PCC Planeja Assassinar Promotor e Coordenador em SP

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Uma vasta operação conduzida pelo Ministério Público (MP) e pela Polícia Civil de São Paulo revelou um complexo e perigoso plano do PCC para assassinar autoridades em SP. Os alvos seriam um promotor de justiça atuante e o coordenador de um sistema carcerário, que abrange 45 unidades prisionais no interior paulista. As ações coordenadas resultaram no cumprimento de dezenas de mandados e em prisões, desmantelando a sofisticada rede de monitoramento mantida pela facção.

A força-tarefa da polícia realizou um total de 25 mandados de busca e apreensão. A operação foi desencadeada simultaneamente em sete municípios do interior do estado de São Paulo, evidenciando a amplitude do alcance do PCC. Além disso, as autoridades efetuaram duas prisões em flagrante por tráfico de drogas durante a incursão. O principal objetivo era coletar dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, utilizados pelos membros da facção para organizar os ataques contra os funcionários públicos.

PCC Planeja Assassinar Promotor e Coordenador em SP

A investigação, que teve início no mês de julho, ganhou corpo após a detenção de Victor Hugo da Silva, um indivíduo com histórico de tráfico de drogas. O conteúdo de seu aparelho celular foi crucial, revelando provas de que o coordenador de 45 presídios na região oeste paulista, Roberto Medina, era minuciosamente seguido pela organização criminosa. A complexidade do esquema incluía registros fotográficos e vídeos da rotina de Medina, o que permitiu à polícia traçar o modus operandi dos criminosos.

Mensagens interceptadas, atribuídas aos envolvidos, continham informações detalhadas sobre os movimentos diários da vítima. Em uma das comunicações, um criminoso reportava sobre o carro de Medina: “O carro saiu, subiu sentindo centro, devagarzinho”. A vigilância estendeu-se à gravação em vídeo do percurso feito pelo coordenador, desde a unidade prisional onde ele trabalhava até a porta de sua residência. Para mapear o itinerário, a facção utilizava-se de mapas e sistemas de GPS, que indicavam com precisão as ruas habitualmente percorridas pelo veículo de Medina, demonstrando um planejamento minucioso para o atentado.

Em agosto de 2025, os investigadores conseguiram prender outro membro do PCC, identificado como Wellison Rodrigo Bispo de Almeida. Conforme apurações policiais, Almeida estava residindo em uma propriedade rural na cidade de Presidente Bernardes, nas proximidades do local de atuação de Medina. Sua incumbência principal era dar continuidade à observação de Roberto Medina, estendendo o monitoramento até mesmo a seus familiares. O coordenador Roberto Medina, assim como outras figuras públicas, integra uma relação de personalidades ameaçadas de morte pela facção criminosa há mais de uma década.

Monitoramento Clandestino de Promotor de Justiça

O alcance das ameaças do PCC não se restringiu apenas ao coordenador de presídios. Em setembro de 2025, após mais uma prisão relacionada a traficantes de drogas, desta vez de Sérgio Garcia da Silva, a polícia encontrou evidências de que o promotor de Justiça Lincoln Gakyia também era um alvo potencial. Gakyia, renomado por sua dedicação ao combate ao crime organizado há mais de duas décadas, sempre figurou na lista de pessoas juradas de morte pela facção. Os detalhes foram encontrados no aparelho celular de Sérgio Garcia da Silva.

As mensagens no celular de Silva indicavam que integrantes da organização haviam alugado um imóvel a menos de um quilômetro da residência do promotor Gakyia, na cidade de Presidente Prudente. Esta casa era utilizada por múltiplos indivíduos e também funcionava como um ponto de comércio de entorpecentes, sugerindo uma base de operações para os planos. O próprio promotor Lincoln Gakyia relatou ter notado atividades suspeitas:

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Imagem: g1.globo.com

“Eu tive sobrevoo de drones há três semanas na minha residência e há indicativos que foi dessa casa que eles alugaram. Nesse levantamento de rotina, no meu caso, havia um print de tela com o mapa do trajeto que eu faço diariamente do meu condomínio para o trabalho e também do condomínio para a academia, quer dizer, na minha rotina”, afirmou Lincoln Gakyia, promotor de Justiça de São Paulo. Tais declarações corroboram as descobertas da polícia sobre a precisão do monitoramento realizado pela facção.

Diante das novas informações, o delegado responsável pelo caso em Presidente Prudente, Ramon Euclides Guarnieri, destacou que as investigações prosseguirão para determinar se há outras autoridades na mira da facção criminosa. “O que nós temos até agora produzido que não há dúvidas são essas duas autoridades. Agora, nós vamos continuar avançando, porque essas missões são pagas de maneira compartimentada pela facção. Então, nada impede de termos outras autoridades. Por isso demandou essa atuação mais célebre de nossa parte”, declarou o delegado Ramon Guarnieri.

A constante atuação do PCC, organização criminosa de forte impacto no Brasil, revela a periculosidade de suas estratégias, demandando uma resposta igualmente robusta das forças de segurança. A ameaça persistente a figuras-chave do sistema judicial e prisional sublinha a necessidade de vigilância contínua e ações proativas. Mais detalhes sobre o histórico e operações desta facção podem ser encontrados em documentações especializadas sobre o PCC.

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O aprofundamento das investigações sobre o plano do PCC para assassinar o promotor e o coordenador de presídios em SP demonstra a gravidade das ameaças enfrentadas por quem combate o crime organizado. As descobertas enfatizam a vigilância contínua necessária para proteger os profissionais que atuam na segurança e justiça. Continue acompanhando nossas análises sobre a segurança pública e os desafios do combate ao crime acessando nossa editoria de Política para se manter sempre bem-informado.

Crédito da imagem: Reprodução/TV Globo

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