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Prefeito de Rio Branco mantém gestor da RBTrans investigado por assédio, ignorando pedido da Câmara

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O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), comunicou publicamente a sua decisão de manter Clendes Vilas Boas à frente da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans). Essa declaração, feita em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (3), contraria uma aprovação prévia da Câmara de Vereadores que pedia o afastamento do superintendente. O gestor tem sido alvo de diversas acusações de assédio moral.

A determinação do prefeito chega após a Câmara de Vereadores ter votado pelo afastamento de Vilas Boas na última terça-feira (2). Na ocasião, o legislativo municipal argumentou a necessidade do afastamento para garantir a integridade da apuração das graves denúncias apresentadas. Contudo, Bocalom defendeu o superintendente, afirmando que as denúncias de assédio moral são “sem fundamento” e representam uma suposta tentativa de prejudicar a imagem do seu colaborador. Ele ainda reforçou que já havia expressado sua intenção de não afastar Vilas Boas, mesmo antes da votação da Câmara.

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O Histórico das Acusações Contra o Superintendente

As primeiras informações sobre as denúncias de assédio moral contra Clendes Vilas Boas vieram à tona através das redes sociais, onde duas ex-servidoras da autarquia, Marília Rodrigues e Daniela Paiva, compartilharam suas experiências. Elas descreveram situações classificadas como constrangedoras e que teriam ocorrido enquanto exerciam suas funções na RBTrans. Durante uma sessão da Câmara de Vereadores, em 12 de agosto, os vereadores Eber Machado (MDB) e André Kamai (PT) relataram terem recebido uma carta anônima, detalhando histórias similares envolvendo, no mínimo, outras três mulheres.

Posteriormente, a investigação ganhou corpo na esfera legislativa. A Comissão dos Direitos das Mulheres da Câmara de Vereadores de Rio Branco dedicou-se à apuração das alegações. Em 26 de agosto, esta comissão finalizou seu relatório, que agregava oito depoimentos distintos. Estes relatos, provenientes de funcionários e ex-funcionários da RBTrans, foram posteriormente encaminhados ao Ministério Público do Trabalho e ao Ministério Público Estadual, intensificando a formalização das investigações.

A Resposta de Vilas Boas e as Próximas Etapas

Diante das sérias acusações, Clendes Vilas Boas negou categoricamente todas as alegações. Segundo sua defesa, ele planeja apresentar as provas que atestam sua inocência e protocolar boletins de ocorrência contra aqueles que o denunciaram. Paralelamente, foi informado que o superintendente está afastado de suas funções há aproximadamente uma semana, mas por recomendação médica. A defesa atribuiu a condição de saúde do gestor à ampla exposição pública das denúncias.

Um dos momentos em que a ausência de Vilas Boas foi notada foi em 19 de agosto, quando ele foi convocado pela Câmara para prestar esclarecimentos sobre as acusações. Contudo, Vilas Boas não compareceu à audiência, alegando estar “acamado” e informou, à Rede Amazônica Acre, que suas manifestações seriam feitas exclusivamente nos autos do procedimento investigatório aberto pelo Ministério Público do Acre (MP-AC). Naquela sessão da Câmara, vereadores optaram por ouvir outros servidores, os quais reforçaram os relatos de assédio. Um agente de trânsito, por exemplo, mencionou que basta contrariar as vontades de Vilas Boas para iniciar um processo de perseguição no ambiente de trabalho, enquanto outra denunciante descreveu um ambiente fomentado por divisões e discórdias causadas pelo gestor.

Posição da Prefeitura e Justificativas do Prefeito

Em sua entrevista coletiva, o prefeito Tião Bocalom enfatizou a longa relação profissional com Clendes Vilas Boas, mencionando que o conhece há mais de 30 anos. Essa amizade e o tempo de convivência parecem ser um pilar central na defesa do prefeito. Bocalom argumentou que as denúncias poderiam ser motivadas por intenções de minar a imagem do superintendente, referindo-se a elas como, a princípio, “sem fundamento nenhum” e reduzindo alguns relatos a meros “desentendimentos” comuns em qualquer ambiente de trabalho.

Prefeito de Rio Branco mantém gestor da RBTrans investigado por assédio, ignorando pedido da Câmara - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

O prefeito assegurou que a prefeitura está cooperando plenamente com o Ministério Público nas investigações em andamento, destacando que toda a documentação solicitada pelo órgão já foi prontamente encaminhada. Ele ressaltou a sua confiança inabalável em Clendes Vilas Boas e declarou: “Ele continua na gestão e sob a minha confiança. Se lá na frente tiver alguma coisa de desvio, de erros, a gente toma outras providências, mas, por enquanto não.” Essa postura sinaliza que qualquer medida futura só será considerada se surgirem evidências concretas e incontestáveis de má conduta que fujam do espectro dos “desentendimentos” ou denúncias que ele considera infundadas.

Cenário Político e Próximos Passos

A decisão do prefeito Tião Bocalom em manter o superintendente, ignorando a deliberação da Câmara de Vereadores, insere mais um capítulo de tensão na relação entre os poderes executivo e legislativo em Rio Branco. Os vereadores, que em seu requerimento sublinharam a gravidade das acusações e a importância do afastamento para uma investigação transparente, agora precisam reavaliar seus próximos movimentos. A posição do Ministério Público, que solicitou a apuração do caso à prefeitura, indica que a pressão para esclarecimentos continua presente e que a situação do superintendente seguirá sob análise.

O caso se desdobra em um cenário onde a transparência e a moralidade pública são constantemente escrutinadas. A continuidade de Vilas Boas no cargo, sob a chancela do prefeito, pode gerar debates e expectativas sobre a evolução das investigações e a apresentação das provas que, segundo o superintendente, comprovam sua inocência. A comunidade de Rio Branco aguarda os próximos desdobramentos desta controvérsia, que coloca em destaque questões de gestão pública, ética no ambiente de trabalho e o papel de diferentes instâncias na fiscalização e na tomada de decisões administrativas.

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A tensão gerada pelas denúncias e pela posição firme do prefeito indica que o assunto ainda renderá discussões. A RBTrans e sua gestão continuarão no foco das atenções enquanto o Ministério Público prossegue com as análises da documentação e dos relatos entregues. A sociedade e os órgãos de controle estarão vigilantes quanto à resolução final e à garantia de um ambiente de trabalho justo e livre de assédio em suas instituições.

Fonte: G1 Acre

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