Artigos Relacionados

📚 Continue Lendo

Mais artigos do nosso blog

PUBLICIDADE

Show de Ivete Sangalo em Belém celebra Amazônia e indígenas

Na noite do último sábado, 20 de maio, a cidade de Belém foi palco de um evento marcante: o show de Ivete Sangalo em Belém, que combinou música, emoção e uma forte mensagem em defesa da floresta amazônica. A aclamada cantora baiana fez uma apresentação gratuita no Estádio Mangueirão, cativando o público paraense com sua […]

Na noite do último sábado, 20 de maio, a cidade de Belém foi palco de um evento marcante: o show de Ivete Sangalo em Belém, que combinou música, emoção e uma forte mensagem em defesa da floresta amazônica. A aclamada cantora baiana fez uma apresentação gratuita no Estádio Mangueirão, cativando o público paraense com sua energia contagiante e um repertório diversificado. A performance destacou não apenas seus sucessos, mas também a relevância da conscientização sobre a Amazônia e o papel vital dos povos indígenas.

A ligação de Ivete Sangalo com o Pará foi evidenciada pelas suas declarações no palco, onde ressaltou a hospitalidade e o calor do público local. Com mais de três décadas de carreira, a artista expressou seu carinho pelos fãs paraenses, consolidando sua posição de destaque. Um dos momentos mais aclamados da noite foi a interpretação de “Voando Pro Pará”, um clássico da ex-vocalista da banda Calypso, Joelma, que ressoou como um verdadeiro hino na capital paraense. O estádio se transformou em um autêntico carnaval, com dança, alegria e a interação efusiva entre Ivete e sua plateia.

Show de Ivete Sangalo em Belém celebra Amazônia e indígenas

O espetáculo da estrela baiana foi a principal atração do festival “Amazônia Live – Hoje e Sempre”, realizado no maior estádio de Belém. O evento, que teve como propósito principal a conscientização global para a preservação amazônica, também contou com performances de outros nomes proeminentes da cena musical paraense, como Viviane Batidão, conhecida como a rainha do tecnomelody, o grupo Lambateria com Lia Sophia e a Orquestra Jovem Vale Música. Esta foi a segunda iniciativa promovida pelos festivais Rock in Rio e The Town na cidade durante aquela semana, sucedendo a gravação de um especial de TV. Antes de se aprofundar na relevância ambiental da Amazônia, que é de suma importância, instituições como o Governo Federal brasileiro destacam os esforços para a preservação desse bioma crucial.

Na primeira fase do “Amazônia Live”, houve uma gravação de um especial de televisão que reuniu nomes como Mariah Carey, Dona Onete, Gaby Amarantos, Joelma e Zaynara, apresentando-se em um palco flutuante no Rio Guamá, em formato de vitória-régia. Este evento inicial, que também visava a mobilização internacional para a conservação ambiental da Amazônia, foi exclusivo para cerca de 300 convidados em uma balsa, sem acesso ao público em geral. A exclusividade gerou algumas críticas por parte da população local ao longo da semana, que expressou seu descontentamento com a falta de acesso às celebrações do Rock in Rio e The Town na região.

Apesar da recepção inicial controversa, os shows gratuitos no Estádio Mangueirão, liderados por Ivete Sangalo, ofereceram à população paraense a tão esperada oportunidade de participar das ações dos grandes festivais em defesa da Amazônia. Com a Vale como patrocinadora principal, o evento buscou criar uma conexão mais direta com a comunidade, promovendo a conscientização sobre a causa ambiental de forma acessível. A bandeira do Pará, erguida com orgulho durante o espetáculo, simbolizava a união da cultura local com a causa ambiental.

Ivete Sangalo não hesitou em usar o palco como plataforma para um discurso inspirador e enfático sobre a urgência de manter a floresta amazônica “em pé”. Ela enfatizou a importância de uma “consciência limpa” na abordagem da preservação, classificando-a como uma “necessidade urgente”. A cantora baiana ressaltou que a proteção do meio ambiente é um benefício mútuo, uma questão de sobrevivência, e que todos têm não só o direito, mas a obrigação de discutir e agir em prol dessa causa. Sua fala conectou o bem-estar humano à saúde da natureza, defendendo que não são entidades separadas, mas intrinsecamente ligadas.

Dos 47 mil ingressos gratuitos disponibilizados para o show, que foram adquiridos mediante um questionário prévio, o Mangueirão não atingiu sua capacidade máxima. Observou-se que a plateia de Ivete Sangalo se concentrava predominantemente nas áreas mais próximas do palco, sem preencher completamente as arquibancadas mais elevadas. Contudo, o público presente desfrutou de amplo espaço e conforto para se entregar à dança e aos pulos, fazendo da noite uma experiência vibrante e memorável.

