A Polícia prende mais suspeitos de furto em joalheria de CG, após o aprofundamento das investigações relacionadas à tentativa de crime que chocou a capital sul-mato-grossense. Dois indivíduos foram detidos na madrugada desta terça-feira (21), elevando para três o número de presos envolvidos na ação criminosa ocorrida no último domingo (19) em um shopping da cidade. A operação da Polícia Civil desmantela parte de um esquema que operava com táticas sofisticadas, visando o roubo de joias valiosas.
Os novos suspeitos, identificados como homens de 23 e 26 anos, foram localizados em um bar próximo à rodoviária de Campo Grande. Segundo os investigadores, eles tentaram ludibriar as autoridades com nomes falsos em uma vã tentativa de evadir-se da prisão. No entanto, a perspicácia dos agentes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul permitiu a captura, representando um avanço significativo na apuração do caso e na identificação da quadrilha responsável. As prisões confirmam as suspeitas de que o grupo, proveniente do estado de Goiás, planejava meticulosamente o furto.
Polícia Prende Mais Suspeitos de Furto em Joalheria de CG
O delegado Reginaldo Salomão, à frente da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRAS), detalhou o plano falho dos criminosos. Segundo ele, o integrante que adentrou a joalheria recebia orientações precisas, via chamada de vídeo, sobre como desativar o sistema de segurança do estabelecimento. O plano, contudo, desmoronou quando o alarme da loja disparou, frustrando a ação e precipitando a fuga dos envolvidos. Imagens de câmeras de segurança do shopping registraram a movimentação dos suspeitos em um carro de cor prata, fundamentais para a identificação inicial.
A primeira prisão ocorreu ainda no domingo (19), dia da tentativa de furto, quando um jovem de 20 anos foi detido após tentar se esconder com a chegada da Polícia Militar. Ele é apontado como o executor dentro da loja e possuía um histórico criminal considerável, com passagens por dois roubos à mão armada e cumpria pena em regime aberto por sete anos em Goiás. Informações adicionais revelaram que este indivíduo utilizou documentos falsos para ingressar em Mato Grosso do Sul, demonstrando o planejamento e a antecedência na preparação do crime.
Com as recentes detenções, as autoridades puderam elucidar os papéis específicos de cada membro da quadrilha. O suspeito de 23 anos tinha a incumbência de operar equipamentos especializados para abrir e fechar as portas do shopping, facilitando a entrada e saída do grupo. Ele também era responsável por realizar locações com dados falsos e efetuar pagamentos em estabelecimentos utilizando as informações fraudulentas. Já o homem de 26 anos atuava como motorista, proporcionando suporte logístico essencial à operação e transportando o grupo em um veículo modelo Voyage de cor prata. O esquema era coordenado e dividido para maximizar as chances de sucesso, minimizando riscos individuais.
As apreensões realizadas durante as prisões adicionam substância às evidências. Com os suspeitos, a polícia encontrou e recolheu equipamentos capazes de captar e reproduzir sinais eletrônicos, habilidade essencial para a abertura de fechaduras eletromagnéticas. Além disso, acessórios que não pertenciam à joalheria e um aparelho celular, que um dos detidos tentou destruir antes de ser efetivamente capturado, foram igualmente apreendidos. Tais itens corroboram a sofisticação da metodologia empregada pela quadrilha em suas atividades criminosas.
As investigações conduzidas pelo delegado Reginaldo Salomão indicam que a quadrilha não operava exclusivamente em Mato Grosso do Sul. Há registros de que o grupo é investigado por furtos e tentativas de crimes semelhantes em pelo menos quatro ocorrências no Rio de Janeiro e outras duas em Sergipe. Ademais, em um dos casos em Sergipe, os membros do grupo também responderam por lesão corporal, evidenciando uma escalada de violência em suas ações. Antes de cometerem os furtos, os criminosos visitavam as joalherias se passando por especialistas ou clientes interessados, fazendo perguntas detalhadas sobre os produtos, avaliando o ambiente e verificando a presença e disposição das câmeras de segurança, uma tática conhecida como “olhar o ambiente”.
Este padrão de comportamento revela um método sistemático de prospecção e planejamento. Os falsos especialistas em joias utilizavam essas visitas para realizar um levantamento completo da vulnerabilidade dos estabelecimentos, identificando pontos fracos nos sistemas de segurança antes de deflagrar o crime. Esta fase pré-furto era crucial para o sucesso das operações, permitindo que os criminosos atuassem com maior precisão no momento do ataque.
A Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (DERF) de Campo Grande continua as investigações. Segundo o delegado Salomão, existem fortes indícios de que outros indivíduos estão envolvidos na quadrilha e no plano da tentativa de furto à joalheria. O trabalho de inteligência policial segue em ritmo acelerado para identificar, localizar e prender todos os participantes da rede criminosa. O compromisso das autoridades é desmantelar por completo a organização, garantindo a segurança e a ordem na capital e em todo o estado.
Confira também: crédito imobiliário
A prisão de mais suspeitos da tentativa de furto em joalheria em Campo Grande demonstra a eficácia e o empenho da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul no combate ao crime organizado. As investigações continuam ativas para identificar e prender outros possíveis membros desta quadrilha com atuação interestadual. Fique por dentro de outras notícias e análises sobre segurança pública e o trabalho policial acompanhando as atualizações da nossa editoria de Cidades.
Foto: Eduardo Almeida/ TV Morena

