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Hospitais de Campinas atingem recorde de reclamações via 156

Os hospitais de Campinas, em São Paulo, enfrentaram um volume recorde de reclamações em 2025. Os dados, compilados a partir de informações da Secretaria Municipal de Saúde, obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que o canal 156 da Ouvidoria Municipal recebeu 404 queixas entre […]

Os hospitais de Campinas, em São Paulo, enfrentaram um volume recorde de reclamações em 2025. Os dados, compilados a partir de informações da Secretaria Municipal de Saúde, obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que o canal 156 da Ouvidoria Municipal recebeu 404 queixas entre janeiro e setembro do ano vigente. Esse número representa um marco histórico, superando o total acumulado nos doze meses completos de qualquer ano anterior desde 2021.

A análise aprofundada aponta um crescimento significativo nas manifestações de insatisfação. O Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, uma das principais unidades de saúde da cidade, registrou um salto de 101 reclamações em 2021 para 237 até setembro de 2025. Da mesma forma, o Hospital Municipal Ouro Verde viu suas queixas subirem de 68 para 167 no mesmo intervalo. As estatísticas indicam um aumento de 134% nas reclamações direcionadas ao Mário Gatti e de 114% ao Ouro Verde, ambos percentuais notáveis que refletem a crescente percepção da população sobre problemas na rede hospitalar municipal. Um dos fatores preponderantes, segundo o balanço, é a prolongada espera por cirurgias, que figura como o principal motivo das reclamações em ambas as instituições.

Hospitais de Campinas atingem recorde de reclamações via 156

A Secretaria Municipal de Saúde, fonte oficial dos dados via Lei de Acesso à Informação, confirmou as tendências alarmantes. A pesquisa conduzida pela EPTV revela um cenário desafiador para a gestão hospitalar. Entre janeiro de 2021 e setembro de 2025, o serviço 156 da prefeitura recebeu um total de 2,1 mil solicitações relacionadas aos dois hospitais municipais. Deste montante, cerca de 1,4 mil foram classificadas como reclamações, o que corresponde a uma impressionante taxa de 68,9% das interações. Essa proporção destaca que uma vasta maioria dos contatos ao sistema visa expressar insatisfação com os serviços prestados. Para compreender a fundo o impacto da transparência pública, é válido consultar a legislação brasileira sobre a Lei de Acesso à Informação (LAI) e seus mecanismos.

Os principais motivos das queixas nos hospitais municipais

As queixas mais frequentes apresentadas pelos cidadãos, com pouca variação entre o Mário Gatti e o Ouro Verde, abrangem um espectro de problemas que impactam diretamente a experiência do paciente. Entre as reclamações que mais se destacam estão a espera prolongada por cirurgias, consultas desmarcadas, e a demora geral no atendimento. Além disso, a lista inclui queixas específicas sobre a triagem (particularmente no Ouro Verde), insatisfação com a conduta de profissionais (médicos, dentistas, assistentes sociais), descontentamento com outros funcionários, e críticas a procedimentos específicos, dificuldade em realizar exames e falta de pessoal.

Relatos de pacientes ilustram desafios enfrentados

A situação dos pacientes é um reflexo contundente desses desafios. Maria de Fátima da Silva, por exemplo, aguarda uma cirurgia de joelho no Hospital Mário Gatti há três anos. Convivendo com dores constantes, ela descreve a dependência de muletas e até cadeira de rodas para se locomover. Maria expressa frustração com a ineficácia da medicação paliativa e a falta de previsão para seu procedimento cirúrgico. Ela relata que são priorizados pacientes de 2019, enquanto ela, na fila há mais de três anos, não tem perspectiva de atendimento, ponderando sobre o sofrimento e a incerteza à medida que sua idade avança.

Outro caso de insatisfação é o de Stefani Beatriz Correia. No início de um mês recente, após sentir fortes dores decorrentes de uma gastrite, ela procurou atendimento. Stefani detalha uma espera de mais de duas horas pelo médico e a ausência de um acolhimento adequado por parte de um funcionário ao questionar a demora. Ela conta que, após chegar às 11h, foi liberada apenas às 18h20, tendo permanecido com o médico por meros cinco minutos, o que a levou a registrar uma reclamação formal no 156 devido à má experiência no atendimento.

A resposta da Rede Mário Gatti sobre as reclamações

Em comunicado oficial, a Rede Mário Gatti, responsável pela gestão de ambos os hospitais municipais, forneceu seu posicionamento diante do cenário de reclamações. A administração defende que o volume de queixas, apesar de recorde, representa menos de 1% dos procedimentos totais realizados pelas duas unidades. A Rede enfatizou que a complexidade e o grande porte dos serviços, somados ao fato de serem “porta aberta” para a população, implicam em um alto fluxo de atendimentos.

Hospitais de Campinas atingem recorde de reclamações via 156 - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Para contextualizar o volume de procedimentos, a Rede informou que o número total de intervenções realizadas entre 2021 e 2024 teve um crescimento substancial de 89,7%, passando de 1.769.953 para 3.357.228. Contrariando possíveis alegações de queda no quadro médico, a nota afirmou um aumento de 58,5% no número de médicos entre 2016 e 2024, saltando de 1.137 para 1.802 profissionais. Além disso, destacou-se um crescimento nas cirurgias eletivas, de 7.370 em 2023 para 8.590 em 2024, nas duas unidades.

A administração garantiu estar em processo de reorganização das filas de cirurgias eletivas, utilizando o suporte de especialistas e inovações tecnológicas para otimizar o percurso do paciente. Este novo modelo busca uma gestão mais eficaz, priorizando os casos com base em critérios clínicos, tempo de espera, complexidade e condições assistenciais, visando maior agilidade no atendimento. A Rede Mário Gatti finalizou a nota reforçando seu compromisso constante com a escuta ativa e o aperfeiçoamento contínuo, além da transparência, segurança do paciente e a excelência da assistência prestada.

Canais da Ouvidoria Municipal para registrar uma reclamação

A Ouvidoria Municipal oferece diversas vias para os cidadãos registrarem suas reclamações e sugestões, reforçando o compromisso com a transparência e a melhoria dos serviços públicos. Para aqueles que desejam fazer uma manifestação, os canais disponíveis são:

  • Por telefone: Através do número 156, ou pelo (19) 3755-6010 para chamadas de outras cidades, com atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.
  • Presencialmente no Espaço Cidadão: Localizado na Avenida Anchieta, 200, Centro de Campinas, o atendimento ocorre de segunda a sexta, das 8h às 17h.
  • Nos Agilizas Campinas: Unidades em Campo Grande, Ouro Verde, Nova Aparecida, Barão Geraldo e Sousas, abertas de segunda a sexta, das 8h às 16h.
  • Pela internet: No site oficial Requerimento Campinas, acessível 24 horas por dia para registro online.
  • Via WhatsApp: Através do número (19) 2116-0156, com funcionamento 24 horas por dia.
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O aumento recorde nas reclamações contra os hospitais municipais de Campinas destaca a importância de um olhar atento à gestão da saúde pública. Enquanto os gestores apontam um crescimento nos serviços e um percentual de reclamações relativamente baixo, os relatos dos pacientes e os dados levantados reforçam a necessidade de otimização contínua. Para mais informações sobre a gestão e desenvolvimento em diversas áreas urbanas, continue acompanhando nossa editoria de Cidades.

Crédito da imagem: Reprodução/EPTV

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