A Polícia Ambiental de São Paulo efetuou uma operação em Teodoro Sampaio na última segunda-feira, dia 20 de maio, que culminou na apreensão de nove redes de pesca irregulares. Três indivíduos, todos na faixa etária sênior, foram flagrados em posse do material ilícito às margens do Rio Paranapanema. Esta ação reforça o combate à pesca predatória na região, historicamente reconhecida pelo fluxo intenso de pescadores, e sublinha o compromisso da corporação com a preservação ambiental no Oeste Paulista.
A iniciativa da Polícia Ambiental integrou uma ação preventiva de rotina, cujo objetivo principal é coibir práticas de pesca predatória no Rio Paranapanema, situado em Teodoro Sampaio (SP). A patrulha foi motivada pela observação contínua do grande número de pessoas que utilizam a área para pesca. Durante o processo de fiscalização e monitoramento estratégico, os agentes identificaram um veículo cuja atitude levantou suspeitas, levando à sua abordagem imediata por parte da equipe ambiental.
Redes de Pesca Irregulares Apreendidas pela Ambiental em Teodoro
Após a abordagem do veículo, a vistoria realizada pelos policiais revelou a existência das redes de pesca. Elas estavam dispostas no interior do porta-malas, cuidadosamente armazenadas em sacos plásticos, numa tentativa de disfarçar seu conteúdo. Os homens abordados, dois de 70 anos e um de 79 anos, declararam ser pescadores amadores e afirmaram que sua intenção era utilizar o equipamento nas proximidades da margem do rio. Contudo, a Polícia Ambiental prontamente esclareceu que a utilização de redes desse tipo por pescadores amadores é estritamente proibida pela legislação vigente no Brasil, caracterizando uma infração ambiental grave.
A infração cometida pelos pescadores amadores enquadra-se no artigo que proíbe expressamente o emprego de redes de emalhar nesse contexto. Esse tipo de petrecho é considerado altamente predatório para a pesca amadora, pois captura indiscriminadamente diferentes espécies e tamanhos de peixes, comprometendo a sustentabilidade dos ecossistemas aquáticos. Em resposta à violação da lei, a polícia registrou as advertências contra os indivíduos, um procedimento legal que visa educar e aplicar as primeiras medidas corretivas sem a necessidade de autuações financeiras de imediato, embora reincidências possam gerar multas substanciais.
As nove redes, que apresentavam malhas de 90 milímetros e tamanhos que variavam significativamente de 5 a 50 metros de comprimento, foram formalmente apreendidas no local. Após a conclusão dos trâmites administrativos da ocorrência, todo o material foi transportado e encaminhado para a sede da Polícia Militar Ambiental da cidade de Teodoro Sampaio. Lá, as redes permanecem sob custódia da corporação, aguardando os procedimentos subsequentes para descarte apropriado ou destruição, conforme as normativas ambientais aplicáveis.
Aumento da Fiscalização e a Aproximação da Piracema
O flagrante das redes de pesca irregulares em Teodoro Sampaio está longe de ser um evento isolado e ocorre em um período de intensa vigilância, especialmente com a proximidade da Piracema. Esta temporada fundamental para a reprodução de peixes terá início em 1º de novembro e se estenderá até 28 de fevereiro de 2026. Durante esse intervalo, novas e mais severas restrições entram em vigor para proteger as espécies em período reprodutivo, sendo crucial que todos os pescadores, amadores e profissionais, se mantenham atualizados sobre as normativas.
A eficácia da fiscalização e a persistência das infrações são visíveis nos dados recentes. Na última temporada de Piracema (2024-2025), a região do Oeste Paulista testemunhou um acréscimo notável na aplicação de multas. A Polícia Militar Ambiental informou que o total de autuações atingiu R$ 46,3 mil, representando um aumento significativo de 86,6% em comparação com o ciclo anterior. Adicionalmente, as operações de fiscalização resultaram na apreensão de um total de 502 kg de peixes, demonstrando o volume de atividades irregulares e o esforço das autoridades para coibi-las.
Imagem: g1.globo.com
O Capitão Júlio Cesar Cacciari, da Polícia Militar Ambiental, reitera que as restrições à pesca não se limitam apenas ao período da Piracema. Conforme ele explica, mesmo fora desta fase, a pesca de espécies nativas possui regulamentações rigorosas tanto para pescadores profissionais quanto amadores. Uma das principais regras envolve o tamanho mínimo dos exemplares que podem ser capturados, uma medida essencial para permitir que os peixes alcancem a maturidade reprodutiva e contribuam para a perpetuação da espécie. É possível consultar as diretrizes e decretos que regulam a atividade em todo o território nacional, conforme disponibilizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, fundamentais para uma pesca responsável e sustentável.
A contínua fiscalização e a conscientização sobre as leis ambientais são cruciais para a conservação dos recursos hídricos e da biodiversidade. As operações da Polícia Ambiental em áreas como o Rio Paranapanema em Teodoro Sampaio desempenham um papel vital, não apenas punindo os infratores, mas também educando a comunidade sobre a importância de práticas de pesca responsáveis. O respeito às regulamentações assegura a vitalidade dos ecossistemas e a disponibilidade de recursos pesqueiros para as futuras gerações, evitando a exaustão dos estoques de peixes e a degradação ambiental.
A sustentabilidade da pesca e a proteção ambiental dependem de uma combinação de legislação clara, fiscalização eficaz e engajamento comunitário. O episódio de Teodoro Sampaio serve como um lembrete contundente da vigilância necessária para proteger a rica vida aquática do Brasil contra a pesca ilegal e predatória.
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Este artigo destacou a recente apreensão de redes de pesca e a atuação da Polícia Ambiental em Teodoro Sampaio, um passo fundamental na preservação dos rios e seus ecossistemas. Para ficar por dentro de outras notícias sobre segurança e meio ambiente na sua região, continue navegando em nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Polícia Ambiental/Divulgação
