TÍTULO: Setor de Seguros na COP30: Laurence Tubiana Alerta
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META DESCRIÇÃO: Laurence Tubiana defende o **setor de seguros na COP30** como pilar na gestão de riscos e desastres climáticos crescentes, impactando economia e justiça social.
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A discussão sobre o papel do setor de seguros na COP30 está ganhando proeminência, impulsionada por figuras chave do cenário climático global. Laurence Tubiana, conhecida como a “arquiteta” do Acordo de Paris e atual presidente da Fundação Europeia para o Clima, defendeu nesta segunda-feira (10) que a indústria de seguros deve ser alocada no centro das deliberações da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém. A executiva ressaltou o potencial singular que esse segmento possui para responder aos crescentes desafios impostos pela intensificação dos desastres naturais relacionados ao clima.
De acordo com Tubiana, a relevância das empresas de seguro e resseguro reside na sua capacidade de atuar em frentes onde outros setores demonstram menor eficácia. Ela pontuou que esses players são hábeis em dispersar riscos e em oferecer liquidez de forma célere, um aspecto crucial nos momentos subsequentes a uma catástrofe. Além disso, sublinhou a importância dessas empresas como indutoras de estratégias de prevenção e adaptação, através da disseminação de práticas de construção mais seguras, do manejo mais criterioso do uso do solo e da implantação de medidas de proteção costeira robustas. Adicionalmente, o setor pode desvendar novos caminhos para financiar projetos climáticos, minimizando o custo do capital envolvido, conforme detalhado em um painel na Casa do Seguro, uma iniciativa da CNseg na COP30.
Setor de Seguros na COP30: Laurence Tubiana Alerta
Um dos dilemas mais urgentes gerados pela crise climática é a progressiva dificuldade das populações em garantir cobertura para os riscos a que estão expostas e, quando possível, sob que condições financeiras e de serviço. A visão de Tubiana para diversos países é alarmante: a tranquilidade dessas questões está em declínio, refletindo um aumento constante nos valores dos seguros e, paradoxalmente, uma diminuição nas coberturas ofertadas. Esse cenário é ainda mais preocupante em regiões anteriormente percebidas como de baixo risco, mas que agora registram perdas anuais decorrentes de desastres. “Não é um problema distante no tempo ou no espaço; é uma realidade imediata e onipresente”, afirmou a presidente da Fundação Europeia para o Clima, reiterando a urgência do debate.
Laurence Tubiana também enfatizou que a problemática transcende as fronteiras do desenvolvimento econômico, assumindo contornos de uma profunda crise social. Em situações onde governos são constantemente chamados a intervir para ressarcir prejuízos não amparados por seguros, a pressão sobre as finanças públicas torna-se insustentável, comprometendo outras prioridades essenciais para a população. Quando o amparo do seguro se torna inacessível ou se retrai, o ônus recai sobre o Estado e, por extensão, diretamente sobre o cidadão comum.
Impactos da Crise Climática nas Finanças Públicas e no Cidadão
A inexistência ou a inadequação da cobertura securitária impõe custos diretos significativos, como as transferências emergenciais e os investimentos em reconstrução. Indiretamente, os reflexos são percebidos no crescimento econômico mais lento e no incremento da dívida pública a longo prazo. Esse efeito cascata ressoa na capacidade de acesso ao crédito, um pilar fundamental para o desenvolvimento. Sem casas, propriedades rurais, pequenas e médias empresas e infraestruturas essenciais devidamente seguradas, as instituições financeiras tendem a conceder menos crédito ou a fazê-lo em condições mais rigorosas.
A retração do crédito resultante não apenas desestimula investimentos em adaptação às mudanças climáticas, mas também freia o progresso em diversos setores da economia. “A lacuna de proteção é, portanto, também uma lacuna de justiça social”, ressaltou Tubiana, ao delinear como essa fragilidade aprofunda as desigualdades sociais e econômicas. O setor, sob essa perspectiva, não apenas oferece proteção material, mas também serve como um vetor de equidade, essencial para um futuro mais resiliente e justo diante dos imprevisíveis cenários climáticos.

Imagem: valor.globo.com
A delegação europeia para a COP30, sob a liderança de Laurence Tubiana, destaca a urgência de uma reformulação estratégica para engajar o mercado de seguros na vanguarda da ação climática. Essa visão busca assegurar que, perante a adversidade ambiental, tanto a economia quanto a sociedade permaneçam protegidas e capacitadas a se recuperar. A discussão sobre o papel dos seguros e resseguros nas políticas climáticas está alinhada com as recomendações globais para aumentar a resiliência a eventos extremos e construir um futuro mais sustentável para todos, um tema constantemente abordado por organismos internacionais como o Banco Mundial, que enfatiza a urgência da adaptação climática e o financiamento para a resiliência em suas publicações e análises sobre o tema.
Laurence Tubiana, a renomada presidente da Fundação Europeia para o Clima, enfatiza que as contribuições do setor segurador vão muito além da simples compensação de perdas; elas tocam o cerne da sustentabilidade global e da responsabilidade social. Seu apelo é um convite para que o segmento de seguros se torne um catalisador de mudança positiva, reforçando a importância de integrar a gestão de riscos climáticos em todas as esferas do planejamento governamental e corporativo, culminando em políticas mais eficazes e equitativas na luta contra os efeitos da crise ambiental.
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Para aprofundar a compreensão sobre os complexos desdobramentos econômicos e sociais das crises climáticas e as possíveis soluções, continue explorando nossas análises e artigos sobre o tema em nossa editoria de análises. Mantenha-se informado sobre os avanços e debates que moldarão o futuro do nosso planeta.
Crédito da imagem: Leo Pinheiro/Valor
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