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SGB mapeia quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul

TÍTULO: SGB mapeia quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul SLUG: sgb-mapeia-areas-risco-rio-grande-do-sul META DESCRIÇÃO: Descubra o mapeamento do SGB de quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul, com 564 mil pessoas em perigo e o novo sistema de alerta para o Guaíba. O Serviço Geológico do Brasil […]

TÍTULO: SGB mapeia quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul
SLUG: sgb-mapeia-areas-risco-rio-grande-do-sul
META DESCRIÇÃO: Descubra o mapeamento do SGB de quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul, com 564 mil pessoas em perigo e o novo sistema de alerta para o Guaíba.

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) concluiu o mapeamento de 1.944 áreas de risco considerado alto e muito alto em 95 municípios do Rio Grande do Sul, abrangendo uma população estimada de 564 mil pessoas e cerca de 154 mil imóveis. O extenso levantamento, fruto de um trabalho de um ano envolvendo mais de 40 pesquisadores, faz parte de uma iniciativa emergencial financiada pelo governo federal, desencadeada após as severas enchentes que assolaram o estado em 2024.

Durante a execução do estudo, foram minuciosamente analisadas as características naturais do terreno e observados sinais de instabilidade que indicam perigo, tais como a inclinação de árvores, a formação de trincas no solo e a detecção de deformações em estruturas de contenção, como muros. Esses elementos foram cruciais para a identificação e categorização das zonas vulneráveis a desastres geohidrológicos.

SGB mapeia quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul

Os resultados do SGB revelaram que Caxias do Sul, localizada na região da Serra gaúcha, apresenta o maior número de áreas de risco, com um total de 145 pontos identificados. Outras cidades que figuram no topo da lista são Nova Petrópolis, Gramado e Veranópolis, cada uma com 68 áreas de atenção. Igrejinha registrou 49 zonas críticas, seguida por Encantado (45), Rolante (44) e Maquiné (43). Estrela, Três Coroas e Novo Hamburgo tiveram 38 áreas de risco mapeadas em seus respectivos territórios.

Em complemento aos mapas detalhados, o Serviço Geológico do Brasil elaborou relatórios técnicos abrangentes e arquivos contendo dados vetoriais das áreas mapeadas. Estes documentos fornecem uma série de recomendações práticas para a atenuação ou eliminação dos riscos identificados. Entre as sugestões estão a implementação de modernos sistemas de drenagem, o aprimoramento do monitoramento e dos mecanismos de alerta à população, além da formulação e aplicação de políticas públicas robustas voltadas para o ordenamento territorial. A pesquisa destaca a necessidade de intervenções que preparem as comunidades para lidar com eventos climáticos futuros.

A pesquisa se mostra particularmente relevante diante do cenário devastador provocado pela enchente histórica de 2024, que atingiu praticamente todos os municípios do Rio Grande do Sul. O desastre, que causou ampla destruição, especialmente na Região Metropolitana e no Vale do Taquari, forçou o desalojamento de milhares de famílias e resultou em 185 mortes. A tragédia mobilizou voluntários e doadores de todo o Brasil, que uniram esforços para prestar auxílio às comunidades afetadas. Em sua repercussão, um ano após o ocorrido, a RBS TV veiculou o documentário “RBS.Doc”, que abordou os impactos e testemunhos de vítimas e voluntários, mostrando o profundo impacto psicológico e social, incluindo a ascensão da ecoansiedade como objeto de estudo entre os moradores locais.

Lançamento do Novo Sistema de Alerta para o Guaíba

Em uma cerimônia realizada na última quinta-feira, dia 25 de abril, o Serviço Geológico do Brasil oficializou a conclusão dos estudos sobre as áreas de risco. O evento marcou também o lançamento do inédito Sistema de Alerta Hidrológico do Guaíba, uma ferramenta crucial que visa oferecer previsões meteorológicas e hidrológicas antecipadas para 17 municípios gaúchos, incluindo a capital, Porto Alegre. Este sistema representa um avanço significativo na capacidade de gestão de riscos no estado.

SGB mapeia quase 2 mil áreas de risco no Rio Grande do Sul - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

A nova plataforma opera com base em dados em tempo real, coletados de 33 estações hidrometeorológicas estrategicamente distribuídas. Essas estações permitem o monitoramento constante das condições pluviométricas e dos níveis dos rios. Os boletins de alerta serão automaticamente emitidos sempre que os rios atingirem cotas de perigo predefinidas, sendo prontamente encaminhados a órgãos essenciais como a Defesa Civil, o CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o CENAD (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres) e a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). Além disso, todas as informações e alertas estarão acessíveis publicamente no site oficial do Serviço Geológico do Brasil, ampliando o acesso à população e entidades.

O desenvolvimento deste sistema é fruto de uma colaboração estratégica entre o SGB e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A parceria foi viabilizada por um investimento de R$ 2 milhões da Casa Civil e está prevista para ter uma duração inicial de dois anos. O objetivo principal dessas iniciativas é fortalecer a capacidade de resposta dos municípios gaúchos frente à crescente frequência e intensidade de eventos climáticos extremos. Segundo Alice Castilho, diretora de Hidrologia e Gestão Territorial do SGB, espera-se que “os produtos auxiliem os municípios na busca por soluções para minimizar os riscos geohidrológicos e apoiar a Defesa Civil na tomada de decisões”. Maneco Hassen, secretário responsável pelo apoio à reconstrução do Rio Grande do Sul, enfatizou a importância da atuação do SGB, destacando que é “uma empresa pública, uma das federais atuantes na reconstrução do Rio Grande do Sul”.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

A identificação e mitigação das áreas de risco no Rio Grande do Sul são etapas cruciais para a segurança da população e a resiliência do estado diante das mudanças climáticas. Com o mapeamento detalhado e a implementação do novo sistema de alerta para o Guaíba, o SGB oferece ferramentas valiosas para a prevenção e resposta a futuras catástrofes. Continue acompanhando as notícias em nossa editoria de Cidades para mais atualizações sobre a recuperação e os avanços no Rio Grande do Sul.

Crédito da Imagem: Diego Vara/Reuters e André Ávila/Agência RBS

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