Em uma operação de alta intensidade, sequestradores mortos em confronto com a Polícia Militar na terça-feira, 30 de abril, em Poxoréu, a 259 km de Cuiabá, após terem torturado uma mulher e a obrigado a transferir R$ 200 mil via PIX. A ação resultou na prisão de outros dois integrantes da quadrilha e na recuperação do veículo roubado da vítima. Os criminosos falecidos foram identificados como Luiz Martins, de 23 anos, e Marcos Lima, de 20 anos, ambos envolvidos diretamente no cativeiro e tortura.
A vítima, uma mulher de 48 anos, foi encontrada com diversas lesões pelo corpo, necessitando de atendimento médico urgente. Ela estava sendo mantida em cárcere privado e foi submetida a agressões físicas e psicológicas severas, incluindo enforcamento, coronhadas na cabeça, pisoteamento e ameaças de abuso sexual. Os criminosos não apenas forçaram transferências bancárias, mas também exigiam cartões e senhas e planejavam resgatar um investimento da vítima avaliado em R$ 500 mil.
Sequestradores Mortos em Confronto Após PIX de R$ 200 Mil
O desenrolar da Operação Tolerância Zero teve início quando policiais militares receberam informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre um veículo modelo HB20 suspeito de envolvimento em crimes na região. Intensificando o patrulhamento, a PM flagrou o condutor do HB20 em companhia de outro suspeito, que dirigia um veículo Honda em direção ao município de Campo Verde. Ao tentarem a abordagem, a dupla tentou empreender fuga, sendo interceptada pelos policiais logo em seguida.
Durante a verificação, foi constatado que o veículo Honda possuía registro de roubo. Questionado sobre a situação, o motorista do Honda apresentou informações divergentes e inconsistentes, mas eventualmente confessou ter sido contratado para transportar o carro até Cuiabá, com a promessa de receber R$ 1 mil. O comparsa que conduzia o HB20 receberia R$ 500 para atuar como escolta, garantindo o translado seguro do veículo roubado.
Com as prisões iniciais, as equipes tentaram entrar em contato com a proprietária do HB20, mas sem sucesso. Diante da falta de retorno, os policiais deslocaram-se até a residência da vítima, onde constataram sinais evidentes de invasão. O imóvel estava revirado, com móveis e objetos fora do lugar, um indício claro de que algo grave havia ocorrido no local.
Um dos suspeitos detidos acabou por ceder, repassando um endereço onde a vítima supostamente estaria sendo mantida refém. Chegando ao local indicado, as equipes policiais foram recebidas a tiros por outros dois criminosos que faziam a guarda da mulher. O confronto armado foi imediato e intenso. Os dois agressores, Luiz Martins e Marcos Lima, que atiraram contra os militares, foram baleados e faleceram no próprio local da troca de tiros, em consequência dos ferimentos.
A mulher de 48 anos foi resgatada pelos militares, apresentando diversas escoriações e hematomas pelo corpo. Em depoimento inicial aos policiais, a vítima relatou ter sido rendida pelos integrantes da quadrilha em sua própria residência, onde permaneceu em cárcere privado desde então. Ela foi coagida a ficar seminua e sofreu agressões contundentes, sendo repetidamente espancada pelos sequestradores. Além da violência física e moral, foi forçada a realizar múltiplas transferências bancárias via PIX, que totalizaram R$ 200 mil.
Imagem: g1.globo.com
A gravidade do crime foi acentuada pela revelação da vítima de que os sequestradores não só buscaram o resgate via PIX, mas também tentaram sacar um investimento pessoal da mulher, cujo valor estimado era de R$ 500 mil. Aterrorizada, ela relatou que os criminosos pretendiam executá-la após obterem todo o montante financeiro e, em seguida, ocultar seu corpo em uma área de mata nos fundos da própria casa. Essa revelação expôs a frieza e a crueldade dos criminosos.
Além das agressões e das tentativas de saques financeiros, os criminosos exigiram os cartões bancários e as senhas da vítima, ampliando o espectro do roubo. A mulher detalhou que foi submetida a sessões de tortura física e psicológica intensas, com agressões incluindo coronhadas na cabeça, enforcamentos, pisoteamentos e ameaças explícitas de violência sexual, que aumentavam a cada recusa ou demora em cooperar.
Após o resgate, a Polícia Militar providenciou o transporte imediato da vítima para uma unidade de saúde, onde recebeu os primeiros socorros e atendimento médico especializado devido às múltiplas lesões. Na ação policial que resultou na morte dos dois sequestradores e na prisão de outros dois, foram apreendidos dois revólveres calibre .38 e um tablete de substância análoga à maconha. Os suspeitos presos, os veículos, o armamento e os entorpecentes recolhidos foram encaminhados à delegacia. A Polícia Civil do estado de Mato Grosso já está encarregada da investigação completa do caso para esclarecer todos os detalhes e identificar outros possíveis envolvidos.
As operações policiais em resposta a crimes de grande repercussão, como este em Poxoréu, destacam a complexidade do cenário da segurança pública no país. Para aprofundar a compreensão sobre os desafios enfrentados, pode-se consultar fontes como o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
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Este trágico episódio, onde sequestradores foram mortos em confronto, reforça a brutalidade de crimes de cárcere privado e roubo com tortura, ao mesmo tempo em que destaca a resposta incisiva das forças de segurança. Acompanhe a editoria de Cidades no Hora de Começar para ficar atualizado sobre desdobramentos de investigações, novas informações e outras notícias de relevância em segurança pública.
Foto: Polícia Militar
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