São Paulo registra 11 mortes por ingestão de metanol. O estado de São Paulo confirmou o óbito de onze pessoas devido à ingestão de metanol, uma substância tóxica encontrada ilegalmente em bebidas alcoólicas. Os incidentes ocorreram no intervalo de setembro a novembro deste ano, demandando uma resposta rápida das autoridades diante do grave risco à saúde pública.
As informações atualizadas constam do mais recente balanço divulgado pela Secretaria da Saúde na quarta-feira (17). O metanol, que é ilicitamente misturado a destilados como gin, whisky e vodka, deflagrou uma série de medidas investigativas e de controle em diversos níveis governamentais para identificar a origem da contaminação e proteger a população paulista.
São Paulo: 11 Mortes por Ingestão de Metanol Confirmadas
No total, 51 casos de intoxicação por metanol foram oficialmente confirmados, ressaltando a abrangência do problema. Em contrapartida, 555 casos suspeitos foram descartados após rigorosa análise, um indicativo da vasta mobilização dos órgãos de saúde para discernir e atuar nas ocorrências reais. Embora o metanol seja largamente empregado em indústrias para a fabricação de anticongelantes, solventes, tintas e combustíveis, sua presença em bebidas para consumo humano é proibida e representa um perigo iminente à vida.
Vítimas da Intoxicação por Metanol e Cidades Atingidas
As onze mortes confirmadas se distribuem por diversos municípios paulistas, o que demonstra a complexidade da cadeia de distribuição das bebidas adulteradas. Na capital do estado, quatro vítimas do sexo masculino, com idades entre 26 e 54 anos, perderam suas vidas. A presença desses casos na capital realça a necessidade de vigilância nos grandes centros urbanos, onde a circulação de produtos é mais intensa.
Na Região Metropolitana de São Paulo, especificamente em São Bernardo do Campo, houve duas vítimas fatais: uma mulher de 30 anos e um homem de 62. Já no município de Osasco, outros três óbitos foram registrados, envolvendo dois homens de 23 e 25 anos, e uma mulher de 27 anos. O leque de idades e gêneros afetados sublinha o risco indiscriminado do consumo dessas substâncias clandestinas.
Além disso, o interior paulista também foi palco de falecimentos. Um homem de Jundiaí, com 37 anos, e outro de Sorocaba, de 26 anos, igualmente sucumbiram às severas complicações provocadas pela substância em seus organismos, de acordo com os relatórios fornecidos pela Secretaria da Saúde. Essa dispersão geográfica levanta questionamentos importantes sobre a fiscalização em diferentes localidades do estado.
Casos Sob Investigação Complementar
Enquanto a Secretaria da Saúde de São Paulo confirmava os onze óbitos, quatro outras mortes permanecem sob apuração minuciosa pelas equipes de investigação. A continuidade dessas investigações é crucial para que as autoridades possam consolidar um panorama completo da crise e determinar se há mais vítimas relacionadas à adulteração por metanol.
Entre os casos em análise, encontra-se uma pessoa do município de Guariba, com 39 anos. Outra situação sendo investigada é a de um morador de São José dos Campos, de 31 anos. Completam a lista dois indivíduos de Cajamar, com 29 e 38 anos, cujas mortes estão sendo periciadas para verificar a possível conexão com a ingestão de metanol e identificar potenciais novos focos de contaminação.
Respostas Coordenadas e o Combate à Adulteração
O metanol, embora quimicamente similar ao etanol, possui propriedades altamente tóxicas ao ser humano quando ingerido. Pode causar cegueira permanente, danos irreversíveis aos órgãos internos e ser fatal mesmo em pequenas doses. Diante da emergência, uma coordenação interministerial se fez necessária, envolvendo diversas esferas governamentais em uma frente conjunta para combater a presença ilegal da substância em bebidas alcoólicas e proteger a saúde pública.

Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
O Ministério da Saúde agiu prontamente, instituindo uma “sala de situação” em outubro para monitorar a evolução dos casos de intoxicação por metanol. Esta célula de crise foi essencial para a articulação e o fluxo de informações entre os entes governamentais. A sala foi desativada em 8 de dezembro, devido à percepção de diminuição nos incidentes. Segundo o Ministério, o último caso confirmado tinha data de 26 de novembro, com os sintomas iniciais surgindo três dias antes, em 23 do mesmo mês.
A nível federal, as medidas incluíram a emissão de notificações a estabelecimentos comerciais pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Paralelamente, o Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP) intensificou suas operações, atuando diretamente na linha de frente contra a distribuição de produtos ilegais. Adicionalmente, a Polícia Federal deu início a inquéritos que visavam apurar a possível participação do crime organizado na adulteração de bebidas, indicando a seriedade e a complexidade do problema que transcende a esfera da saúde e alcança a segurança pública.
Na frente de tratamento, o Ministério da Saúde providenciou a importação de antídotos para o Brasil, cruciais para neutralizar os efeitos nocivos do metanol em pacientes já afetados e aumentar suas chances de recuperação. Em São Paulo, logo após os primeiros registros, uma força-tarefa composta pelas Secretarias de Estado da Saúde e da Segurança Pública realizou apreensões estratégicas. A ação resultou na descoberta de 117 garrafas de bebidas sem rótulo ou comprovante de origem em bairros como Jardim Paulista e Mooca, evidenciando as redes clandestinas de comercialização de produtos perigosos.
É fundamental que a população redobre a atenção à procedência de bebidas alcoólicas, priorizando produtos com selos de autenticidade e adquiridos em estabelecimentos de confiança. A fiscalização rigorosa e a vigilância constante são imprescindíveis para a proteção da saúde e segurança do consumidor, mitigando os riscos de futuras intoxicações. Para saber mais sobre os perigos da intoxicação e como se proteger, visite portais de saúde governamentais, como o Ministério da Saúde.
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Em síntese, as mortes por metanol em São Paulo evidenciam a crítica necessidade de monitoramento contínuo e medidas firmes contra a adulteração de produtos. As autoridades persistem na fiscalização e na implementação de ações repressivas para safeguarding a população. Mantenha-se bem-informado sobre este e outros temas relevantes para o seu dia a dia, acompanhando nossa editoria de Cidades.
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