A Polícia Civil da Paraíba registrou mais um avanço no complexo caso que investiga a morte brutal do casal de idosos Nelson e Célia Honorato em Sapé. **Nesta quinta-feira (2), foi preso em João Pessoa o quarto suspeito de envolvimento direto no duplo assassinato**, marcando um desdobramento crucial para a elucidação dos fatos que chocaram a região paraibana.
O indivíduo, um homem de 50 anos cuja identidade não foi revelada pelas autoridades, foi localizado no bairro Oitizeiro, na capital paraibana, durante uma operação da Polícia Civil. Segundo informações do delegado Márcio Pereira, que lidera as investigações, este suspeito teve participação fundamental na morte de Célia Honorato, desferindo um golpe mata-leão que possibilitou o assassinato da idosa pelos demais criminosos. Antes da prisão em João Pessoa, o homem, que possui antecedentes por violência doméstica, não estava sendo encontrado pela Justiça na cidade de Sapé.
Quarto Suspeito da Morte de Casal em Sapé é Preso em JP
As investigações detalharam a escalada do crime que culminou na morte de Nelson e Célia. Inicialmente, Ailton Emanuel, identificado como o mentor do plano, chamou Nicolas Jefferson, de 19 anos, e se apresentou como corretor de imóveis aos idosos. Sob o pretexto de ter um inquilino interessado em uma casa nos fundos da propriedade das vítimas, Ailton e Nicolas conseguiram acesso à residência. Ao vistoriar o imóvel, Nelson Honorato foi surpreendido por Nicolas, que desferiu um golpe de martelo na sua cabeça. Contudo, não conseguindo completar a ação, Ailton Emanuel teria finalizado a execução, atingindo o idoso com, pelo menos, 10 golpes de martelo.
Célia Honorato foi assassinada posteriormente, ao retornar de uma consulta médica. Ailton a teria convencido de que o marido estava com um potencial inquilino e a chamou aos fundos da casa. Nesse local, a idosa foi morta pelos envolvidos, com a participação do suspeito recém-preso. Durante toda a brutalidade dos eventos, o filho do casal, um jovem autista de 27 anos, foi mantido trancado em um dos quartos da residência, sendo vítima de uma tentativa de homicídio dias depois, da qual felizmente sobreviveu. O desfecho mais aguardado, a confirmação das mortes, ocorreu em 29 de agosto, quando o Instituto de Polícia Científica (IPC) identificou os corpos encontrados em uma área de mata em Sapé como sendo dos idosos desaparecidos.
O desaparecimento de Nelson e Célia Honorato, registrado em 18 de agosto, foi a data em que os assassinatos, conforme apuração policial, aconteceram. Após consumar os crimes, Ailton e Nicolas transportaram e ocultaram os corpos, enrolados em cobertores, em uma área de mata. O motivo central para a trama criminosa, de acordo com a Polícia Civil, seria a apropriação do imóvel dos idosos, que estavam no processo de vender a casa e se mudar para João Pessoa. Ailton, se passando por corretor, usou essa condição para conquistar a confiança do casal, alegando procurar compradores para a propriedade.
A investigação também revelou que o filho do casal, que ficou trancado no quarto durante o assassinato dos pais, foi alvo de uma tentativa de homicídio. Em 22 de agosto, Ailton levou o jovem, de 27 anos, a uma área de mata, com a alegação falsa de que iriam visitar os pais em um hospital. Lá, o falso corretor e um homem de 25 anos (também detido posteriormente) o agrediram com marteladas. O jovem autista conseguiu sobreviver fingindo que estava inconsciente e foi encontrado ensanguentado por uma viatura da Polícia Militar durante ronda. O agressor confessou ter sido contratado por Ailton para eliminar o jovem. Crimes como esse evidenciam a importância do estudo da legislação penal, permitindo entender os enquadramentos legais, como os que envolvem homicídio e sua qualificação, algo fundamental para a atuação da Justiça brasileira, como pode ser consultado no Código Penal.
Ailton Nascimento, o falso corretor e suposto mentor do crime, tentou fugir após os assassinatos e a tentativa de homicídio do filho. Ele foi detido em 26 de agosto dentro de um ônibus, na BR-116, em Jaguaquara, no interior da Bahia, quando se dirigia para Vitória da Conquista. Após a prisão pela PRF, ele foi encaminhado para a delegacia local, onde teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia, sendo posteriormente transferido para a Paraíba. Uma equipe da Polícia Civil de Sapé foi responsável por sua custódia e translado.
Além dos desdobramentos criminais, o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB) também tomou conhecimento do caso. O conselho confirmou, após fiscalização e consulta aos sistemas internos, que Ailton não possuía registro profissional, exercendo a profissão de maneira irregular. O Creci-PB afirmou que adotará as medidas legais cabíveis para proteger a sociedade e resguardar a integridade da profissão. Após os homicídios, Ailton Emanuel chegou a efetuar a venda da casa das vítimas. Para isso, ele havia feito os idosos assinarem uma procuração que o autorizava a negociar o imóvel. A pessoa que comprou visitou o local e, sobre o paradeiro do filho, foi informada de que os pais retornariam dias depois para buscá-lo. O prazo final para a entrega das chaves foi estabelecido para 22 de agosto de 2025, exatamente o dia em que o jovem sofreu a tentativa de homicídio.
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O caso dos idosos Honorato em Sapé, que se arrastou por semanas de intensa investigação e mobilização policial, segue em elucidação com as prisões e confissões dos envolvidos. A Polícia Civil continua o trabalho para desvendar todos os pormenores desta complexa trama criminosa, garantindo que a justiça seja feita. Mantenha-se informado sobre os acontecimentos na Paraíba e em outras regiões do Brasil acessando nossa editoria de Cidades em nosso site.
Crédito da imagem: Reprodução/TV Cabo Branco
Imagem: Foto Foto Foto via g1.globo.com
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