O cenário da morte de Igor Peretto, um comerciante de 40 anos, em Praia Grande, litoral de São Paulo, ganhou contornos mais detalhados com o depoimento do porteiro do edifício. Momentos antes do assassinato brutal, que chocou a comunidade, o profissional fez uma ligação para o apartamento onde o crime ocorreria, com a intenção de solicitar silêncio devido a ruídos. Esta revelação é crucial para compreender a cronologia dos eventos que levaram ao fatal desfecho em 31 de agosto de 2024.
O depoimento exclusivo, ao qual o g1 teve acesso, descreve uma sequência de fatos que inclui a movimentação dos envolvidos no prédio. As autoridades têm investigado o caso com profundidade, buscando esclarecer as circunstâncias do assassinato a facadas do empresário no imóvel de sua irmã, Marcelly Peretto, conforme apuraram as investigações.
Porteiro Interfonou Antes da Morte de Igor Peretto
As acusações formais do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apontaram Rafaela Costa (viúva de Igor), Marcelly Peretto (irmã por parte de pai) e Mário Vitorino (cunhado de Igor) como articuladores de uma ação premeditada. O motivo alegado pelo órgão ministerial seria a percepção da vítima como um obstáculo a um triângulo amoroso envolvendo os três denunciados. No entanto, uma decisão judicial recente trouxe uma reviravolta no andamento processual, alterando o quadro dos réus no caso da **morte de Igor Peretto**.
Decisão Judicial no Caso Igor Peretto
Em um desdobramento recente, a Justiça emitiu um despacho na quinta-feira, 16 de novembro, modificando a situação jurídica dos acusados. O juiz Felipe Esmanhoto Mateo determinou a desclassificação de Rafaela Costa da denúncia original. A justificativa para tal medida se baseou na constatação de que a viúva não estava presente no apartamento no instante do homicídio, e as provas coletadas até o momento não foram consideradas suficientes para estabelecer sua participação direta no assassinato do comerciante. Essa decisão, documentada na sentença judicial obtida pela reportagem, impacta significativamente o direcionamento do caso.
Por outro lado, o mesmo juiz deliberou que Marcelly Peretto e Mário Vitorino serão submetidos a júri popular. Essa determinação reafirma o foco das investigações sobre a atuação da irmã da vítima e de seu companheiro. A decisão judicial para o caso do **assassinato de Igor Peretto** sugere uma análise aprofundada das responsabilidades individuais, distinguindo os graus de envolvimento dos denunciados com base nas evidências apresentadas.
Depoimento Chave do Porteiro Revela Movimentação
Uma das testemunhas mais relevantes no processo é, sem dúvida, o porteiro que estava de serviço na fatídica madrugada do crime. Seu depoimento detalha a chegada de todos os envolvidos ao edifício. O profissional, que trabalhava no local há cerca de três meses na época dos fatos, relatou ter visto Marcelly, a proprietária do apartamento, chegar na companhia de Rafaela. No entanto, ele não testemunhou a saída da convidada do imóvel.
A entrada de Mário Vitorino e do próprio Igor Peretto no prédio foi precedida por um interfone para Marcelly, que autorizou a subida dos dois. Logo após, o porteiro começou a receber reclamações sobre barulho excessivo vindo do apartamento em questão. Ao constatar que o ruído realmente se originava do imóvel de Marcelly, ele fez uma nova ligação por interfone. O atendimento foi feito por um homem – cuja identidade (Mário ou Igor) ele não conseguiu precisar – que, com a voz alterada, garantiu que a perturbação cessaria. Apesar da promessa, o funcionário recorda que ainda houve gritaria após a chamada, antes que o silêncio se estabelecesse. Posteriormente, ele observou Marcelly e Mário deixarem o prédio; a mulher exibia nervosismo visível, enquanto o homem parecia manter a calma. A sequência desses eventos é crucial para a reconstituição da noite do crime contra Igor Peretto.
Detalhes do Uso de Substâncias Antes da Morte
Em seus depoimentos às autoridades, Mário, Rafaela e Marcelly reiteraram a negação de qualquer planejamento prévio para o crime. Rafaela, a viúva de Igor Peretto, enfatizou que não se encontrava no apartamento no momento exato em que seu marido foi assassinado. Apesar da negação sobre o planejamento do crime, os três réus confessaram o uso de drogas em uma confraternização que precedeu os eventos trágicos.

Imagem: g1.globo.com
Rafaela Costa e Marcelly Peretto especificaram que fizeram uso de lança-perfume e ecstasy durante o evento. Mário Vitorino, por sua vez, confirmou ter consumido entorpecentes, mas optou por não detalhar quais substâncias foram ingeridas. Esse elemento adiciona uma camada complexa ao entendimento das circunstâncias da **morte do comerciante Igor Peretto**, levantando questões sobre o estado dos envolvidos na noite fatídica.
A Cronologia dos Acontecimentos no Apartamento
O desfecho trágico para Igor Peretto ocorreu no dia 31 de agosto de 2024, dentro do apartamento pertencente a Marcelly Peretto. No instante do assassinato, a vítima estava no imóvel juntamente com Marcelly e Mário Vitorino. Uma das revelações cruciais da investigação aponta que Rafaela, a viúva, havia chegado ao apartamento acompanhada de Marcelly, mas o deixou apenas 13 segundos antes da chegada de Igor, que vinha na companhia de Mário. Este intervalo de tempo minúsculo é um dos pontos focais para os investigadores na reconstituição do cenário.
Conforme os depoimentos dos três envolvidos e de seus respectivos advogados, foi confirmado que Rafaela e Mário mantinham um relacionamento extraconjugal. O advogado de Marcelly também declarou que sua cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local momentos antes de Igor e Mário adentrarem o apartamento. Igor Peretto, ao ser atingido por golpes de faca, não resistiu. O laudo necroscópico, ao qual a reportagem do G1 Santos e Região teve acesso, indicou que, caso sobrevivesse aos ferimentos, a vítima teria ficado tetraplégica, sem movimento do pescoço para baixo, dada a gravidade das lesões. Essa informação sublinha a brutalidade do **crime de Praia Grande** e a intensidade da violência empregada no assassinato do comerciante.
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Em suma, a morte de Igor Peretto em Praia Grande, em agosto de 2024, revela uma complexa teia de relacionamentos, com a decisão judicial excluindo a viúva Rafaela Costa da denúncia, mas levando Marcelly Peretto e Mário Vitorino a júri popular. A atuação do porteiro e o uso de drogas antes do crime são elementos-chave que fornecem um panorama perturbador da noite do assassinato. Para continuar acompanhando os desdobramentos deste e de outros casos que afetam nossas comunidades, mantenha-se atualizado em nossa editoria de Cidades e demais análises jornalísticas.
Crédito da imagem: Reprodução/Redes Sociais e Thais Rozo/g1