O vasto repertório da cantora abrangeu mais de três décadas de sucessos, mesclando hits atuais com clássicos que marcaram sua carreira. A apresentação começou com canções recentes, como “Energia de Gostosa”, “Macetando” e “Cria da Ivete”, embalando a multidão. Em seguida, uma sequência de hits consagrados do século, como “Tempo de Alegria”, “Abalou”, “Sorte Grande”, “Festa” e “Acelera Aê”, mantiveram o público em constante movimento. A artista expressou seu afeto pelo público com um toque de humor, dizendo: “Faz de conta que sou um bombom de cupuaçu e vocês vão me morder todinha”, evidenciando sua conexão com os paraenses.

A segunda parte do espetáculo dedicou-se a um bloco nostálgico, revisitando o carnaval dos anos 90, com canções da sua época de Banda Eva e interpretações de obras de outros artistas. Sucessos como “Faraó, Divindade do Egito”, popularizada por Margareth Menezes, e “Prefixo de Verão”, da Banda Eva, embalaram a plateia em uma viagem no tempo. “Alô Paixão”, “Beleza Rara” e “De Ladinho” também integraram este bloco de clássicos que animaram os presentes.

Na reta final da apresentação, Ivete Sangalo reiterou que aquela noite ficaria gravada em sua história pessoal. Em um novo discurso fervoroso, ela enfatizou novamente a causa da preservação da Amazônia e, notavelmente, em favor dos povos indígenas. A artista descreveu o show como uma “convocação” para cuidar de algo que não pertence apenas a uma parte da população, mas é a essência de todos: “A gente é a natureza, não são coisas diferentes”. Ela reforçou que agredir a natureza é agredir a si próprio.

“Pode soar piegas, mas é um fato”, afirmou a cantora. “A gente precisa viver num ambiente que nos favoreça.” Ela argumentou que, para manter a floresta amazônica gigante e poderosa em pé, o respeito aos seus proprietários originais — os povos originários — é fundamental. A baiana classificou a civilização organizada e o conhecimento dos povos indígenas do Norte do país como “cientificamente genial”, lamentando que suas vozes não sejam ouvidas com a devida atenção. “A gente fala muito de futuro, mas que futuro é esse que você pretende e vai deixar para as próximas gerações?”, questionou Ivete, conectando a responsabilidade ambiental à herança das futuras gerações.

Este pronunciamento eloquente precedeu uma interpretação comovente de “Sal da Terra”, canção de Beto Guedes e Ronaldo Bastos. A música marcou o ápice do momento mais explicitamente dedicado à causa pró-Amazônia na performance da cantora, com sua letra tocante ressoando com a mensagem de preservação e respeito. O show, que estava inicialmente previsto para 22h30, teve início por volta das 23h30 e se estendeu por quase duas horas, culminando já na madrugada de domingo, 21 de maio, superando a 1h da manhã.

Show de Ivete Sangalo em Belém celebra Amazônia e indígenas - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Artistas Paraenses no “Amazônia Live”

Antes de Ivete Sangalo subir ao palco, a artista paraense Viviane Batidão entregou uma performance memorável no “Amazônia Live”. Conhecida por seus 20 anos como rainha do tecnomelody, ela dominou o Mangueirão com um espetáculo que é a quintessência de uma apresentação pop, porém utilizando a rica música do Pará como matéria-prima. Viviane emulou a pirotecnia e a grandiosidade visual das aparelhagens de som locais, com trocas de figurino dignas de uma diva e uma maestria inigualável em conduzir sua audiência em sua terra natal.

A setlist de Viviane Batidão viajou por sua discografia, desde sucessos do auge do tecnomelody nos anos 2000, como “Xanana” e “Galera da Golada”, até hits mais recentes como “É Sal”, “Haja Paciência” e “Olha Bem Pra Mim”. A cantora também incluiu versões criativas de sucessos internacionais de artistas como Rihanna e Lady Gaga, demonstrando sua versatilidade. Apesar do som potente na pista, Viviane atendeu aos clamores do público das arquibancadas, que pedia para “aumentar o som”, prontamente solicitando à equipe de produção para otimizar a acústica: “Joga minha voz para fora, meu filho!”, gritou.

Ainda durante seu show, Viviane Batidão recebeu Gaby Amarantos para uma vibrante performance conjunta de “Te Amo Seu Fudido”, faixa do álbum mais recente de Gaby, “Rock Doido”. As duas artistas trocaram elogios e presentearam a plateia com versões a capella de alguns sucessos de Amarantos, incluindo “Foguinho”, outra canção de sua fase mais recente. O palco se encheu de energia em um momento dedicado ao “rock doido”, um subgênero do tecnobrega que mescla influências do funk carioca e paulista e do brega funk recifense. Durante esta sequência, Viviane Batidão usou óculos estilo Juliette, energizou o público com gritos coreografados, um canhão de fumaça, muita dança e performances teatrais com seu balé, entregando um show de puro espetáculo visual e sonoro.

