A morte da ‘Barbie Humana’, a influenciadora digital Bárbara Jankavski Marquez, está sob rigorosa investigação da Polícia Civil de São Paulo. Passada uma semana do ocorrido, o caso, registrado como “morte suspeita”, mobiliza o 7º Distrito Policial da Lapa para esclarecer as circunstâncias que levaram ao óbito da mulher de 31 anos. A apuração foca em elementos como sexo pago, o suposto consumo de substâncias ilícitas, uma possível parada cardíaca e a presença de lesões corporais, que podem indicar uma queda ou outras interações físicas.
Bárbara foi encontrada sem vida em 2 de dezembro na residência do defensor público Renato De Vitto, localizada na Lapa, Zona Oeste da capital paulista, onde a Polícia Militar (PM) constatou a ocorrência. O boletim de ocorrência descreve a situação como uma “morte súbita, sem causa determinante aparente”, indicando a complexidade do cenário inicial. As autoridades buscam determinar se a morte da influenciadora foi de natureza natural, acidental ou criminosa, aguardando os laudos periciais para avançar nas conclusões.
Morte ‘Barbie Humana’: Polícia apura em SP sexo e drogas
Os laudos da Polícia Técnico-Científica, incluindo exames necroscópicos e toxicológicos, são peças cruciais para desvendar o que realmente aconteceu com a influenciadora digital. Enquanto esses resultados não são divulgados, a investigação se baseia nos depoimentos colhidos e nas evidências preliminares encontradas no local. A profundidade da apuração visa detalhar cada passo e evento que precedeu a morte, desde o momento da chegada de Bárbara à residência até o instante em que foi encontrado seu corpo, com o intuito de traçar um panorama completo e preciso do desfecho trágico.
Os Fatos Narrados pelo Defensor Público
Segundo o relato prestado por Renato De Vitto, 51 anos, Bárbara Jankavski Marquez foi convidada para sua residência após ter sido contratada por ele para a realização de “serviços sexuais”. Durante o encontro, o defensor público informou que ele e a influenciadora teriam consumido “substâncias ilícitas”. Em seu depoimento, De Vitto detalhou que Bárbara começou a tossir “por diversas vezes” e, subsequentemente, adormeceu ao seu lado enquanto ambos assistiam televisão.
Ao perceber que a mulher não apresentava mais sinais de movimento, De Vitto acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os atendentes teriam orientado o defensor a iniciar manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP), procedimento que ele afirma ter realizado por mais de nove minutos sem sucesso. A chegada da ambulância do Samu culminou com a constatação do óbito de Bárbara às 21h07 pelo médico presente, que então acionou a Polícia Militar, formalizando o ocorrido.
Detalhes da Cena e Testemunho da Amiga
As equipes da Polícia Militar chegaram ao sobrado de dois andares na Rua Sepetiba após um chamado do Centro de Operações da PM (Copom) referente a um “encontro de cadáver”. No local, os agentes foram recepcionados pelo defensor público, que lhes permitiu o acesso. Ao entrarem na residência, os policiais encontraram Bárbara Jankavski deitada de bruços, vestindo apenas calcinha, com uma lesão visível no olho esquerdo e diversas marcas nas costas, conforme registrado no boletim de ocorrência.
Um novo elemento surgiu com o testemunho de uma amiga do defensor público, que afirmou ter estado na residência durante parte do período, embora não tenha presenciado o momento exato da morte. Contudo, ela relatou à polícia ter notado quando a influenciadora “escorregou e caiu”, o que, em sua percepção, teria sido a causa da lesão no olho esquerdo, por volta das 4h de domingo. A Polícia Civil pretende ouvir novamente essa amiga e o defensor público para confrontar e complementar as informações.
Aguardando o Laudo do IML e Cenários da Investigação
A principal expectativa da Polícia Civil reside nos resultados dos exames necroscópicos e toxicológicos realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). Esses laudos são essenciais para determinar a real causa da morte da influenciadora digital. A partir deles, a investigação poderá seguir diferentes direções, fundamentais para a correta qualificação jurídica do caso.
Se os exames confirmarem uma morte por causas naturais, decorrente de alguma patologia ou complicação inerente à saúde da vítima, o caso será, conforme praxe, arquivado pela polícia. No cenário de uma morte acidental, como uma overdose de drogas ou complicações de uma queda, a investigação se aprofundará para verificar se houve a participação de terceiros ou se a ocorrência foi autônoma.
A complexidade aumenta caso o laudo pericial aponte para um possível crime. Se for identificado que Bárbara Jankavski foi agredida e essas agressões foram a causa de sua morte, a tipificação penal pode evoluir para homicídio. Da mesma forma, se a queda da qual a amiga do defensor público testemunhou tiver sido provocada ou auxiliada por outrem de maneira intencional, os envolvidos poderão ser responsabilizados criminalmente por homicídio. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo, instituição na qual Renato De Vitto atua, tem papel crucial em garantir a representação legal, conforme detalhado no site oficial do órgão, que explica o trabalho essencial dos defensores públicos na sociedade.
Perfil da Influenciadora Bárbara Jankavski Marquez
Bárbara Jankavski Marquez era uma figura reconhecida no universo digital, popularmente conhecida como “Barbie Humana” por seus seguidores. Em suas redes sociais, ela também adotava o pseudônimo de “Boneca Desumana”, acumulando uma base de mais de 400 mil seguidores combinados em suas plataformas como Instagram e TikTok. A fama de Bárbara estava intrinsecamente ligada à sua notável jornada estética, que incluía um impressionante histórico de 27 cirurgias plásticas, com um investimento reportado superior a R$ 300 mil, todas realizadas com o objetivo de mimetizar a aparência da icônica boneca Barbie. Essa dedicação à transformação corporal a tornou um ícone para muitos e uma personalidade controversa para outros, mas, sem dúvida, marcou sua trajetória pública.
As próximas etapas da investigação incluem a remarcação dos depoimentos de Renato De Vitto e da amiga que esteve na residência, cujas datas ainda não foram definidas. Atualmente, o defensor público está de licença médica, afastado de suas funções na Defensoria Pública devido a um quadro de estresse pós-traumático decorrente do evento. Os advogados Jacob Filho e João Impéria, responsáveis pela defesa de De Vitto, optaram por não emitir comentários sobre o andamento do caso até o momento.
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O desfecho deste caso aguarda as análises forenses e os depoimentos complementares que elucidarão os detalhes finais da morte da “Barbie Humana”. A complexidade dos fatores envolvidos – desde os relatos iniciais até os laudos periciais – faz com que a investigação seja conduzida com extrema cautela pelas autoridades. Para acompanhar outros desdobramentos de casos notórios no cenário brasileiro e investigações criminais de destaque, mantenha-se informado em nossa editoria de Cidades.
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