Secretaria apura contaminação no Hospital Santa Rita em Vitória

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A Secretaria de Saúde do Espírito Santo apura um caso de contaminação no Hospital Santa Rita em Vitória, uma instituição de referência para tratamento oncológico na capital capixaba. A investigação foi anunciada pelo secretário estadual de Saúde, Tyago Hoffmann, no último domingo (26 de outubro), após o registro de infecções entre funcionários e o surgimento de novos casos suspeitos envolvendo pacientes e acompanhantes.

De acordo com os dados mais recentes divulgados pela Sesa, até o final da tarde de domingo (26), 33 profissionais do hospital foram confirmados como infectados. Dentre esses, oito ainda estavam hospitalizados: três em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e cinco em enfermarias de diversas unidades na Grande Vitória. Adicionalmente, a secretaria está investigando outros 12 novos quadros suspeitos, que incluem pacientes e seus acompanhantes, visando esclarecer a extensão e a origem do surto.

Secretaria apura contaminação no Hospital Santa Rita em Vitória

O foco da investigação da Secretaria de Saúde do Espírito Santo é determinar se houve qualquer tipo de falha operacional por parte do Hospital Santa Rita. “Nós vamos apurar se houve sim alguma falha do hospital, se houve alguma demora que dificultou a identificação ou que gerou, por exemplo, uma piora do quadro clínico desses pacientes”, explicou o secretário Tyago Hoffmann. As auditorias internas da Sesa terão a responsabilidade de traçar as responsabilidades pelo incidente. A coordenadora de Controle de Infecção Hospitalar do Santa Rita, Carolina Salume, detalhou que a contaminação teve início na equipe da ala oncológica. Importante ressaltar que nenhum paciente diretamente internado neste setor específico foi infectado. Após a identificação, a ala foi imediatamente isolada para um rigoroso processo de higienização, e os pacientes imunodeprimidos foram preventivamente transferidos para uma área distinta da unidade.

Hospital Reforça Segurança e Monitoramento Contínuo

Em um comunicado oficial veiculado no domingo por meio das redes sociais, Tyago Hoffmann fez um apelo público, incentivando que os pacientes não suspendam seus tratamentos essenciais, em particular os pacientes oncológicos. Ele assegurou que “Todas as medidas sanitárias que precisavam ser tomadas, foram tomadas e o hospital permanece seguro.” O secretário reforçou a importância da continuidade do tratamento para evitar o agravamento das condições de saúde e garantiu total transparência na divulgação das informações pertinentes à sociedade. Apesar dos acontecimentos, o Hospital Santa Rita segue com seu funcionamento habitual, sem qualquer interrupção de cirurgias ou procedimentos agendados, buscando manter a normalidade no atendimento à população que depende de seus serviços, principalmente na oncologia. As únicas restrições impostas se referem a novas internações na unidade, que estão suspensas desde 22 de outubro.

Desde a última segunda-feira, 20 de outubro, equipes de vigilância sanitária da Secretaria de Saúde têm permanecido no Hospital Santa Rita. A atuação visa a uma avaliação contínua das condutas e medidas adotadas pela instituição. Paralelamente, a Sesa mantém o monitoramento do estado clínico de indivíduos que possam ter ligação com o hospital e que venham a apresentar sintomas em outras unidades de saúde do estado, garantindo uma resposta abrangente e coordenada ao potencial cenário de risco de saúde pública.

Investigação sobre a Origem da Infecção

A origem exata da contaminação no Hospital Santa Rita ainda está sob investigação pelas autoridades de saúde. Hipóteses iniciais indicam que a infecção pode ser provocada tanto por bactérias quanto por fungos. A busca por prováveis causas inclui falhas potenciais nos sistemas de água ou de ar-condicionado da unidade. Conforme a coordenadora do controle de infecção, os primeiros indícios surgiram em 19 de outubro, quando colaboradores começaram a manifestar sintomas gripais, com características semelhantes a uma pneumonia. Prontamente, análises detalhadas foram iniciadas na ala de oncologia onde os funcionários desempenhavam suas funções.

Em um esforço para identificar o agente etiológico, o hospital realizou diversas intervenções. “A gente começou a investigar, a entender que como não tínhamos pacientes acometidos, entendemos que fazia parte de alguma coisa transmitida por ambiente e aí já na segunda-feira a gente mexeu em caixa d’água, em sistema de ar-condicionado, fizemos coleta de água, de ar, começamos precaução de barreira, máscara, isolamento de contato para esses pacientes que estivessem internados com o quadro pneumônico e começamos a investigar tudo que a gente podia com exames clínicos também dos pacientes, exame de sangue, exame de urina, imagem”, relatou a coordenadora Carolina Salume. Amostras foram meticulosamente coletadas e submetidas a exames no Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Espírito Santo (Lacen/ES), com a expectativa de que os resultados conclusivos sejam divulgados até o término da próxima semana. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza diretrizes e publicações que orientam a prevenção e o controle de infecções em ambientes hospitalares, reforçando a importância de rigorosos protocolos de biossegurança.

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Imagem: g1.globo.com

Detalhes dos Casos Monitorados

A administração do Hospital Santa Rita forneceu um detalhamento dos casos, confirmando que 33 funcionários foram infectados e, até a tarde de domingo (26), oito permaneciam sob cuidados médicos. O cenário dos internados confirmados incluía 3 em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 5 em enfermaria, somando 8 profissionais. Além disso, foram contabilizados 14 casos de funcionários que foram internados ao longo do período do surto.

Em paralelo, 12 casos adicionais estão sob investigação. Entre eles, 2 são de pacientes em UTI e 10 de pacientes em enfermaria, estes últimos categorizados como pacientes e acompanhantes sob análise pela Sesa. Os pacientes sob suspeita de contaminação estão sendo cuidadosamente monitorados em leitos de isolamento distribuídos em diversas unidades hospitalares do estado. A secretaria realiza a coleta de amostras como sangue, urina e exames pulmonares, bem como uma investigação social para apurar se esses indivíduos possuíam vínculos com a ala oncológica ou estiveram no mesmo ambiente e período de tempo onde as infecções entre os funcionários foram inicialmente identificadas.

Protocolos Ampliados e Alerta a Outras Unidades

As equipes de vigilância da Sesa permanecem no Hospital Santa Rita desde o dia 20 de outubro para fiscalizar as medidas implementadas. Outras instituições de saúde da Grande Vitória também intensificaram seus procedimentos. O Unimed Vitória e o Vitória Apart, na Serra, por exemplo, implementaram obrigatoriedade do uso de máscaras em todas as áreas assistenciais e o monitoramento rigoroso dos profissionais que possam ter transitado entre os hospitais. O secretário Hoffmann salientou a responsabilidade de cada unidade de saúde: “A nossa orientação, todo hospital, seja ele público ou privado, obrigatoriamente tem uma comissão interna que trata de infecção hospitalar. Então agora é a hora dessas comissões estarem em alerta máximo, todas elas trabalhando pela desinfecção dos hospitais, evitando que esse caso possa se propagar para outras unidades de saúde no estado.”

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A situação de contaminação no Hospital Santa Rita em Vitória, envolvendo funcionários e a subsequente investigação da Secretaria de Saúde, destaca a criticidade dos protocolos de segurança e higiene hospitalar. Continue acompanhando a editoria de Política de nosso portal para atualizações sobre as ações governamentais e desenvolvimentos em políticas públicas de saúde e áreas relacionadas.

Crédito da imagem: Foto: Reprodução/TV Gazeta

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