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Odete Roitman: Críticas do Viúvo de Braga ao Remake ‘Vale Tudo’

As **críticas ao remake de ‘Vale Tudo’** se intensificam com a manifestação de Edgar Moura Brasil, renomado decorador e viúvo de Gilberto Braga, coautor da novela original, que foi exibida pela primeira vez em 1988. Segundo Moura Brasil, a nova versão da trama televisiva demonstrou uma completa falta de respeito pela obra precursora, qualificando a […]

As **críticas ao remake de ‘Vale Tudo’** se intensificam com a manifestação de Edgar Moura Brasil, renomado decorador e viúvo de Gilberto Braga, coautor da novela original, que foi exibida pela primeira vez em 1988. Segundo Moura Brasil, a nova versão da trama televisiva demonstrou uma completa falta de respeito pela obra precursora, qualificando a releitura como “destruída”. A visão expressa publicamente ecoa um sentimento de desapontamento em relação à adaptação da clássica produção, destacando pontos de profunda insatisfação.

Na semana precedente, Edgar Moura Brasil utilizou suas plataformas digitais para vocalizar sua insatisfação com a adaptação desenvolvida pela autora Manuela Dias. Ele argumentou que Dias “não teve lastro nem intimidade intelectual” adequadas para reinterpretar uma obra da magnitude e profundidade intelectual de Gilberto Braga, apontando para uma percepção de distanciamento entre a visão original e a execução contemporânea.

Odete Roitman: Críticas do Viúvo de Braga ao Remake ‘Vale Tudo’

Apesar de acompanhar apenas esporadicamente alguns episódios do remake na televisão, Edgar Moura Brasil confessou à coluna Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que aprofunda sua percepção da trama através de recortes divulgados na internet e nas redes sociais. Uma das principais frustrações que ele reitera é a aparente diluição da premissa central de “Vale Tudo”. A indagação sobre “vale a pena ser honesto no Brasil”, questão filosófica e social que permeou a novela de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, teria sido negligenciada na releitura, o que ele considera um empobrecimento significativo da obra.

Edgar Moura Brasil também ponderou sobre qual seria a reação de Gilberto Braga ao ver a adaptação de sua novela. Em sua perspectiva, Braga, que faleceu em 2021, “não teria gostado nada do remake”, pois era um artista que possuía “profundo conhecimento do ser humano, um homem culto e de bom gosto”. O decorador acredita que o autor jamais conceberia “personagens tão tacanhos e incoerentes” como os apresentados na versão atual da trama, uma crítica direta à profundidade e consistência psicológica dos papéis.

O ponto mais contundente das críticas de Moura Brasil recai sobre a alteração na personagem de Odete Roitman. Considerada originalmente “uma personagem tão rica” pela composição de Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, ela teria sido descaracterizada de forma radical na nova versão. Na análise do viúvo, Odete transformou-se em uma figura “louca, inconsequente, atirando e tentando envenenar as pessoas”, ganhando contornos que ele descreveu como de “praticamente uma serial killer ninfomaníaca”. Tal mudança, na visão de Moura Brasil, anula a complexidade e a camada humana intrínseca à vilã original, que era perversa, mas mantinha uma coerência interna e se preocupava com a família, à sua maneira.

Gilberto Braga e Edgar Moura Brasil compartilharam 48 anos de vida em conjunto. No início do ano em curso, o decorador formalizou uma nova união, casando-se com o advogado Cristhian Vieira. Conforme as informações apuradas, Edgar Moura Brasil também está envolvido em um litígio judicial contra a TV Globo. Ele reivindica o pagamento de R$ 290 mil, valor referente ao último salário de seu falecido companheiro na emissora. O decorador, contudo, já sofreu uma derrota em recurso de segunda instância contra a empresa. Questionado sobre os detalhes do processo, Edgar optou por não se pronunciar, demonstrando preferência por não abordar publicamente o tema da ação judicial.

As ponderações de Edgar Moura Brasil aprofundam a discussão sobre a fidelidade das adaptações e a capacidade de resguardar a essência de obras culturais icônicas. Para o decorador, a adaptadora do remake se valeu da justificativa de que buscou “humanizar a personagem”, porém, Moura Brasil contesta vigorosamente essa argumentação. Em sua visão, a autora não demonstra possuir “nenhuma ideia do que seja uma humanização”, e as mudanças operadas em Odete Roitman não a tornaram mais humana, mas sim menos coerente e inteligente. A Odete criada na novela de 1988 era, apesar de sua maldade, profundamente humana, expressando preocupação com seus filhos e o núcleo familiar. Ele ressaltou que jamais a vilã original permitiria que um filho falecesse para ocultar um crime pretérito, nem tampouco relegaria um filho com deficiência a uma condição precária, residindo “em uma choupana no meio do mato”, tendo recursos suficientes para assegurar tratamento digno em localções milionárias como a Suíça.

Odete Roitman: Críticas do Viúvo de Braga ao Remake ‘Vale Tudo’ - Imagem do artigo original

Imagem: redir.folha.com.br

A crítica central reside na crença de que “humanizar uma personagem não é emburrecê-la”, enfatizando a descaracterização intelectual da personagem. A visão de Moura Brasil é que a obra de 1988 não só não foi respeitada na sua essência, mas também foi “destruída”. A original era “uma novela fantástica”, repleta de diálogos primorosos e personagens meticulosamente elaborados, dotados de humanidade e longe de qualquer maniqueísmo. O final icônico, com Maria de Fátima casando-se com um príncipe (o amante rico de César), ilustrava de maneira contundente a imoralidade da sociedade da época e a falha tentativa de redenção da personagem. Elementos como o apaixonado envolvimento entre Raquel e Ivan, a cura de Heleninha e o gesto de Marco Aurélio jogando uma banana para o Brasil na cena final serviram como síntese perfeita da crença na impunidade, um tema que, para Edgar Moura Brasil, ainda ressoa fortemente no país. Para um aprofundamento sobre o impacto das novelas na cultura, a história da telenovela no Brasil oferece uma vasta perspectiva.

Questionado sobre a existência de algum aspecto positivo no remake ou algo que pudesse ter sido preservado da obra original, o decorador foi categórico em sua resposta: ele não conseguiu identificar “nada de positivo”. Pelo contrário, a nova versão serve apenas para “provar que o nível das novelas atuais é infinitamente inferior às que foram produzidas nas décadas passadas”. Para Edgar, essa não é uma manifestação de nostalgia, mas sim uma “constatação” evidente da decadência qualitativa da produção televisiva brasileira no gênero. A Manuela Dias, especificamente, em sua opinião, não conseguiu entregar a obra no mesmo patamar de Gilberto Braga. Moura Brasil apontou a falta de “talento, humildade perante à obra, elegância nos diálogos, refinamento na psicologia dos personagens e, principalmente, falta de conhecimento dos grandes clássicos da literatura, do cinema e também das novelas”, como lacunas significativas na condução da adaptação.

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As observações de Edgar Moura Brasil trazem à tona um debate crucial sobre as adaptações de clássicos da televisão e o respeito à obra original. As duras críticas, especialmente quanto à caracterização de Odete Roitman e à perda da premissa moral de “Vale Tudo”, convidam a uma reflexão mais profunda sobre os padrões de qualidade e a autenticidade nas produções contemporâneas. Para se manter atualizado sobre discussões pertinentes ao cenário artístico e cultural, explore outras análises em nossa editoria de Celebridade.

Crédito da Imagem: Instagram/Globo

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