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Namorado Confessa Feminicídio de Universitária em Cariacica

O município de Cariacica, na Grande Vitória, foi palco de um trágico evento no domingo, dia 5 de maio, que resultou na morte da jovem Júlia de Paula Barbosa, de 20 anos. Horas após a descoberta do corpo, seu namorado, Aleff Wingler, de 25 anos, confessou às autoridades ter cometido o feminicídio, conforme divulgado pela […]

O município de Cariacica, na Grande Vitória, foi palco de um trágico evento no domingo, dia 5 de maio, que resultou na morte da jovem Júlia de Paula Barbosa, de 20 anos. Horas após a descoberta do corpo, seu namorado, Aleff Wingler, de 25 anos, confessou às autoridades ter cometido o feminicídio, conforme divulgado pela Polícia Civil do Espírito Santo. O crime, marcado por extrema violência, chocou a comunidade local no bairro Rosa da Penha.

Aleff Wingler admitiu aos policiais que estrangulou Júlia nas escadas da residência dela durante a madrugada de domingo, em um ato que teria sido motivado por uma discussão. Em seu depoimento, o suspeito detalhou ter arrastado e, posteriormente, carregado o corpo da universitária para dentro do quarto dela após o ato fatal.

Namorado Confessa Feminicídio de Universitária em Cariacica

A descoberta do corpo foi feita pela mãe de Júlia, que, preocupada com a ausência da filha no trabalho, dirigiu-se à residência e a encontrou sem vida no próprio quarto. A jovem apresentava um quadro grave de lesões, incluindo pescoço quebrado e machucados visíveis na cabeça e no maxilar. Laudos policiais confirmaram que, além do pescoço fraturado, havia indícios claros de esganadura na vítima.

De acordo com informações fornecidas pela delegada Fernanda Diniz, titular da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), o casal havia passado a noite em uma festa na cidade de Viana, parte da Região Metropolitana de Vitória, onde ambos ingeriram bebidas alcoólicas. Foi após esse evento que uma intensa discussão se iniciou, durante a qual Júlia teria acusado Aleff de traição. Em seu depoimento, o suspeito afirmou ter “perdido a cabeça” depois que a vítima lhe deu um tapa, momento em que a agrediu fatalmente por estrangulamento.

A dinâmica do crime, conforme o relato do acusado, envolveu o estrangulamento da vítima na área da escada, seguido do transporte do corpo. “Depois de cometer o crime, ele arrasta ela pela escada, depois pega ela no colo e leva até o quarto”, explicou a delegada Diniz. Ela também ressaltou a frieza do comportamento de Aleff Wingler durante e após o delito, apesar de ele ter demonstrado abalo emocional e chorado durante o interrogatório. “Apesar de, no interrogatório, ele chorar e se demonstrar abalado, mostrou frieza na conduta com o comportamento de ter matado após o ato sexual e levado o corpo para o quarto”, complementou a autoridade policial.

A prisão de Aleff Wingler ocorreu horas depois do assassinato, enquanto ele tentava fugir para a cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo. A delegada Fernanda Diniz confirmou que o indivíduo responderá judicialmente pelo crime de feminicídio, uma classificação penal que reconhece a violência contra a mulher em contexto de discriminação de gênero ou violência doméstica e familiar.

A mãe da vítima, Josi Maria de Paula, revelou em depoimento à polícia a natureza abusiva do relacionamento entre Júlia e Aleff. Segundo ela, o namorado demonstrava um comportamento “possessivo e psicopata”, impedindo a filha de socializar ou mesmo de ir à praia com amigas. “Eu conversei com ela pra largar ele, e ela falava: ‘Mãe, eu vou largar ele, mas não consigo, porque onde eu estou, ele me persegue'”, relatou Josi, demonstrando o ciclo de coação a que a jovem estava submetida. Essa situação de perseguição constante e domínio, denunciada pela mãe, oferece um contexto perturbador para a tragédia que se sucedeu.

Informações adicionais trazidas pela delegada Diniz apontam que, poucos dias antes do feminicídio, especificamente em 1º de maio, Júlia teria confidenciado sobre agressões prévias cometidas pelo namorado, incluindo atos em que ele a pegou pelo pescoço. Parentes da universitária corroboram que Aleff tendia a se tornar agressivo quando consumia bebida alcoólica. O relacionamento do casal perdurava há dois anos, período em que a mãe da jovem consistentemente a alertava sobre os padrões abusivos e possessivos de Aleff. Uma irmã de Júlia, que preferiu manter-se anônima, confirmou à TV Gazeta ter presenciado atos de agressão do rapaz contra a vítima e que também desaprovava o relacionamento.

O corpo de Júlia de Paula foi encontrado por volta das 5h da manhã do domingo fatídico, depois que ela não apareceu na padaria onde trabalhava. Uma colega de trabalho, estranhando a ausência, entrou em contato com a mãe da vítima. Foi ao chegar à residência que Josi Maria de Paula se deparou com a cena brutal: o corpo de sua filha sobre a cama do quarto.

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A confissão e prisão de Aleff Wingler trazem à tona a triste realidade do feminicídio e a urgência em combater a violência contra a mulher. A delegada Fernanda Diniz e a equipe da DHPM continuam a investigação para apurar todos os detalhes e assegurar que a justiça seja feita. Mantenha-se informado sobre este e outros casos acompanhando as atualizações em nossa editoria de Cidades, para não perder nenhum desdobramento.

Crédito da imagem: Foto: Reprodução/Instagram

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