação ou a replicação independente da iniciativa estudada.

A impossibilidade de se envolver no estudo da universidade, agravada pelo contexto global da pandemia de COVID-19, causou uma pausa forçada nos planos de Jonas Montagnani para prosseguir com seu projeto. Contudo, em 2021, uma série de eventos inesperados reacenderam sua motivação e abriram novas portas. Naquele ano, um familiar próximo precisou iniciar um intenso tratamento oncológico, que demandava visitas constantes ao Hospital das Clínicas e à Associação de Combate ao Câncer de Marília. Durante as inúmeras horas que permanecia no local, aguardando o familiar, Jonas aproveitou para se aproximar das equipes de profissionais da Associação. Foi nesse ambiente que ele conheceu Adrieli Simi, uma nutricionista especializada, e percebeu uma oportunidade singular. Convidou-a, então, para colaborarem na criação de uma fórmula de sorvete que pudesse trazer conforto e benefícios nutricionais a pacientes com câncer, materializando seu antigo desejo.

Adrieli Simi, nutricionista com expertise nas áreas de pediatria e oncologia pediátrica, concedeu uma entrevista esclarecedora ao g1, onde detalhou minuciosamente os diversos aspectos benéficos do sorvete desenvolvido em conjunto com Jonas. A principal missão por trás da criação desse sorvete, segundo a explicação de Simi, era fornecer não apenas conforto palatável, mas também um suporte nutricional estratégico. O objetivo era auxiliar os pacientes oncológicos a alcançarem suas metas calóricas e proteicas, elementos de vital importância para manter e preservar o estado nutricional durante fases de tratamento que podem ser desgastantes para o organismo. Um pilar central na concepção do produto era sua capacidade de atenuar a ampla gama de efeitos colaterais comumente associados à quimioterapia e radioterapia, que frequentemente interferem na capacidade de se alimentar e no bem-estar geral dos indivíduos em terapia.

Dentre os sintomas mais prejudiciais que o sorvete adaptado se propõe a aliviar está a mucosite, uma inflamação extremamente dolorosa que acomete a mucosa bucal. Essa condição provoca uma intensa ardência, especialmente ao consumir alimentos quentes, e, como consequência direta, reduz drasticamente a ingestão alimentar do paciente. A textura e a baixa temperatura do sorvete, nesse contexto, atuam como um suave agente anestésico para as feridas e aftas na boca, oferecendo alívio imediato e tornando o processo de alimentação mais tolerável. Outro desafio crucial a ser enfrentado são as náuseas, que tornam a alimentação regular e adequada uma tarefa quase impossível para muitos. Ademais, as alterações no paladar, a boca seca (xerostomia) e a recorrente perda de apetite são sintomas debilitantes para os quais o sorvete formulado com propósito terapêutico surge como uma alternativa saborosa e eficaz para pacientes. Para aprofundar-se em estratégias de manejo de efeitos colaterais de tratamentos oncológicos, é possível consultar o Instituto Nacional de Câncer. Link Externo

Sorvete alivia efeitos da quimioterapia: benefícios detalhados - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Jonas Montagnani, o visionário por trás do projeto conhecido como “Sorvete do Bem”, detalhou as características que conferem à sua criação uma natureza distintiva e segura. O sorvete é confeccionado de forma completamente artesanal, destacando-se pela ausência de corantes artificiais e por ser aromatizado unicamente com sabores naturais provenientes de frutas frescas. Além disso, a receita é cuidadosamente elaborada para ser isenta de açúcar e de lactose, requisitos que ampliam sua adequação e segurança para um maior número de pacientes, incluindo aqueles com restrições alimentares específicas. A nutricionista Adrieli Simi complementou a explanação, aprofundando-se na riqueza nutricional da formulação. Ela enfatizou que o sorvete proporciona excelentes fontes de gordura e carboidratos que são rapidamente absorvidos, elementos cruciais para um fornecimento ágil e contínuo de energia – vital para indivíduos que enfrentam o esgotamento físico do tratamento. Delineou, ainda, que, em contraste com os sorvetes convencionais que apresentam mínimas quantidades, esta versão especial é fortificada com proteínas. Esse componente é fundamental não apenas para promover a sensação de saciedade, mas, primordialmente, para auxiliar na preservação da massa muscular, que é frequentemente afetada e perdida durante os intensos ciclos da terapia oncológica.

Em um período anterior e de grande mobilização, conforme relato de Jonas Montagnani, o projeto atingiu uma escala de doações impressionante. Semanalmente, uma média de 300 potes de 200ml de sorvete eram produzidos e encaminhados diretamente aos pacientes, com o destino principal sendo a Santa Casa de Tupã. Essa ação de generosidade e impacto comunitário foi possível graças à essencial colaboração e ao suporte incondicional de figuras proeminentes da sociedade local. Entre eles, destacam-se Eduardo Shigueru, que na época exercia a função de presidente da Câmara Municipal, e a renomada Entidade Rotary Tupã Vanuire. Ambos desempenharam papéis cruciais, seja no auxílio à distribuição, no custeio parcial ou no apoio logístico, permitindo que o “Sorvete do Bem” fizesse uma diferença tangível no cotidiano e na recuperação dos pacientes que o recebiam.

Atualmente, contudo, a produção deste valioso sorvete ocorre de maneira intermitente e em um volume consideravelmente reduzido se comparada à fase inicial de grande escala. O próprio sorveteiro explicou que o principal obstáculo para a manutenção de uma produção regular e em maior quantidade reside no alto custo dos insumos necessários. Ele revela que a confecção dos potes de sorvete é viável apenas quando há algum recurso disponível para a compra dos ingredientes. Além disso, em demonstração de profunda generosidade e solidariedade, Jonas menciona que existem situações onde familiares ou amigos de pacientes se dispõem a arcar com o custo da matéria-prima. Nesses casos, o sorveteiro oferece sua mão de obra gratuitamente, recusando-se a cobrar por seu trabalho. Essa persistência em ajudar, mesmo diante dos desafios financeiros, enfatiza a relevância de iniciativas que buscam o constante apoio ao tratamento oncológico e projetos semelhantes a este, que demonstram o impacto da dedicação individual na comunidade.

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A iniciativa do “Sorvete do Bem” em Tupã, concebida pela colaboração de Jonas Montagnani e Adrieli Simi, serve como um exemplo inspirador de como a inovação e a solidariedade podem se unir para transformar a realidade de pacientes. Este sorvete artesanal, formulado sem aditivos e com o perfil nutricional aprimorado, não só atua no alívio de desconfortos como mucosite, náuseas e outras manifestações da quimioterapia, mas também oferece momentos de conforto e um suporte essencial durante o percurso desafiador do tratamento. Para continuar explorando notícias sobre avanços em saúde e o impacto positivo de iniciativas locais, convidamos você a seguir nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Arquivo pessoal.

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