Rejeição Datafolha: Lula 44%, Flávio 38%, Tarcísio 20%

Economia

A mais recente pesquisa realizada pelo instituto Datafolha revela os patamares de reprovação de proeminentes figuras políticas no cenário brasileiro. De acordo com o levantamento, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enfrenta uma rejeição de 44% do eleitorado consultado. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, registrou uma taxa de rejeição de 38%, marcando sua posição como um dos políticos com alta impopularidade, especialmente após o anúncio de sua indicação para uma possível candidatura à Presidência.

Essa indicação de Flávio Bolsonaro, feita na véspera pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), coloca-o diretamente no foco das próximas disputas eleitorais. Vale ressaltar que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente cumprindo pena em Brasília devido a uma condenação por envolvimento em um esquema golpista e declarado inelegível, possui um índice de rejeição próximo ao de Lula, alcançando 45%. A pesquisa Datafolha demonstra que, apesar de Flávio ter sido recentemente apontado para a disputa, os desafios de aceitação perante o público eleitoral já se fazem presentes.

Rejeição Datafolha: Lula 44%, Flávio 38%, Tarcísio 20%

Os números da pesquisa também solidificam a liderança do petista em diversos cenários testados, mesmo diante de sua significativa taxa de rejeição. Lula mantém uma vantagem de 15 pontos percentuais quando sua candidatura é comparada diretamente à de Flávio Bolsonaro. Para coletar esses dados, o Datafolha ouviu 2.002 pessoas com 16 anos ou mais, em um total de 113 municípios, no período de terça-feira (2) a quinta-feira (4) da semana corrente. A margem de erro geral do levantamento foi estabelecida em 2 pontos percentuais, para cima ou para baixo, indicando a precisão das informações apuradas.

Ainda no espectro político da direita, a pesquisa trouxe resultados para governadores que têm sido cotados como potenciais candidatos à Presidência da República. Esses gestores estaduais, em comparação com os membros da família Bolsonaro, apresentaram índices de rejeição mais modestos. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), considerado um dos preferidos pelo Centrão para a próxima corrida presidencial, teve um índice de 20% de eleitores que declararam não votar nele. Tarcísio ainda não se manifestou publicamente sobre o anúncio que aponta Flávio Bolsonaro como pré-candidato ao Planalto, mantendo silêncio sobre o desenvolvimento recente.

Outros governadores de destaque no cenário nacional, como Ratinho Júnior (PSD) do Paraná, e Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, registram uma taxa de rejeição similar, ambos com 21%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), desponta com o menor índice de rejeição entre os cotados da direita, somando 18%. Suas reações ao anúncio de Flávio Bolsonaro variaram. Ronaldo Caiado reiterou sua própria pré-candidatura, mas ressalvou que Jair Bolsonaro tem o legítimo direito de buscar viabilizar a postulação do filho. Já Romeu Zema considerou a pré-candidatura de Flávio plenamente justificada. O governador mineiro citou uma conversa anterior com o ex-presidente: “Quando anunciei minha pré-candidatura ao presidente Bolsonaro ele foi claro: múltiplas candidaturas no primeiro turno ajudam a somar forças no segundo. Então, faz todo sentido o Flávio apresentar seu nome à Presidência. É justo e democrático”, afirmou Zema em suas redes sociais, destacando a estratégia de unir forças em eventual segundo turno.

No âmbito da própria família do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro exibem patamares de rejeição que se aproximam aos de Flávio. Eduardo registra 37% de reprovação, enquanto Michelle soma 35%. Esses dados sinalizam que, embora possam ser vistos como sucessores naturais da base eleitoral bolsonarista, os membros da família do ex-presidente também herdam parte da forte rejeição que o político acumula.

A pesquisa Datafolha ilustra as complexidades do atual cenário político, onde o eleitorado manifesta suas escolhas tanto em termos de preferência quanto de objeção. A compreensão das dinâmicas de rejeição é um componente essencial na análise de futuros processos eleitorais no Brasil, impactando diretamente as estratégias dos partidos e dos próprios candidatos.

Para além das candidaturas e suas aprovações ou reprovações, cada figura pública enfrenta particularidades. Eduardo Bolsonaro, por exemplo, é atualmente réu na Justiça. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusa de coação ao Supremo Tribunal Federal em sua atuação no exterior. Já Michelle Bolsonaro, que hoje preside o PL Mulher, é vista dentro de sua sigla como uma forte aposta para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal nas eleições de 2026. A ex-primeira-dama tem travado debates públicos com os enteados, revelando divergências sobre quais nomes o partido deveria apoiar nas próximas eleições. Essa dinâmica interna resultou, inclusive, na suspensão do apoio da sigla ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo do Ceará, demonstrando a influência das questões familiares e partidárias nas alianças políticas.

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Em síntese, o levantamento Datafolha oferece um panorama crucial da percepção pública sobre líderes políticos e seus potenciais sucessores, destacando altos índices de rejeição para nomes como Lula e Flávio Bolsonaro, enquanto Tarcísio de Freitas e outros governadores se posicionam com números menores. As revelações da pesquisa são um indicativo importante para a composição das futuras chapas e estratégias eleitorais, sublinhando a fluidez do quadro político nacional. Para aprofundar-se em mais análises e atualizações sobre o cenário político brasileiro, continue acompanhando nossa editoria de Política.

Crédito da imagem: Reprodução

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