Nova Ciclopassarela Unirá Estação Berrini e Jardim Panorama em SP

A iminente construção de uma nova ciclopassarela está prestes a revolucionar o cenário da mobilidade na zona sul de São Paulo. Com o projeto executivo já finalizado, a iniciativa da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) visa ligar a Estação Berrini da CPTM ao Jardim Panorama, utilizando uma via de pouco mais de 500 metros. Esta conexão inovadora transformará drasticamente o trajeto diário para milhares de pedestres e ciclistas, que atualmente enfrentam distâncias de quase dez quilômetros ou mais para cruzar o rio Pinheiros.

A expectativa é que a concorrência para definir a empresa responsável pela construção seja lançada ainda em 2024. A prefeitura, embora não tenha divulgado o valor exato da obra até o momento, afirmou que o orçamento detalhado seria definido nos próximos dias. A obra não apenas encurtará as distâncias, mas também se integrará a uma rede de mobilidade maior, incluindo o prolongamento de ciclovias que farão a ligação direta com a movimentada Avenida Luís Carlos Berrini, potencializando o acesso à região comercial e corporativa.

Nova Ciclopassarela Unirá Estação Berrini e Jardim Panorama em SP

Este novo empreendimento representa um avanço significativo na infraestrutura cicloviária da cidade, seguindo o exemplo de outras conexões inauguradas, como a ciclopassarela Erika Sallum, na área de Pinheiros, já em operação este ano. O impacto da ciclopassarela do Jardim Panorama será multifacetado, conectando não só as duas margens da Marginal Pinheiros, mas também oferecendo acessos estratégicos à ciclovia existente ao longo da marginal e ao Parque Bruno Covas, localizado na margem oposta. Essa integração fortalecerá o uso do transporte ativo e de áreas de lazer, incentivando um estilo de vida mais saudável e sustentável.

Os principais beneficiários desta obra serão, sem dúvida, os residentes do Jardim Panorama. Atualmente, a rotina de deslocamento para a região da Berrini é desgastante. Uma viagem de ônibus pode consumir cerca de 45 minutos. Caminhar pela extensa rota leva aproximadamente 2 horas e 30 minutos, cobrindo mais de 10 quilômetros, enquanto de bicicleta, a distância de 6 quilômetros é percorrida em cerca de 26 minutos. Com a implantação da ciclopassarela, esses tempos serão radicalmente reduzidos: apenas 7 minutos a pé e 4 minutos e meio de bicicleta, representando uma mudança paradigmática na qualidade de vida e acessibilidade da população.

O projeto da nova **ciclopassarela entre Berrini e Jardim Panorama** não esteve isento de desafios técnicos. Pedro Fernandes, representante da SP Urbanismo, destacou que um dos obstáculos cruciais foi garantir que a estrutura mantivesse uma altura adequada, que não interferisse tanto no fluxo de veículos e barcos na parte inferior quanto nas redes de alta tensão presentes na área. Para superar essa complexidade, a passarela foi desenhada com uma altura variável ao longo de sua extensão, uma solução engenhosa que demonstra a atenção aos detalhes e à segurança operacional do projeto.

O aumento das interconexões sobre o Rio Pinheiros é uma demanda crescente e atende aos objetivos da Farah, concessionária responsável pela administração do parque e da ciclovia local. A empresa tem se dedicado a expandir o número de pontos de travessia e já obteve sucesso na parceria com empreendimentos privados, como o Beyond Club e a JHSF, que construíram acessos abertos ao público para o parque e a ciclovia. A meta da concessionária é que, nos próximos meses, mais duas empresas do setor privado se engajem em iniciativas semelhantes para criar novas conexões e fomentar a usabilidade da infraestrutura existente. Esse esforço conjunto sublinha a importância da colaboração público-privada em projetos de desenvolvimento urbano.

Fernandes também mencionou que as **ciclopassarelas**, inspiradas no sucesso do Rio Pinheiros, podem oferecer soluções promissoras para a Marginal Tietê. A ideia envolve a criação de extensas áreas verdes ao longo das margens do rio, um modelo já aplicado com sucesso na região do Pinheiros. No entanto, a materialização de parques e ciclovias às margens do Tietê está diretamente ligada à conclusão de uma obra de infraestrutura vital: o Trecho Norte do Rodoanel.

A finalização do Trecho Norte do Rodoanel, prevista pelo governo estadual para o segundo semestre de 2026, é fundamental. Com ele, caminhões que atualmente não precisam entrar na capital deixarão de utilizar as marginais, aliviando o fluxo intenso e permitindo uma reavaliação do espaço urbano. Além disso, a prefeitura trabalha com planos de reduzir o tráfego local da Marginal Tietê através da extensão da Avenida Marquês de São Vicente até o Tatuapé, criando uma nova via paralela. Esse prolongamento da avenida também é crucial para o eventual desmonte do Elevado João Goulart, conhecido como Minhocão.

Neste contexto de planejamento urbano para a Marginal Tietê, já está nos planos a primeira ciclopassarela destinada a essa região, projetada para unir a Rua Tuiuti, no Tatuapé, a uma seção no Parque Novo Mundo. Para entender melhor os impactos da CPTM e do sistema de trens em São Paulo, vale a pena consultar informações oficiais diretamente na fonte.

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Em suma, a nova **ciclopassarela do Jardim Panorama** representa um passo decisivo na promoção de uma mobilidade mais eficiente e sustentável em São Paulo. O projeto, que otimizará o deslocamento entre a Estação Berrini e o Jardim Panorama, é parte de uma visão mais ampla que busca integrar a cidade com áreas verdes e modos de transporte ativos, olhando também para futuras expansões em outras margens de rios. Continue acompanhando nossa editoria de Cidades para mais notícias e análises sobre o desenvolvimento urbano de São Paulo e outras metrópoles brasileiras.

Crédito da imagem: Divulgação