PCC: Operação mira postos de combustíveis no litoral de SP

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A Operação Octanagem mira postos de combustíveis na Baixada Santista e em outras localidades do estado de São Paulo, intensificando a repressão contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis. Deflagrada nesta terça-feira, 21 de maio, a ação da Polícia Civil tem como principal objetivo cumprir mandados de busca e apreensão em estabelecimentos que, segundo as investigações, possuem laços com o empresário Mohamad Hussein Mourad, apontado como o líder de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro para a facção criminosa.

As investigações recentes revelaram a profunda infiltração do PCC na cadeia de produção e distribuição de combustíveis por todo o Brasil. Esta nova fase, conhecida como Operação Octanagem, dá prosseguimento aos esforços iniciados pela Operação Carbono Oculto, que em agosto anterior já havia exposto a magnitude da rede criminosa. Com seis mandados de busca e apreensão expedidos para serem cumpridos na data, a ação se concentrou em cinco postos de combustíveis no litoral paulista – sendo três em Praia Grande e dois em Santos – e um sexto alvo localizado na cidade de Araraquara, no interior do estado.

PCC: Operação mira postos de combustíveis no litoral de SP

As autoridades policiais indicam que os estabelecimentos alvos da Operação Octanagem estavam sob a gestão de Himad Mourad, primo de Mohamad Hussein Mourad. Himad é tido como um dos “laranjas” centrais dentro da intrincada teia de sonegação fiscal, adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro. O propósito dessa mais recente investida é desmantelar a parte varejista da organização criminosa, que, conforme observação policial, persistia em atividade mesmo após as significativas desarticulações promovidas pela operação anterior. Para garantir a efetividade e a legalidade da operação, a Polícia Civil conta com o apoio e o acompanhamento de diversos órgãos fiscalizadores, incluindo fiscais da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

A Operação Carbono Oculto, deflagrada em agosto passado, representou um marco histórico no combate ao crime organizado no Brasil, sendo considerada a maior do país contra esse tipo de esquema. Naquela ocasião, cerca de 1.400 agentes de segurança foram mobilizados para executar uma vasta gama de mandados, que incluíam busca, apreensão e prisão. O foco era desmantelar um esquema criminoso que movimentava bilhões no setor de combustíveis, diretamente ligado aos principais líderes e integrantes do Primeiro Comando da Capital.

Os alvos da Carbono Oculto englobavam mais de 350 indivíduos e empresas suspeitos de colaborar ativamente com o PCC, auxiliando na ocultação e movimentação do dinheiro obtido por meio de suas atividades ilícitas – uma prática criminosa bem conhecida como lavagem de dinheiro. O impacto financeiro desse esquema foi colossal: segundo estimativas da Secretaria da Fazenda de São Paulo, o grupo foi responsável pela sonegação de mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais, valores que deveriam ter sido destinados aos cofres públicos.

Uma análise minuciosa conduzida pelo G1, parceiro de imprensa que acompanha de perto o combate ao crime organizado no país, revelou que quinze dos indivíduos investigados pela Operação Carbono Oculto, com suspeita de envolvimento direto nos esquemas de lavagem de dinheiro, são sócios de um mínimo de 251 postos de combustíveis. Esses estabelecimentos se distribuem por quatro diferentes estados da federação. Especificamente na Baixada Santista, que hoje é novamente alvo da Operação Octanagem, foram identificados 33 postos situados em seis municípios distintos com vínculos a esse bilionário esquema criminoso.

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Imagem: g1.globo.com

As autoridades seguem monitorando a atuação de organizações criminosas como o PCC e sua tentativa de expansão em setores econômicos legítimos, como o mercado de combustíveis. A repetição e a continuação das operações policiais são cruciais para impedir a reestruturação e o fortalecimento dessas facções que exploram falhas de fiscalização para perpetrar seus crimes, desde a adulteração de produtos até a sonegação massiva de impostos, afetando diretamente a economia e a segurança pública do Brasil. Mais informações sobre os resultados das investigações e a repressão ao crime organizado podem ser encontradas em portais de notícias confiáveis, como o G1, que frequentemente cobre essas pautas.

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Em suma, a Operação Octanagem reitera o compromisso das forças de segurança em desarticular a lavagem de dinheiro do PCC no setor de combustíveis, focando no varejo e nos principais suspeitos. Esta ação é um desdobramento da bem-sucedida Carbono Oculto, buscando neutralizar um esquema criminoso de bilhões de reais que impacta profundamente a economia e a sociedade. Para ficar atualizado sobre as últimas notícias de segurança pública e combate ao crime no estado, explore mais conteúdos em nossa seção de Política.

Foto: g1

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