O Mundial de Clubes de Vôlei Feminino, sediado em São Paulo, chegou ao seu desfecho para os representantes brasileiros, com a equipe Osasco/São Cristóvão Saúde assegurando a cobiçada medalha de bronze. Em um confronto totalmente nacional, ocorrido neste domingo (14), o time paulista superou o Dentil Praia Clube por 3 sets a 0, em parciais de 25/20, 28/26 e 25/19, no Ginásio do Pacaembu, na capital paulista, na disputa pelo terceiro lugar.
A partida pela medalha de bronze solidificou a posição do Osasco no pódio, reforçando seu histórico em competições internacionais. Com essa conquista, o Osasco/São Cristóvão Saúde repetiu desempenhos notáveis de 1994 e 2011, edições nas quais também havia terminado em terceiro lugar. Além disso, o clube já havia se consagrado campeão mundial em 2012 e conquistado o vice-campeonato em 2010 e 2014, marcando sua trajetória como uma das forças dominantes do vôlei feminino mundial.
Osasco Brilha e Conquista Bronze no Mundial Vôlei Feminino
Em contraste, o Dentil Praia Clube, de Uberlândia (MG), igualou sua performance das últimas três edições, novamente alcançando as semifinais e perdendo a disputa pela medalha de bronze, o que o deixou na quarta colocação do torneio. O cenário no Pacaembu foi palco de uma disputa intensa, especialmente no segundo set, onde o Praia Clube teve a chance de equilibrar o placar, mas a eficiência do bloqueio osasquense prevaleceu, selando o destino do confronto a favor do time paulista. Este foi um ponto crucial na campanha do Osasco no Mundial de Clubes de Vôlei Feminino.
Domínio Paulista e Destaques Individuais na Batalha pelo Bronze
Desde o primeiro set, o Osasco demonstrou superioridade, controlando as ações e fechando a parcial em 25/20. O segundo set, entretanto, foi marcado por momentos de grande tensão. Embora o Praia Clube tenha esboçado uma reação, chegando a uma vantagem que poderia ter resultado no empate da partida, a força defensiva do Osasco se manifestou de forma decisiva. Com 12 pontos de bloqueio ao longo do jogo, contra apenas dois do adversário, o time de São Paulo reverteu a situação, garantindo uma vitória apertada por 28/26.
No terceiro e decisivo set, a equipe osasquense manteve o ritmo intenso e o domínio inicial, não dando chances para o Praia Clube. A vitória foi sacramentada em um ataque potente da ponteira Maiara Basso, selando o placar em 25/19 e confirmando a medalha de bronze para a alegria da torcida paulista. Individualmente, a oposta argentina Bianca Cugno foi a grande estrela da partida, acumulando 21 pontos e se tornando a maior pontuadora do confronto, destacando-se significativamente pela equipe osasquense. Pelo lado do Praia Clube, a ponteira norte-americana Payton Caffrey foi o principal destaque, com 18 pontos marcados. Após o apito final, o técnico Luizomar de Moura, considerado um ídolo histórico do time de Osasco, celebrou efusivamente com a torcida, compartilhando a alegria da importante conquista no Mundial.
A Grande Final Italiana e Destaques Internacionais
Enquanto a disputa pelo bronze animava a torcida brasileira, a grande final do Mundial de Clubes de Vôlei Feminino era aguardada com expectativa, com um duelo 100% italiano entre Conegliano, que conta com a ponteira Gabi Guimarães (capitã da seleção brasileira), e o Scandicci. Este confronto estava marcado para as 16h30 (horário de Brasília) no Ginásio do Pacaembu e remetia à final da última Liga dos Campeões da Europa, cenário familiar para ambas as equipes. O Conegliano, com três títulos mundiais na bagagem, buscava o tetracampeonato, enquanto o Scandicci perseguia seu primeiro troféu mundial, prometendo uma partida eletrizante e de alto nível técnico, essencial para o cenário global do vôlei.
Mundial de Clubes Masculino: Brasil Sede e Representantes
Em paralelo ao sucesso do Mundial de Clubes de Vôlei Feminino, o Brasil se prepara para ser novamente palco do Campeonato Mundial de Clubes masculino. Pela quarta vez nos últimos cinco anos, a competição terá lugar no país, sendo sediada em Belém a partir desta terça-feira (16). As edições anteriores ocorreram em Betim (MG) em 2021 e 2022, e Uberlândia sediou o evento na temporada passada, demonstrando a crescente relevância do Brasil no calendário internacional de vôlei. A Federação Internacional de Voleibol (FIVB) acompanha de perto o desenvolvimento dessas competições no cenário global do esporte.
Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
Dentre os oito participantes do torneio masculino, o Brasil terá três representantes de peso: o Sada Cruzeiro, o Vôlei Renata e o Praia Clube. O Sada Cruzeiro, atual campeão e detentor de cinco títulos mundiais, está no Grupo B, ao lado do Perugia (Itália), Osaka Bluteon (Japão) e Swehly (Líbia). A estreia da “Raposa” será contra o time japonês na terça-feira, às 10h, marcando o início da competição com grandes expectativas. É um momento de orgulho para o esporte nacional, reforçando a posição do Brasil não só no Mundial de Clubes de Vôlei Feminino, mas também no masculino.
Os outros times brasileiros ocupam o Grupo A. O Praia Clube, que ficou em terceiro lugar na última Superliga, enfrentará o Al-Rayyan (Catar) na terça-feira, às 17h. Fechando o dia de estreia, o Vôlei Renata, vice-campeão nacional para o Cruzeiro, medirá forças com o Warta Zawiercie (Polônia) às 20h30. A história do Mundial masculino registra apenas um campeão brasileiro: o Sada Cruzeiro, que levantou o troféu em 2013, 2015, 2016, 2021 e 2024. Curiosamente, o Vôlei Renata, que se estabeleceu em Campinas (SP) em 2010, é uma continuidade do projeto do tradicional Banespa, equipe que foi vice-campeã mundial em Milão (Itália) em 1990 e novamente em São Paulo no ano seguinte, demonstrando a rica tradição do vôlei brasileiro.
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Crédito da Imagem: FIVB/Divulgação
