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Pernambuco Investiga Mortes por Intoxicação de Metanol

O estado de Pernambuco está sob investigação em relação a duas mortes suspeitas de intoxicação por metanol, além de um terceiro caso que resultou em grave sequela ocular. As informações foram divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) em nota oficial na última terça-feira, 30 de julho. A pasta, no entanto, optou por não correlacionar […]

O estado de Pernambuco está sob investigação em relação a duas mortes suspeitas de intoxicação por metanol, além de um terceiro caso que resultou em grave sequela ocular. As informações foram divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) em nota oficial na última terça-feira, 30 de julho. A pasta, no entanto, optou por não correlacionar explicitamente esses incidentes com o consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, situação que ganhou notório destaque e causou preocupação em outros estados, como São Paulo.

Os três pacientes afetados foram atendidos em uma unidade hospitalar no Agreste do estado. Todos os casos foram registrados em dois municípios dessa mesma região: Lajedo e João Alfredo. As notificações formais sobre as suspeitas de intoxicação foram recebidas pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) no mesmo dia da divulgação das informações, terça-feira, 30.

Pernambuco Investiga Mortes por Intoxicação de Metanol

As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Mestre Vitalino, localizado em Caruaru, onde dois dos homens internados não resistiram à severidade da intoxicação e vieram a óbito. O terceiro indivíduo, apesar de ter recebido alta hospitalar, ficou com sérias sequelas na visão, o que sublinha a gravidade da substância. As autoridades ainda buscam respostas sobre a origem da intoxicação, e a Secretaria Estadual de Saúde está conduzindo todas as apurações necessárias para esclarecer os fatos e garantir a segurança da população.

Uma equipe de reportagem buscou contato com o Hospital Mestre Vitalino para obter mais detalhes sobre o atendimento aos pacientes, o curso da internação e a evolução dos quadros clínicos, mas não obteve retorno até a publicação deste conteúdo. A falta de informações adicionais do hospital não impede a continuidade das investigações conduzidas pela vigilância sanitária estadual, que atua em conjunto com a unidade de saúde, responsável pelo acompanhamento clínico detalhado e pelo registro meticuloso das informações obtidas durante o período de atendimento e investigação inicial dos pacientes.

Em resposta à situação, a SES-PE, através da Apevisa, agiu prontamente após a recepção das notificações de suspeitas de intoxicação. A Agência iniciou de imediato a elaboração e preparação de um conjunto de ações de fiscalização que visam, primariamente, distribuidoras de bebidas alcoólicas em Pernambuco. Paralelamente, a própria Secretaria Estadual de Saúde irá emitir uma série de orientações essenciais. Essas diretrizes serão direcionadas tanto à população em geral, para informar sobre os riscos e as precauções, quanto às vigilâncias sanitárias em nível municipal, para reforçar as estratégias de prevenção e controle. O principal objetivo dessas ações é intensificar as vistorias regulares em todos os estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado, a fim de identificar e coibir possíveis fraudes na composição e distribuição desses produtos.

Diante da gravidade dos desfechos, os corpos dos indivíduos falecidos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML). Nesses locais especializados, serão realizados exames aprofundados e conclusivos, cujo propósito é determinar com exatidão a causa das mortes, e em particular, confirmar ou refutar a presença de metanol no organismo das vítimas. A expectativa é que os resultados dessas análises forenses forneçam subsídios importantes para as investigações e ajudem a compreender a extensão do problema.

É crucial notar que casos de intoxicação por metanol já haviam ganhado visibilidade em território nacional no estado de São Paulo. Lá, foram confirmadas até o momento cinco mortes diretamente ligadas a essa forma de intoxicação. Em um balanço mais amplo, o secretário de Saúde paulista, Eleuses Paiva, informou que o total de casos investigados envolvendo metanol no estado atingiu a marca de 22, dos quais sete já foram oficialmente confirmados. Um detalhe importante é que, desses casos em São Paulo, apenas uma das mortes foi especificamente atribuída à ingestão de bebida alcoólica comprovadamente adulterada com metanol, indicando uma complexidade na origem da contaminação em outros incidentes. Para mais informações sobre a toxicidade do metanol, você pode consultar fontes como o portal do Ministério da Saúde.

O metanol é uma substância com elevado grau de toxicidade para o corpo humano, cujos efeitos nocivos podem ser devastadores. Seus principais alvos no organismo são o fígado, um órgão vital para a desintoxicação, e o nervo ótico. A ingestão pode resultar em lesões severas no nervo ótico, levando irreversivelmente à cegueira, além de provocar danos sistêmicos que afetam múltiplos órgãos e sistemas do corpo, tornando a intoxicação por essa substância um risco iminente à vida.

A contaminação de bebidas alcoólicas por metanol ocorre, tipicamente, em contextos de falsificação de produtos. Essa substância tóxica pode ser encontrada em álcool de origem adulterada, ou ser adicionada deliberadamente a bebidas destinadas ao consumo humano como um método clandestino e perigoso para aumentar o teor alcoólico de forma mais barata. O baixo custo do metanol em comparação ao etanol (álcool etílico) torna-o atraente para criminosos, que o utilizam ilegalmente em bebidas.

Importante ressaltar que não existem métodos caseiros seguros ou confiáveis para identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas. O metanol é incolor, volátil e suas características de odor e sabor são muito similares às do etanol, o álcool presente em bebidas legais. Dessa forma, a detecção da adulteração só é possível mediante análises laboratoriais especializadas e equipamentos apropriados, o que torna a tarefa de identificação pelo consumidor comum praticamente impossível.

A principal medida preventiva e de segurança para os consumidores é adquirir bebidas alcoólicas exclusivamente de fontes confiáveis. Isso significa dar preferência a supermercados, distribuidores autorizados ou outros estabelecimentos comerciais que sejam amplamente conhecidos, possuam reputação estabelecida no mercado e ofereçam garantias de procedência. Comprar de locais duvidosos ou sem controle sanitário aumenta exponencialmente o risco de consumir produtos falsificados ou adulterados.

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A Secretaria de Saúde de Pernambuco e a Apevisa seguem vigilantes, reforçando que a segurança alimentar e a saúde pública são prioridades. Este incidente serve como um alerta contundente para a necessidade de fiscalização constante e para a conscientização sobre os riscos de consumir bebidas de procedência desconhecida. Continue acompanhando nossas notícias na editoria de Cidades para mais atualizações sobre este e outros temas relevantes para a segurança e o bem-estar da comunidade.

Crédito da imagem: Divulgação/Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo

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