Orquestra Jovem e Lambateria

As portas do Estádio Mangueirão foram abertas às 16h30, mas os espetáculos musicais tiveram início somente próximo das 19h, após uma chuva torrencial, mais intensa do que o usual em Belém nos dias anteriores. Essa condição climática provavelmente influenciou o fluxo lento de público, que foi se intensificando gradualmente ao longo da noite, lotando o estádio nos shows finais. No momento em que a Orquestra Jovem Vale Música deu as primeiras notas, o Mangueirão ainda se encontrava visivelmente vazio. No entanto, os que chegaram cedo puderam apreciar a performance de meia hora do grupo, que apresentou clássicos do carimbó e do samba em um formato instigante, onde os tambores do ritmo paraense se destacavam, impulsionando a seção melódica.

A apresentação da Orquestra seguiu um roteiro cuidadosamente elaborado, prestando homenagem a mestres da música regional, como Pinduca e Damasceno. O repertório incluiu canções como “No Meio do Pitiú” e “Sinhá Pureza”, valorizando a herança cultural paraense. A cantora Gigi Furtado adicionou um toque especial ao interpretar “Zé do Caroço”, samba icônico na voz da carioca Leci Brandão, acompanhada pela potente orquestra. Alguns desses clássicos do carimbó foram revividos no palco com a “Lambateria Baile Show”, comandada pelo músico Félix Robatto.

Félix Robatto trouxe para o estádio uma versão especial de seu evento semanal no espaço Apoena, em Belém, dedicando-o aos ritmos tradicionais do Pará. O palco pulsou ao som de lambada, guitarrada, cúmbia, merengue, carimbó e brega, em uma celebração da riqueza musical amazônica. Este segmento da noite se destacou por sua conexão intrínseca com as florestas, não apenas pela presença da cantora indígena Carol Pedroso, natural de Alter do Chão, mas por evidenciar a música que germinou e se desenvolveu nas matas e às margens dos rios da Amazônia. Robatto recebeu convidados como Lia Sophia, que cantou bregas antigos e carimbós, e os vocalistas da banda Warilou, outro ícone da música do Norte do Brasil. A riqueza cultural demonstrada reflete a vitalidade dos ecossistemas locais e a importância da sua conservação.

Além dos talentosos músicos, Félix Robatto levou ao palco figuras lendárias da dança paraense: Seu João e Dona Nanci. Este casal de idosos, que são verdadeiras instituições na dança da cidade e assíduos frequentadores do Apoena, foi calorosamente ovacionado pela plateia do Mangueirão. Homenageados em uma canção de Robatto que leva seus nomes, a dupla emocionou a todos com sua vitalidade e graça, representando a continuidade e a paixão pela cultura local. Foi um espetáculo ritmicamente intenso e emocionante, com a guitarra de Robatto em destaque, comandando a festa.

Mais do que uma simples apresentação, a performance da Lambateria foi a que mais harmonizou com o tema da preservação. O show celebrou e manteve viva e pulsante, as músicas tradicionais que emergiram dos rios e florestas do Norte brasileiro, ressaltando o valor da cultura regional como parte indissociável da conservação ambiental. Como afirmou Robatto em seu discurso sobre a defesa da Amazônia: “É importante misturar cultura e meio ambiente porque a base dessa nossa cultura é o meio ambiente. E assim a gente consegue preservar mais e conscientizar mais sobre o meio ambiente.” Sua fala sintetiza a filosofia do “Amazônia Live” e o espírito do evento em Belém.

Confira também: artigo especial sobre redatorprofissiona

Em suma, o show de Ivete Sangalo e o festival “Amazônia Live – Hoje e Sempre” em Belém representaram uma fusão potente de música, cultura e ativismo ambiental. De discursos apaixonados de Ivete Sangalo a performances autênticas de Viviane Batidão e Félix Robatto, o evento reforçou a urgência da preservação amazônica e a valorização dos povos e da cultura da região. Continue acompanhando a cobertura de grandes eventos culturais e shows em nossa editoria de Celebridade, e fique por dentro das principais notícias do entretenimento e da agenda de shows no Brasil e no mundo.

Crédito da imagem: Diego Padilha/Divulgação

Links Externos

🔗 Links Úteis

Recursos externos recomendados

Leia mais

PUBLICIDADE

Plataforma de Gestão de Consentimento by Real Cookie Banner