A Nexa Resources, um player significativo nos segmentos de mineração e metalurgia, com vasta atuação tanto no Brasil quanto no Peru, anunciou um lucro expressivo de US$ 100 milhões referente ao terceiro trimestre de 2025. Este resultado demonstra um avanço notável quando comparado aos trimestres anteriores, marcando uma performance financeira robusta e superior. No mesmo período do ano anterior, ou seja, no terceiro trimestre de 2024, a companhia havia reportado um lucro de US$ 6 milhões. Além disso, o valor de US$ 13 milhões observado no segundo trimestre de 2025 é consideravelmente menor que o resultado atual, evidenciando uma recuperação ou um pico de desempenho no período.
Considerando o critério ajustado, a empresa registrou um lucro de US$ 27 milhões, indicando um crescimento substancial de 22,7% na base anual. Esse incremento trimestral foi atribuído primordialmente à reversão de impairment de ativos de longa duração localizados em Cerro Pasco, no Peru. Contudo, essa contribuição positiva foi parcialmente mitigada pelos efeitos da valorização de 3% do real brasileiro em relação ao dólar norte-americano, impactando os resultados em moeda estrangeira.
Nexa Resources Lucra US$ 100 Milhões no 3º Trimestre de 2025
A reversão de *impairment*, fator-chave para a elevação dos lucros, refere-se à reavaliação contábil de ativos que haviam tido seu valor diminuído em períodos anteriores. Quando um ativo previamente desvalorizado recupera sua capacidade de gerar benefícios econômicos futuros ou tem seu valor de mercado elevado, a empresa pode reverter parte ou a totalidade da perda anteriormente reconhecida. No caso específico de Cerro Pasco, no Peru, esta reversão sinaliza uma perspectiva otimista para a exploração e operação dos ativos minerários da Nexa naquela região, que é uma das principais para a companhia. Este movimento contábil refletiu-se diretamente na melhoria do resultado financeiro global da companhia. Para aprofundar-se no conceito de impairment e seus impactos contábeis, consulte materiais de entidades reguladoras como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No decorrer do trimestre, as receitas totais da Nexa Resources alcançaram a marca de US$ 764 milhões, configurando um crescimento anual de 7,7%. Desmembrando este montante, o faturamento gerado pela atividade de mineração experimentou uma expansão ainda mais significativa, com aumento de 14,4%, totalizando US$ 372 milhões. Por outro lado, a receita proveniente da fundição também apresentou uma alta, subindo 3,2% e atingindo US$ 541 milhões. Este panorama geral reflete um cenário favorável de mercado para os metais e uma produção robusta nas unidades operacionais da empresa.
A performance positiva das receitas de mineração foi impulsionada pela otimização de processos e por um ambiente de preços de commodities mais favorável, reforçando a estratégia da Nexa de maximizar o valor de seus ativos. O desempenho das unidades de fundição, embora com crescimento menor, complementa a geração de receita, diversificando as fontes de entrada da empresa e consolidando sua posição integrada no setor de metais.
Em contraste com o bom desempenho operacional, o resultado financeiro líquido da companhia no terceiro trimestre ficou negativo em US$ 45,5 milhões. Este número representa uma piora quando comparado ao resultado negativo de US$ 41,5 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. Esse indicador abrange despesas com juros de dívidas, ganhos ou perdas com variação cambial e outros itens financeiros, sugerindo que custos relacionados ao financiamento e flutuações de moedas podem ter impactado a linha final, mesmo com a valorização do real em alguns aspectos, conforme já mencionado.
O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado atingiu US$ 186 milhões, um ligeiro aumento em relação aos US$ 183 milhões apurados no terceiro trimestre de 2024. O Ebitda é uma métrica crucial para investidores e analistas, pois oferece uma visão clara da capacidade operacional da empresa de gerar caixa antes da influência de despesas não operacionais ou contábeis, como a depreciação de equipamentos. O ajuste no Ebitda exclui itens não recorrentes, fornecendo uma base mais precisa para a avaliação do desempenho subjacente do negócio. Esse crescimento no Ebitda ajustado reflete uma eficiência aprimorada nas operações de mineração e metalurgia da Nexa.

Imagem: valor.globo.com
Ignacio Rosado, presidente da Nexa Resources, manifestou satisfação com os resultados, afirmando que a companhia “entregou mais um trimestre de forte desempenho financeiro e operacional”. Ele ressaltou que esse avanço foi “impulsionado pelo aumento da produção mineral e pelos preços favoráveis dos metais”, fatores que convergiram para o crescimento da receita líquida, do Ebitda ajustado e do fluxo de caixa livre. Segundo o executivo, esses números “refletem a evolução consistente da nossa capacidade de execução e a alocação disciplinada de capital”.
As declarações do presidente da companhia sublinham a importância da disciplina na gestão e da execução estratégica como pilares para o sucesso. A referência à “geração de caixa livre” é particularmente relevante, pois indica a capacidade da empresa de gerar dinheiro excedente após cobrir todas as despesas operacionais e investimentos, que pode ser utilizado para reduzir dívidas, distribuir dividendos ou financiar novos projetos. Este panorama robusto reforça o “progresso contínuo no fortalecimento da confiabilidade operacional, das margens e da geração de caixa ao longo de 2025”, demonstrando um comprometimento com a sustentabilidade e a rentabilidade a longo prazo.
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Em suma, a Nexa Resources demonstrou um vigor financeiro notável no terceiro trimestre de 2025, impulsionado pela reversão de impairment em Cerro Pasco e pelo bom desempenho das receitas de mineração e fundição. Embora o resultado financeiro líquido tenha exigido atenção, a elevação do lucro ajustado e do Ebitda atestam a eficiência operacional da companhia. Para mais notícias e análises sobre o setor econômico e os resultados de grandes empresas, continue explorando nossa editoria de Economia.
Crédito da imagem: Reprodução/Nexa Resources


 
						 
						