Paraná confirma terceira morte por intoxicação metanol em bebidas

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A situação de alerta sobre a contaminação de bebidas alcoólicas foi intensificada no estado do Paraná com a recente confirmação de novas vítimas fatais. As **mortes por metanol no Paraná** atingiram a marca de três, conforme anunciado nesta quarta-feira, dia 22 de novembro. Os mais recentes óbitos incluem uma mulher de 41 anos, residente em Curitiba, e um homem de 43 anos, do município de Almirante Tamandaré, localizado na região metropolitana da capital paranaense.

A mulher, internada desde o dia 11 de novembro, estava em condição grave após ter ingerido uma substância alcoólica comprometida. De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), a paciente possuía um histórico de doenças crônicas e outras comorbidades. Já o homem deu entrada em uma unidade hospitalar de Curitiba na segunda-feira, dia 20 de novembro, apresentando claros sintomas de intoxicação. O diagnóstico foi laboratorialmente confirmado na terça-feira, 21 de novembro, e seu falecimento ocorreu no dia subsequente.

Paraná confirma terceira morte por intoxicação metanol em bebidas

Com estes lamentáveis registros no Paraná, o país contabiliza agora um total de 14 óbitos relacionados à ingestão de bebidas adulteradas com metanol. São oito mortes confirmadas no estado de São Paulo, três no Paraná e outras três em Pernambuco, compondo um cenário de grande preocupação para as autoridades de saúde em âmbito nacional. Este dado consolida o estado do Paraná como um dos focos da crise sanitária que se estendeu pelo Brasil a partir de outubro.

O primeiro caso de falecimento no Paraná ocorreu em Foz do Iguaçu, na porção oeste do estado, onde um homem de 55 anos foi a vítima. Desde então, a importância de uma atenção redobrada aos riscos de bebidas adulteradas tem sido exaustivamente enfatizada pelos órgãos competentes. O metanol, conhecido por ser uma substância extremamente tóxica, caracteriza-se por sua ausência de cor e odor, o que impossibilita sua identificação por meio do sabor ou cheiro, tornando-o um perigo oculto. A ingestão de, mesmo que em pequenas doses, pode desencadear consequências graves, incluindo a cegueira e o óbito.

Em relação ao balanço total de notificações, a secretaria informou que o Paraná já acumula 25 notificações de suspeitas de intoxicação por metanol. Deste número, seis casos foram efetivamente confirmados: quatro em Curitiba, um em Almirante Tamandaré e outro em Foz do Iguaçu. Outros quatro casos seguem sob minuciosa investigação, enquanto 15 suspeitas já foram oficialmente descartadas pelas equipes de saúde.

A preocupação se mantém elevada, com o registro de dois novos casos suspeitos nesta quarta-feira, dia 22 de novembro. Um homem de 55 anos encontra-se internado em Curitiba, e outro de 54 anos está hospitalizado em São Miguel do Iguaçu, na região oeste. Ambos permanecem sob cuidados médicos intensivos, aguardando resultados que confirmem ou descartem a intoxicação por metanol.

Entretanto, há uma nota de alívio no cenário: o primeiro paciente a ter o diagnóstico confirmado no estado, um homem de 60 anos internado desde o dia 1º de outubro, recebeu alta hospitalar nesta mesma quarta-feira. Com essa liberação, o Paraná não possui mais nenhum indivíduo internado com diagnóstico comprovado de intoxicação por metanol.

Os sintomas associados à intoxicação por metanol tipicamente surgem entre 6 e 72 horas após a ingestão da substância e, frequentemente, podem ser confundidos com os sinais de uma ressaca comum. Dentre eles, destacam-se dor abdominal, visão turva, estados de confusão mental e náuseas. Em quadros mais severos, o metanol pode afetar o sistema nervoso central, resultando em dificuldades respiratórias, convulsões, cegueira permanente e, em última instância, o coma. Para mais informações sobre a segurança de produtos, o Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), frequentemente emite alertas importantes, como os orientações sobre os riscos de consumo de álcool com metanol.

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Imagem: www1.folha.uol.com.br

As autoridades sanitárias reforçam veementemente a orientação para que qualquer pessoa que manifeste sintomas suspeitos procure atendimento médico de forma imediata. É fundamental que todos os casos sejam notificados aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATs) de cada estado, pois estes oferecem suporte técnico e especializado tanto para os profissionais de saúde quanto para a população em geral, crucial para o manejo e prevenção de novos casos de intoxicação metanol.

Para barrar a ocorrência de novas contaminações, o governo enfatiza que a compra de bebidas alcoólicas deve ser feita exclusivamente em estabelecimentos confiáveis e devidamente legalizados. Sinais como rótulos com a impressão borrada, lacres violados ou preços excessivamente baixos em comparação com o mercado são fortes indícios de alerta e devem ser rigorosamente evitados. Para produtos destilados, é indispensável a checagem do selo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que funciona como uma garantia de que o produto passou por inspeção do Ministério da Agricultura.

Além das orientações ao consumidor, a secretaria estadual de saúde faz um apelo especial a bares e restaurantes: exijam a nota fiscal dos seus fornecedores para cada lote de bebidas adquiridas, como forma de assegurar a origem legítima e a procedência dos itens comercializados.

O metanol possui ampla utilização na indústria como solvente e combustível, mas sua presença em produtos destinados ao consumo humano é proibida e altamente perigosa. Uma vez ingerido, o organismo humano processa o metanol, convertendo-o em ácido fórmico. Esta substância é corrosiva e provoca danos severos a órgãos vitais como o fígado, os rins e, em especial, o nervo óptico, podendo causar irreversível cegueira e falência de múltiplos sistemas orgânicos.

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Em suma, as mortes e os casos de intoxicação por metanol no Paraná evidenciam a necessidade de vigilância constante por parte de consumidores e comerciantes. Mantenha-se informado sobre a procedência de suas bebidas e não hesite em procurar ajuda médica ou as autoridades competentes em caso de qualquer suspeita para garantir a sua saúde e a segurança de todos. Para mais notícias e análises sobre questões de saúde pública em diversas regiões, explore nossa editoria de Cidades e mantenha-se atualizado com informações relevantes.

Crédito da imagem: Divulgação/Governo de SP

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