O **paciente que não havia recebido o rim devido a um transplante equivocado** em outra pessoa na capital potiguar, Natal, teve uma importante virada em sua condição de saúde. Ele recebeu um novo órgão em uma cirurgia realizada na quinta-feira, 25 de janeiro, no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). A unidade hospitalar assegurou que o procedimento transcorreu sem intercorrências, e o paciente mantém um quadro clínico estável, permanecendo em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), conforme o protocolo pós-operatório padrão para este tipo de intervenção complexa.
O caso repercutiu nacionalmente, chamando a atenção para a segurança dos processos em unidades de saúde. Após o ocorrido, o paciente foi re-priorizado na fila nacional de transplantes, aguardando um novo órgão que fosse compatível com suas necessidades específicas.
Paciente ganha novo rim após transplante equivocado em Natal
Adicionalmente, o Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) também informou sobre a condição do outro paciente envolvido no incidente. O indivíduo que havia recebido erroneamente o transplante anterior permaneceu sob acompanhamento médico no próprio HUOL e recebeu alta nesta sexta-feira, 26 de janeiro. Ele foi igualmente recadastrado com prioridade na lista de espera por um novo órgão, com o objetivo de garantir a continuidade de sua assistência e tratamento. Esse recadastramento enfatiza o compromisso de garantir o acesso igualitário e prioritário para ambos os afetados.
Na mesma quinta-feira, 25 de janeiro, o Ministério da Saúde já havia anunciado a reintegração dos dois pacientes — tanto o que recebeu o órgão errado quanto o que ficou sem o transplante planejado — na lista nacional de transplantes, ambos com status de prioridade máxima. Esta medida visa a mitigar as consequências do erro e assegurar que ambos tivessem novas chances em tempo hábil para seus respectivos quadros clínicos. A transparência na comunicação dos eventos e nas ações corretivas se tornou um ponto crucial no gerenciamento da crise.
Os detalhes do erro em transplante de rim no HUOL
O lamentável equívoco ocorreu nas dependências do Hospital Universitário Onofre Lopes, localizado em Natal, Rio Grande do Norte. A causa principal apontada foi uma confusão entre os nomes de dois pacientes, que eram bastante parecidos. Devido a essa troca, um dos pacientes recebeu um rim que não era compatível com seu tipo sanguíneo, levando a uma grave reação orgânica.
Essa incompatibilidade sanguínea é uma das principais condições que podem levar à rejeição aguda de um órgão transplantado, demandando atenção médica imediata e especializada. Como resultado da reação adversa, o paciente que recebeu o rim errado precisou ser internado na UTI para estabilização e monitoramento contínuo. Ele foi liberado da UTI em 22 de janeiro, mas, lamentavelmente, o órgão transplantado de forma inadequada foi perdido, reforçando a seriedade do incidente. A perda de um órgão para transplante, em um contexto de filas de espera já extensas, é um desdobramento que realça a necessidade de protocolos rigorosos.
O Ministério da Saúde, além de priorizar os pacientes na fila de transplantes, determinou que o indivíduo que recebeu o órgão por engano terá direito à assistência integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Esta assistência abrangerá acompanhamento clínico, suporte psicológico e fornecimento de medicamentos necessários para sua recuperação e tratamento contínuo. O governo federal confirmou que o erro crítico ocorreu internamente no hospital, especificamente durante o processo de convocação do paciente para o procedimento. A confirmação interna aponta para uma falha procedimental na gestão da identidade dos pacientes. Para saber mais sobre a importância dos protocolos de segurança em transplantes de órgãos, você pode consultar o portal oficial do Ministério da Saúde.
Investigações e o papel da Central de Transplantes do RN
O HUOL é uma instituição pública, que mantém vínculo com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Diante do grave incidente, a unidade de saúde prontamente anunciou a abertura de um procedimento interno de apuração. O objetivo é investigar minuciosamente as circunstâncias que levaram ao erro e identificar as responsabilidades, bem como implementar medidas para evitar que episódios semelhantes ocorram no futuro.
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por sua vez, informou que, até o momento, o hospital não realizou nenhum contato oficial com a delegacia e, consequentemente, não há registro de ocorrência sobre o caso nas esferas policiais. Essa ausência de registro formal de queixa levantou questões sobre a condução da investigação a nível criminal, caso haja suspeita de falhas graves que justifiquem uma intervenção da polícia.
Rogéria Medeiros, coordenadora da Central de Transplantes do Rio Grande do Norte, trouxe esclarecimentos cruciais sobre a responsabilidade de sua instituição no processo. Ela enfatizou que a Central é responsável por repassar o nome correto do paciente compatível ao hospital. No entanto, ela deixou claro que a Central não realiza a inscrição de pacientes na fila nem a convocação para os transplantes. “A Central apenas gerencia a fila. Quando há um órgão disponível para doação, a Central avalia qual o paciente mais compatível da fila e comunica o hospital. É o hospital que entra em contato com o paciente para dar prosseguimento ao procedimento”, detalhou Medeiros, delimitando claramente as competências e responsabilidades de cada órgão envolvido no fluxo do transplante.
Em comunicado oficial, o HUOL manifestou novamente sua solidariedade à família afetada pelo ocorrido. A instituição reiterou seu “compromisso com a transparência, a qualidade da assistência e a segurança dos pacientes”, valores que, segundo o hospital, “norteiam sua trajetória de referência em transplantes de rim e de córnea desde 1998, com mais de 850 procedimentos realizados”. Esta declaração buscou reafirmar a confiança pública na capacidade do hospital, apesar da falha recente.
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O paciente que ficou sem seu **transplante de rim** devido a um equívoco no HUOL, em Natal, finalmente recebeu um novo órgão, trazendo alívio após semanas de incertezas. A cirurgia, que ocorreu na última quinta-feira, demonstra a capacidade de recuperação e a resiliência dos sistemas de saúde, mesmo após falhas graves. Este desdobramento positivo destaca a importância da constante revisão dos protocolos e do suporte integral aos pacientes afetados por erros. Continue acompanhando as atualizações sobre este e outros temas importantes em nossa editoria de Cidades, visitando nosso portal Horadecomecar.com.br/Cidades para mais notícias e análises aprofundadas sobre o que acontece na sua região e no Brasil.
Crédito da imagem: Foto: Tom Guedes/Inter TV Cabugi

Imagem: g1.globo.com
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