Polícia apreende ouro e destrói garimpo ilegal no TO: Uma recente operação conduzida pela Polícia Militar do Tocantins resultou na apreensão significativa de ouro, mercúrio e armamentos, além da desativação de infraestruturas utilizadas em garimpos clandestinos. A intervenção ocorreu no Rio Manoel Alves, na região de Almas, com o objetivo de combater a extração mineral ilícita que prejudica o meio ambiente e desafia a legislação vigente.
Durante as ações, que se desenvolveram na última quinta-feira (9), duas balsas operacionais, cruciais para a extração aurífera sem autorização, foram completamente destruídas no local da ocorrência. A operação culminou na detenção de seis indivíduos, que foram imediatamente encaminhados à delegacia e formalmente autuados por diversas infrações e crimes de natureza ambiental, bem como outras violações legais. Adicionalmente, foram aplicadas multas ambientais que, somadas, alcançaram a cifra expressiva de R$ 300 mil.
Polícia apreende ouro e destrói garimpo ilegal no TO
A força-tarefa da Polícia Militar logrou apreender, além das máquinas de extração, aproximadamente 78 gramas de ouro bruto, três frascos contendo mercúrio metálico – substância altamente nociva e comumente empregada na purificação do ouro –, e uma arma de fogo do tipo cartucheira calibre 28, acompanhada de duas munições intactas. Também foram confiscados equipamentos especializados em mergulho e uma balança de precisão, itens essenciais para a execução das atividades de garimpo ilegal.
Operação Protetor dos Biomas em Destaque
Esta recente incursão é parte integrante da segunda etapa da Operação Protetor dos Biomas, um programa de âmbito nacional que visa a proteção dos ecossistemas brasileiros contra crimes ambientais. A fase anterior, que ocorreu na quarta-feira (8), já havia resultado na prisão de três homens suspeitos de envolvimento direto com a exploração ilegal de ouro, igualmente no Rio Manoel Alves. O desmantelamento das estruturas é uma resposta direta à identificação, feita por um levantamento policial, de que dragas de sucção estavam sendo utilizadas de forma contínua e sem qualquer tipo de licenciamento ambiental nas proximidades de Almas. As investigações indicaram a presença de dois pontos distintos de atuação garimpeira clandestina ao longo do rio.
Detalhes da Intervenção nos Pontos de Garimpo
No primeiro local identificado, as equipes policiais depararam-se com uma balsa de grandes dimensões, onde aproximadamente dez pessoas estavam engajadas ativamente nas atividades de mineração ilegal. A essa altura, as autoridades procederam à apreensão da arma de fogo calibre 28 com suas munições, a quantidade mencionada de ouro bruto e um frasco de mercúrio metálico. Completando o confisco, foram encontrados a balança de precisão e uma variedade de equipamentos de dragagem, além dos itens de mergulho. O proprietário desta balsa foi identificado como um homem de 52 anos.
Prosseguindo a 300 metros do primeiro local, foi encontrado um segundo ponto de garimpo. Nele, uma balsa de porte menor estava em pleno funcionamento, e quatro homens foram detidos em flagrante delito. Neste segundo local, as equipes localizaram mais dois frascos de mercúrio, um conjunto adicional de equipamentos de dragagem e uma triste descoberta ambiental: um papagaio silvestre, mantido em cativeiro de forma irregular. O segundo proprietário da draga, um homem de 56 anos, foi autuado pelas infrações cometidas.

Imagem: extração ilegal de ouro via g1.globo.com
Consequências Legais e o Impacto Ambiental
A Polícia Militar esclareceu que, diante da inviabilidade logística de remover as balsas do rio, o maquinário pesado utilizado na dragagem foi inoperacionalizado e incinerado no local, uma medida adotada para garantir que não fossem reaproveitadas. As seis pessoas que foram conduzidas à delegacia de Dianópolis enfrentarão acusações sérias. Os autos de prisão em flagrante foram expedidos por porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, crimes contra a fauna pela captura e manutenção de espécie silvestre, crime de poluição decorrente da produção ou uso de substância tóxica ou perigosa como o mercúrio, e pela execução de lavra de recursos minerais sem a devida autorização legal, configurando crime contra a ordem econômica e ambiental. A ilegalidade da atividade de garimpo, conforme as normas regulatórias do setor mineral brasileiro, está explícita na falta de licença ambiental, essencial para qualquer forma de exploração. Mais informações sobre o setor podem ser encontradas em fontes governamentais como a Agência Nacional de Mineração, que detalha aspectos da produção mineral legal no país.
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Esta operação robusta no Tocantins sublinha o compromisso das autoridades no combate às atividades ilícitas de mineração e na preservação dos biomas nacionais. A continuidade de ações como a Operação Protetor dos Biomas é fundamental para proteger os recursos naturais e coibir crimes que afetam a saúde ambiental e a segurança das comunidades. Para ficar atualizado sobre outras questões relacionadas à política ambiental e à segurança pública, explore nossa editoria de Política e acompanhe os desdobramentos desses temas relevantes.
Crédito da imagem: Ascom BPMA/Divulgação
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