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Reino Unido e Portugal: Reconhecimento do Estado da Palestina

Reino Unido e Portugal: Reconhecimento do Estado da Palestina está programado para ocorrer neste domingo, dia 21, em um movimento significativo que se concretiza apesar da intensa oposição tanto dos Estados Unidos quanto de Israel. A Assembleia Geral da ONU, agendada para segunda-feira, dia 22, em Nova York, será palco para que aproximadamente dez nações […]

Reino Unido e Portugal: Reconhecimento do Estado da Palestina está programado para ocorrer neste domingo, dia 21, em um movimento significativo que se concretiza apesar da intensa oposição tanto dos Estados Unidos quanto de Israel. A Assembleia Geral da ONU, agendada para segunda-feira, dia 22, em Nova York, será palco para que aproximadamente dez nações oficializem o seu reconhecimento ao Estado palestino, em um contexto de crescente pressão internacional.

De acordo com informações veiculadas pela imprensa britânica, o Reino Unido, historicamente um aliado próximo de Israel, antecipará sua ação para este domingo. Em julho, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer havia condicionado o reconhecimento do Estado palestino na Assembleia Geral da ONU à apresentação de uma série de compromissos por parte de Israel em relação à Faixa de Gaza, incluindo um cessar-fogo no conflito que se arrasta há quase dois anos.

Reino Unido e Portugal: Reconhecimento do Estado da Palestina

Contudo, a rápida deterioração da situação no território, com a ofensiva terrestre sobre a Cidade de Gaza em pleno andamento, parece ter impulsionado o premiê britânico a confirmar sua decisão. Veículos de imprensa como a BBC, Press Association e The Guardian noticiaram que o anúncio seria feito antes do maior evento anual das Nações Unidas. Starmer expressa a crença de que essa iniciativa contribuirá efetivamente para um processo de paz duradouro na região. Em contrapartida, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou severamente o líder trabalhista, acusando-o de “recompensar o terrorismo monstruoso”.

Decisões Aceleradas Pela Ofensiva Israelense

Em solo português, o Ministério das Relações Exteriores confirmou na última sexta-feira a intenção de Portugal de “reconhecer o Estado da Palestina” neste mesmo domingo. Essa deliberação já havia sido comunicada no final de julho por Lisboa, fundamentada nos “desenvolvimentos extremamente preocupantes do conflito”, que englobam tanto a crise humanitária agravada quanto as recorrentes menções à possibilidade de anexação de territórios palestinos. Esse reconhecimento por nações com ligações históricas e diplomáticas significativas ressalta a pressão internacional sobre Israel e a urgência da busca por uma resolução para o conflito. O reconhecimento formal, ainda que simbólico, eleva o status internacional da Palestina.

Ao longo dos últimos meses, um número crescente de países, muitos dos quais mantinham relações estreitas com Israel, têm adotado essa medida. Esse movimento global é diretamente impulsionado pela intensificação da ofensiva israelense em Gaza, deflagrada após um ataque realizado pelo movimento islâmico palestino Hamas em 2023. Essa tendência demonstra uma crescente preocupação global com a expansão de assentamentos e a violação de direitos humanos em territórios palestinos.

David Lammy, vice-primeiro-ministro britânico, que representará Londres na Assembleia Geral da ONU, afirmou, segundo a Press Association, que o reconhecimento de um Estado palestino decorre da “grave expansão que assistimos na Cisjordânia”, da “violência dos colonos” nessa mesma região e da “intenção e indicações que vemos para construir, por exemplo, o projeto E1”. Este último projeto, segundo ele, “minaria seriamente a possibilidade de uma solução de dois Estados”, elemento considerado crucial para a estabilidade regional.

Projeto E1 Ameaça Solução de Dois Estados

O controverso projeto E1, já aprovado pelo governo israelense, prevê a construção de 3.400 unidades habitacionais na Cisjordânia. Tal iniciativa tem sido fortemente condenada por organizações como a ONU, por sua capacidade de dividir o território palestino em duas porções, comprometendo a continuidade territorial de um futuro Estado. Essa fragmentação geográfica dificultaria drasticamente a implementação da “solução de dois Estados”, um conceito amplamente defendido pela comunidade internacional para resolver o conflito israelo-palestino.

A situação atual, com a construção de novos assentamentos e a violência contínua na Cisjordânia, só tem intensificado a pressão internacional para um reconhecimento unilateral da Palestina. A busca por um diálogo e uma solução pacífica que envolva dois Estados independentes, coexistindo em paz e segurança, permanece sendo um desafio complexo e urgente para a diplomacia global, como abordado por diversas entidades internacionais.

“Em relação ao que está acontecendo em Gaza, precisamos ver os reféns libertados. Não pode haver espaço algum para o Hamas”, ponderou Lammy, ecoando as preocupações com a segurança regional. Atualmente, aproximadamente 75% dos 193 Estados-membros da ONU já reconhecem o Estado Palestino, que foi proclamado pela liderança palestina no exílio em 1988.

Ofensiva em Gaza e Crise Humanitária Agravada

Os reconhecimentos mais recentes acontecem no exato momento em que Israel lançou uma grande campanha militar, tanto terrestre quanto aérea, esta semana, concentrada na Cidade de Gaza, no norte do território palestino. O objetivo declarado dessa operação é desmantelar o Hamas. Na sexta-feira anterior aos anúncios de reconhecimento, o exército israelense emitiu um alerta sobre a iminência de um ataque à Cidade de Gaza com uma “força sem precedentes”. Esse aviso resultou na fuga de quase meio milhão de moradores, agravando exponencialmente a já terrível crise humanitária no território, onde a ONU declarou oficialmente o estado de fome.

Na terça-feira, uma comissão de inquérito independente, com mandato da ONU, concluiu que Israel estaria cometendo genocídio contra palestinos em Gaza, uma acusação que as autoridades de Tel Aviv prontamente negaram. É importante notar que muitos países ao redor do mundo, incluindo potências como a Alemanha, mantêm que uma solução de dois Estados continua sendo o único caminho viável para uma paz duradoura na região.

O ataque de 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo Hamas contra Israel, resultou na morte de 1.219 pessoas do lado israelense, a maioria delas civis, conforme dados oficiais divulgados. Em retaliação, de acordo com o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, as ofensivas israelenses causaram a morte de 65.062 palestinos, em sua maioria civis, na Faixa de Gaza, região sob controle do Hamas desde 2007. Os eventos atuais e os subsequentes reconhecimentos destacam a complexidade do cenário geopolítico e a urgência de uma abordagem diplomática eficaz para mitigar o sofrimento humano e pavimentar o caminho para a paz.

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O reconhecimento do Estado da Palestina por nações como Reino Unido e Portugal representa um ponto de virada na diplomacia internacional, reforçando a pressão global por uma solução pacífica e o respeito aos direitos palestinos. O desenrolar dessa situação na Assembleia Geral da ONU será fundamental para a busca por um fim ao conflito na Faixa de Gaza. Para mais análises aprofundadas sobre política internacional e seus impactos, continue acompanhando nossa editoria de Política.

Informações da AFP

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