PM Mata Assaltante Após Tentativa de Roubo em Imbiribeira, Recife

No bairro da Imbiribeira, situado na Zona Sul da capital pernambucana, um assaltante foi morto por um Policial Militar à paisana na manhã desta segunda-feira, após tentar roubar o agente de segurança. O homem, posteriormente identificado como Almir Barros de Brito Júnior, de 24 anos, reagiu violentamente e acabou sendo atingido pelo policial armado, resultando em sua morte imediata. Este grave incidente sublinha os crescentes desafios de segurança que afligem o Recife, onde o combate à criminalidade frequentemente culmina em confrontos diretos.

O episódio revelou a audácia do criminoso e a prontidão do policial militar. Pouco antes do fatídico desfecho, a polícia confirmou que o mesmo indivíduo já havia praticado um outro assalto no período da manhã, desta vez na Zona Norte da cidade. Uma das vítimas desse primeiro roubo, ao passar pela Imbiribeira, reconheceu Almir Barros de Brito Júnior no local do incidente com o PM, um fato crucial para as investigações subsequentes. Este reconhecimento em tempo real pelos populares destacou o rastro deixado pelo suspeito em sua série de delitos.

PM Mata Assaltante Após Tentativa de Roubo em Imbiribeira, Recife

Imagens divulgadas e veiculadas pelo Canal Globo mostraram a cena após o tiroteio, revelando detalhes que intrigaram as autoridades. O criminoso foi encontrado no chão, próximo a uma motocicleta de cor vermelha, e tinha diversos anéis nos dedos, com um destaque para várias alianças. Este achado gerou a suspeita imediata de que os objetos seriam provenientes de roubos recentes, dada a forma como o indivíduo estava adornado. A visualização dessas evidências forneceu subsídios iniciais para o entendimento da extensão de suas atividades criminosas e o tipo de bens que almejava subtrair.

O delegado Sérgio Ricardo, encarregado do caso, detalhou os itens apreendidos após a morte do suspeito em entrevista à TV Globo. Entre os pertences de Almir Barros de Brito Júnior, foram encontrados diversos anéis de ouro – especificamente cinco alianças distribuídas nas duas mãos do indivíduo –, um revólver e cinco munições. Dessas munições, quatro estavam intactas, enquanto uma já havia sido disparada, indicando o uso recente da arma pelo criminoso. “Nós constatamos que ele tinha várias alianças. A rigor, cinco alianças nas duas mãos, nos seus dedos. Aqui no local, compareceu uma vítima que informou que teria sido roubado hoje pela manhã, no bairro de Campo Grande”, declarou o delegado, enfatizando o reconhecimento da vítima do assalto prévio.

Conforme os protocolos, o policial militar que reagiu à tentativa de assalto se apresentou ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento formal e fornecer esclarecimentos sobre a dinâmica do ocorrido. A Polícia Civil de Pernambuco informou que a 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios será responsável pela condução da investigação do caso, visando apurar todos os pormenores do confronto e determinar a legalidade da ação do PM. Sérgio Ricardo acrescentou que “Nós vamos entrevistá-lo [policial militar] formalmente no DHPP. […] A vítima anunciou um assalto, não sei se para subtrair a moto ou algum outro pertence. A gente vai esclarecer isso com o DHPP”, reiterando o compromisso das autoridades em elucidar os fatos completamente. Este tipo de atuação policial e os procedimentos investigativos são essenciais para garantir a transparência e a justiça em cenários de uso da força.

Este incidente recente, embora impactante, não é um caso isolado de roubo de alianças e objetos de valor no Recife. A capital pernambucana tem enfrentado uma onda de crimes semelhantes, gerando alerta entre a população. No início do mês, um caso chamou a atenção: uma mulher que passeava com uma criança na rua da Torre, na Zona Oeste da cidade, filmou o próprio assalto. A gravação registrou um breve e tenso diálogo com o criminoso, que a ameaçou com uma arma caso ela tentasse fugir, reforçando a brutalidade desses atos. O incidente gerou ampla repercussão e levantou um debate sobre a segurança nas vias públicas da cidade.

Imagem: PM durante tentativa de assalto na Imbir via g1.globo.com

Outra moradora, Marta Maria, de 53 anos, teve sua aliança subtraída em um assalto similar, ocorrido no mesmo dia. Ela relatou ao g1 que foi abordada por um homem na Rua Pio IX, por volta das 9h40. O assaltante gesticulou, simulando estar armado, o que aumentou o pânico da vítima, que não teve escolha a não ser entregar o pertence. A recorrência de roubos de alianças e joias demonstra a fragilidade de pedestres diante de criminosos que agem de forma agressiva e sorrateira.

A preocupação com a crescente criminalidade e, em especial, o roubo de objetos de valor, tem levado até mesmo líderes religiosos a emitirem alertas. Em julho, o Padre Fábio Paz, da tradicional Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, recomendou publicamente aos fiéis que evitassem comparecer às missas usando objetos de valor que pudessem chamar a atenção dos bandidos. Em tom de brincadeira, mas com um fundo sério, o pároco disse: “Eu até brinquei: ‘venham solteiros para a missa’. Quer dizer, escondam as alianças, escondam os bens, porque isso chama atenção”, evidenciando o clima de insegurança que permeia a vida cotidiana na cidade e a necessidade de medidas preventivas por parte dos cidadãos.

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O caso do assaltante morto na Imbiribeira serve como um alerta para a complexa dinâmica da segurança pública no Recife, onde a rápida resposta das forças de segurança se cruza com a persistência de crimes como o roubo de alianças, impactando diretamente a população. A investigação continuará a fornecer mais informações sobre as circunstâncias desse evento e a contribuir para o esforço contínuo das autoridades no combate ao crime. Para continuar acompanhando as notícias de segurança nas cidades e outras análises detalhadas, convidamos você a explorar mais o conteúdo da nossa editoria, disponível em nossa categoria Cidades.

Crédito da imagem: Foto: Montagem/g1