O processo de expulsão de Celso Sabino do União Brasil foi oficialmente deflagrado nesta quarta-feira, 8 de maio, após o Ministro do Turismo confirmar sua decisão de permanecer na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida do comando nacional da legenda representa uma reação direta à postura de Sabino, que contraria a deliberação anterior do partido de deixar a base do governo petista.
As sanções contra o ministro são abrangentes e foram aprovadas em uma reunião crucial realizada na manhã do mesmo dia. Além do iminente processo de expulsão, a legenda determinou a dissolução imediata do diretório estadual do Pará, atualmente sob controle de Sabino, e seu afastamento de todas as atividades partidárias. Como integrante da executiva e do diretório nacional do União Brasil, Celso Sabino terá seu caso encaminhado ao Conselho de Ética, com um prazo de 60 dias para análise.
União Brasil: Processo de Expulsão contra Celso Sabino no governo
A decisão que culminou no processo de expulsão de Celso Sabino do União Brasil foi tomada em Brasília durante um encontro da executiva nacional, convocado pelo presidente do partido, Antônio de Rueda. Celso Sabino, que estava presente na reunião, reiterou em coletiva de imprensa sua escolha de manter-se à frente do Ministério do Turismo. Ele explicou que seu engajamento pessoal na organização da COP30, o maior encontro diplomático do mundo, que acontecerá em Belém, capital de sua base eleitoral no Pará, impossibilita uma interrupção em seu trabalho neste momento crucial. Segundo o ministro, a continuidade é fundamental “pelo bem do povo do Pará” e para o sucesso da COP30, evento do qual ele se sente intimamente ligado.
Adicionalmente, Sabino justificou sua permanência argumentando que a administração atual representa “o melhor projeto para o país”. O ministro também revelou sua intenção de se candidatar nas eleições de 2026, projetando um retorno ao Poder Legislativo após a obrigatoriedade de desincompatibilização da cadeira ministerial. Criticando as escolhas de seu partido, ele afirmou que o União Brasil “tomou decisões equivocadas” e enfatizou que as legendas políticas devem prioritariamente atender aos “interesses da população”.
Contexto e Reações Políticas à Decisão
A postura de Celso Sabino gerou reações contundentes dentro de seu próprio partido. Ronaldo Caiado, governador de Goiás e um dos pré-candidatos do União Brasil à presidência da República, foi direto em suas críticas. Presente na reunião que selou a punição a Sabino, Caiado expressou seu descontentamento antes mesmo do encontro, classificando a situação como uma “imoralidade ímpar”. Ele acusou Sabino de “fazer o jogo do PT” e de se comportar como um “traidor”, questionando como alguém poderia ser “soldado do Lula e soldado do União Brasil” simultaneamente.
Celso Sabino, deputado federal pelo Pará, licenciou-se de seu mandato em 2023 para assumir a pasta do Turismo no governo Lula, sucedendo Daniela Carneiro. Sua trajetória na política e o peso de sua representatividade no estado do Pará são fatores que influenciam diretamente a dimensão da controvérsia e o desenrolar das punições impostas pelo União Brasil. Para mais informações sobre a atuação dos partidos no cenário político nacional, consulte a Folha de S.Paulo, um dos principais veículos de jornalismo do país.

Imagem: www1.folha.uol.com.br
Outros Casos de Desembarque e Punição Partidária
O episódio de Celso Sabino no União Brasil não é isolado no cenário político atual. O Partido Progressistas (PP) também anunciou, nesta mesma quarta-feira, uma medida disciplinar similar contra o Ministro do Esporte, André Fufuca. Ele foi afastado das decisões partidárias, da vice-presidência nacional do PP e da presidência da sigla no Maranhão por resistir à saída do ministério. O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), reiterou em nota oficial que o partido “não faz e não fará parte do atual governo”, destacando a ausência de “identificação ideológica ou programática” com a gestão federal.
Ambos os casos, de Sabino e Fufuca, refletem o desafio que partidos de centro e centro-direita enfrentam ao conciliar a presença de seus membros em cargos do primeiro escalão com a necessidade de manter uma oposição consistente ou um posicionamento independente, especialmente em vista das próximas disputas eleitorais. A fidelidade partidária e a coesão interna tornam-se elementos cruciais para a construção de projetos políticos a médio e longo prazo.
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A situação de Celso Sabino e as demais punições partidárias evidenciam a complexidade das alianças políticas e as tensões que surgem quando os interesses individuais se chocam com as diretrizes da legenda. O processo disciplinar contra o ministro promete ser um tema de destaque nas próximas semanas, e as repercussões podem moldar futuros rearranjos nas composições políticas do país. Para se manter atualizado sobre os desdobramentos da política brasileira e as decisões partidárias, continue acompanhando nossa editoria de Política.
Crédito da Imagem: Gabriela Biló – 18.jul.23/Folhapress
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