Perdão de Trump liberta George Santos da prisão nos EUA

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A concessão do perdão presidencial a George Santos, por determinação de Donald Trump, culminou na libertação do ex-deputado republicano de uma prisão federal nos Estados Unidos. O político, filho de cidadãos brasileiros, deixou a custódia na madrugada deste sábado, dia 18 de [mês não especificado, mantendo “sábado (18)”], poucas horas após o anúncio oficial da decisão por parte do presidente dos Estados Unidos.

A soltura de George Santos foi primeiramente noticiada pelo conceituado jornal americano “The New York Times”, que baseou sua reportagem em informações fornecidas pelo advogado do ex-deputado, Joseph Murray. Esta revelação marca um novo capítulo na trajetória do político que, até então, cumpria uma sentença de sete anos de prisão decorrente de sua condenação por crimes de fraude e falsidade ideológica, cumprindo sua pena em uma instituição federal.

A medida executiva assinada por Donald Trump especificava que o ex-parlamentar seria posto em liberdade “imediatamente”. Segundo o defensor Joseph Murray, George Santos saiu da Instituição Correcional Federal de Fairton, localizada em Nova Jersey, logo após as 23h da noite de sexta-feira, considerando o horário de Brasília. No fuso horário local, o acontecimento se deu por volta das 22h.

Perdão de Trump liberta George Santos da prisão nos EUA

Murray expressou forte satisfação com o resultado, afirmando publicamente: “Uma grande injustiça foi corrigida”. Complementando suas declarações, o advogado também manifestou seu apreço por meio de uma publicação nas redes sociais associadas a George Santos, celebrando a ação presidencial com as palavras: “Deus abençoe o presidente Donald J. Trump, o maior presidente da história dos Estados Unidos!”.

O Contexto da Condenação de George Santos

A ascensão de George Santos na política foi rapidamente seguida por uma drástica queda. O ex-deputado caiu em desgraça perante a opinião pública e as autoridades após a revelação de que havia mentido de forma extensiva sobre sua história de vida e que, durante sua campanha, enganou diversos doadores. O político republicano confessou ter praticado fraude eletrônica e admitiu ter roubado a identidade de pelo menos dez indivíduos, incluindo membros de sua própria família, com o objetivo de financiar sua bem-sucedida, mas controversa, campanha para o Congresso americano.

A defesa de Trump sobre a concessão do perdão veio através de sua própria rede social. O presidente declarou: “George Santos era meio que um ‘fora da lei’, mas há muitos foras da lei em nosso país que não são obrigados a cumprir sete anos de prisão”. Em suas palavras, Trump ainda detalhou: “George passou longos períodos em confinamento solitário e, segundo todos os relatos, foi terrivelmente maltratado. Portanto, acabo de assinar uma comutação de pena, libertando George Santos da prisão IMEDIATAMENTE. Boa sorte, George, e tenha uma ótima vida!”. Essas justificativas levantaram discussões sobre a seletividade e a motivação do ato presidencial.

Ascensão e Queda de uma Carreira Política

Eleito para representar Nova York, George Santos permaneceu no cargo de deputado republicano por pouco mais de um ano antes de ser formalmente expulso da Câmara em 2023. Antes de iniciar sua pena de prisão, um acordo judicial determinou que Santos deveria pagar aproximadamente US$ 580 mil em multas, além de cumprir a reclusão. Segundo reportagens da imprensa americana, em abril, a Justiça dos EUA havia estabelecido que George Santos deveria se apresentar até o dia 25 de julho para o início do cumprimento da sentença.

Em uma carta encaminhada ao tribunal, antes de sua condenação final, George Santos expressou profundo arrependimento pelos crimes cometidos. No documento, ele classificou a pena pedida pelos promotores como “severa demais”, em um esforço de atenuar o veredicto. Ele foi eleito em 2022, quando conseguiu, para o Partido Republicano, a vitória em um distrito de significativa riqueza que engloba partes do Queens e de Long Island. Essa área era tradicionalmente considerada um reduto democrata, o que tornava sua vitória ainda mais notável.

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Imagem: g1.globo.com

Logo após sua eleição, vieram à tona revelações perturbadoras: o então desconhecido político havia fabricado grande parte de sua trajetória. Ele se apresentava como um empresário de sucesso com experiência em prestigiadas firmas de Wall Street e detentor de um valioso portfólio imobiliário. Contudo, a realidade indicava que Santos enfrentava consideráveis dificuldades financeiras, incluindo processos de despejo em seu histórico. As diversas e graves discrepâncias levaram à abertura de investigações criminais e parlamentares, focando principalmente em como ele conseguiu financiar sua campanha.

À medida que a data de sua sentença se aproximava, George Santos demonstrou uma postura de reflexão em suas plataformas de redes sociais. Nelas, ele aproveitou para agradecer tanto aos seus apoiadores quanto aos seus críticos. Naquela ocasião, o político compartilhou uma mensagem com os seguintes termos: “Aprendi que, não importa se somos de esquerda, direita ou centro, somos todos humanos e, na maioria das vezes, americanos (rsrs), e temos um superpoder que valorizo muito: a compaixão”.

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O perdão presidencial a George Santos reafirma o poder executivo nos EUA e lança luz sobre o debate acerca da ética e integridade na política. Para aprofundar a compreensão sobre as complexas dinâmicas da justiça americana e os aspectos que envolvem decisões políticas de alto impacto, leia mais em nossa editoria de Política.

Crédito da Imagem: Julia Demaree Nikhinson/AP Photo