Uma **operação policial Morro dos Macacos** foi deflagrada pela Polícia Civil na manhã de sexta-feira, dia 26, no Complexo da Maré, situado na Zona Norte do Rio de Janeiro. A ação teve como objetivo principal desarticular a movimentação de traficantes pertencentes ao Terceiro Comando Puro (TCP) que, segundo informações de inteligência, planejavam invadir e retomar o Morro dos Macacos, localizado em Vila Isabel. Durante a incursão das forças de segurança, Edmilson Marques de Oliveira, conhecido pelo apelido “Cria”, apontado como um dos líderes da organização criminosa, foi morto em confronto com os agentes policiais.
A inteligência da Polícia Civil monitorava a região há aproximadamente dois meses, identificando sinais de atividade atípica e coordenação entre diversos indivíduos no Complexo da Maré. A análise indicava que os criminosos estavam se preparando para reaver o controle do Morro dos Macacos, que esteve sob o domínio do TCP por anos e foi recentemente ocupado por integrantes do Comando Vermelho (CV). Esse histórico de domínio e a recente mudança de poder tornaram a área um ponto estratégico e de constante tensão para as autoridades, culminando na intervenção planejada.
Operação Policial Morro dos Macacos Mirou Invasão na Zona Norte
O Secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, enfatizou a natureza preventiva da intervenção. Ele destacou que a operação era emergencial, visando especificamente conter a tentativa de retomada territorial por parte do Terceiro Comando Puro. Ao identificar os sinais de iminente confronto, equipes da Polícia Civil foram rapidamente enviadas para as comunidades da Vila do João e da Vila dos Pinheiros, áreas críticas dentro do Complexo da Maré. Tão logo as forças policiais chegaram, os intensos tiroteios tiveram início, transformando a manhã em um cenário de confronto armado na região.
O traficante Edmilson Marques de Oliveira, o Cria, era uma figura central no esquema de segurança das facções. Ele havia assumido a liderança na comunidade após a morte de Thiago da Silva Folly, o TH, ocorrida no mês de maio. De acordo com Felipe Curi, “Cria” era o principal responsável pelo apoio logístico à tentativa de invasão, sendo descrito pelo secretário como um “narcoterrorista, sanguinário, responsável por diversos homicídios no interior do Complexo da Maré”. Sua atuação e relevância para o plano de ataque ao Morro dos Macacos ressaltam a importância da ação policial para desestruturar a investida do grupo.
Os desdobramentos da operação impactaram significativamente a rotina dos moradores e a infraestrutura urbana local. A Linha Amarela, uma das vias expressas de maior importância do Rio de Janeiro, teve interdições preventivas em múltiplos momentos entre a Linha Vermelha e a Avenida Brasil, causando transtornos no trânsito e na mobilidade. Acuados pela violência, diversos residentes foram obrigados a permanecer em suas residências para garantir a segurança. No âmbito da educação, alunos e funcionários da Escola Municipal Vereadora Marielle Franco, situada na Maré, precisaram buscar refúgio nos corredores da unidade escolar, utilizando-os como abrigo contra os disparos. Até o momento da última atualização da reportagem, não havia registros de outros feridos além do traficante “Cria”.
O setor de saúde também sofreu as consequências do embate. A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma unidade de Atenção Primária que atendia a população local precisou interromper suas atividades, visando proteger tanto os profissionais de saúde quanto os usuários. Outro centro municipal de saúde também suspendeu o funcionamento, e sua reabertura estava sob avaliação. Uma clínica da família conseguiu manter os atendimentos internos, porém todas as atividades externas, como visitas domiciliares realizadas no território, foram imediatamente suspensas para evitar riscos adicionais.

Imagem: g1.globo.com
A complexidade da segurança no Rio de Janeiro é acentuada pela constante disputa territorial entre facções como o Terceiro Comando Puro (TCP), conhecido por sua influência em diversas áreas, e o Comando Vermelho (CV). Essas rivalidades são amplamente documentadas, e o histórico do Terceiro Comando Puro e de outros grupos evidencia o longo e violento histórico desses conflitos. A ação da Polícia Civil neste dia 26, focada em deter um plano de invasão, reflete a urgência e a complexidade que o estado enfrenta na garantia da ordem e da segurança de seus cidadãos.
A operação na Maré exemplifica a contínua e desafiadora luta contra o crime organizado na Zona Norte carioca, onde o monitoramento constante e as ações preventivas são cruciais para evitar escaladas de violência e proteger a vida de inocentes. As autoridades seguem atentas às dinâmicas do crime, buscando assegurar a segurança nas comunidades. Continue lendo para mais informações e desenvolvimentos sobre a segurança pública e os esforços para manter a ordem nas metrópoles brasileiras.
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Crédito da imagem: Arquivo pessoal
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