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Modelo relata necrose grave após estética em SC

TÍTULO: Modelo relata necrose grave após estética em SC SLUG: modelo-necrose-procedimento-estetico-sc META DESCRIÇÃO: Modelo de 51 anos enfrenta necrose e perda de trabalho após procedimento estético em SC. Saiba detalhes sobre as lesões, a investigação e alertas da Anvisa. A modelo Karim Kamada, de 51 anos, está enfrentando severas dificuldades profissionais e de saúde após […]

TÍTULO: Modelo relata necrose grave após estética em SC
SLUG: modelo-necrose-procedimento-estetico-sc
META DESCRIÇÃO: Modelo de 51 anos enfrenta necrose e perda de trabalho após procedimento estético em SC. Saiba detalhes sobre as lesões, a investigação e alertas da Anvisa.

A modelo Karim Kamada, de 51 anos, está enfrentando severas dificuldades profissionais e de saúde após passar por um procedimento estético em Santa Catarina, que resultou em lesões graves, incluindo necrose tecidual. O tratamento, realizado em maio, empregou a técnica de caneta pressurizada com enzimas nas regiões dos glúteos e das coxas. Desde a intervenção, Kamada sofre com a morte de tecido, um quadro conhecido como necrose, além de outras complicações que impactam diretamente sua vida pessoal e carreira.

Segundo o relato da modelo ao g1, o objetivo principal de buscar o procedimento estético era reativar e fortalecer sua atuação profissional. Contudo, o resultado foi o oposto: as sequelas resultantes das complicações levaram à perda de oportunidades de trabalho, e, atualmente, não há uma previsão clara para sua recuperação completa. “Eu já parei de fazer os testes porque eu não tenho ainda uma previsão correta de quando eu estarei bem”, sintetizou Kamada sobre a paralisação de seus compromissos.

Modelo relata necrose grave após estética em SC

O procedimento, que desencadeou esta série de problemas, foi conduzido por Vanderléia de Fátima Andrade Santos em uma clínica localizada na cidade de Jaraguá do Sul, na região Norte de Santa Catarina. Conforme as informações prestadas pela modelo, o serviço foi comercializado sob a garantia de ser uma técnica segura e completamente isenta de riscos, uma promessa que, diante dos acontecimentos, se mostrou infundada. Atualmente, a profissional responsável está sob investigação pela Polícia Civil, e o estabelecimento onde o procedimento foi realizado encontra-se interditado pela Vigilância Sanitária do município.

Além da necrose, Karim Kamada detalhou um leque de sintomas e manifestações físicas que afligem seu dia a dia. A modelo vivenciou dores intensas, vermelhidão persistente, febre localizada na área afetada, inflamação severa, o surgimento de nódulos e um diagnóstico de celulite infecciosa. Esses problemas físicos não apenas comprometem sua saúde, mas também seu bem-estar geral. Em relação à defesa de Vanderléia, esta aguarda a obtenção de mais detalhes do inquérito policial antes de emitir um posicionamento oficial, assegurando que se manifestará assim que tiver acesso às informações pertinentes ao caso.

Impactos na Rotina e Alerta Médico

As noites de Karim Kamada se transformaram em um período de grande tormento. As consequências das lesões têm desorganizado sua rotina, em particular a capacidade de descanso noturno, que se tornou árduo e extremamente doloroso. A modelo relatou crises de pânico severas, associadas à preocupação de que um dos seus problemas estivesse progredindo, remetendo-a aos estágios iniciais da necrose. “Quando dormia, sonhava que estava morrendo e não conseguia dormir”, desabafou Karim, revelando a intensidade do sofrimento psicológico. Atualmente, com acompanhamento e medicação, os momentos de insônia profunda se tornaram menos frequentes.

Paralelamente à privação do sono e aos desafios emocionais, Kamada manifestou outras dores pelo corpo e dores de cabeça frequentes, exacerbando o quadro clínico. “Em muitos momentos, eu tive que ficar com a cabeça reta na cama e o corpo também começava a doer”, completou, destacando a complexidade das sequelas. Para compreender o cerne do problema, Mariana Sens, que preside a Sociedade Brasileira de Dermatologia em Santa Catarina, explicou tecnicamente o funcionamento da caneta pressurizada: trata-se de um aparelho que, sem o uso de agulhas, introduz substâncias na pele por meio de pressão. Contudo, Sens adverte que este dispositivo “não permite controle preciso de dose, profundidade ou local de depósito, requisitos essenciais em procedimentos injetáveis”, alertando para os riscos intrínsecos à metodologia.

Falta de Transparência e Investigação Policial

A experiência da modelo levantou uma crítica à falta de informação adequada sobre procedimentos estéticos. Karim expressou não ter sido plenamente informada sobre os riscos potenciais do tratamento, que foi categorizado como “não invasivo”. Ela questiona a clareza dessas informações: “É algo que se diz não invasivo, mas que pode levar a esse tipo de situação que vivi. Com certeza há falta de clareza sobre esse procedimento estético. Infelizmente hoje em dia não dá mais para confiar só na palavra das pessoas. Se eu soubesse, eu jamais teria feito”. Essa declaração sublinha a importância da transparência e da ética na oferta de serviços estéticos, em especial, sobre os alertas e recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O caso da modelo motivou a abertura de um inquérito pela Polícia Civil de Jaraguá do Sul. O delegado Regional, Eric Uratani, confirmou que o procedimento investigatório foi instaurado. Karim já se submeteu a um exame de corpo de delito inicial, que confirmou a existência das lesões. Uratani esclareceu que “Já foi realizado o primeiro exame de corpo de delito, mas, com o decorrer do tempo, serão realizados novos exames para se verificar se a lesão é apenas leve ou se pode caracterizar uma lesão grave ou gravíssima”. O delegado aproveitou para fazer um apelo público: “Até o momento, a gente não tem conhecimento de outras vítimas, mas caso haja, elas podem trazer os fatos também, registrar. Podem ser incluídas no inquérito policial ou até gerar outros procedimentos investigativos em relação a elas”.

Modelo relata necrose grave após estética em SC - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

Interdição da Clínica e Recomendações da Anvisa

A atuação de Karim foi fundamental para que a Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul agisse. Em 29 de julho, após denúncia da modelo, o órgão fiscalizou a clínica e encontrou diversas irregularidades, principalmente a falta de documentos obrigatórios para a operação, como o alvará sanitário. Em decorrência dessas falhas, a clínica foi prontamente interditada. No entanto, em 8 de setembro, uma nova denúncia reportou que as atividades continuavam no local. Diante disso, a Vigilância, com o auxílio da Polícia Militar, realizou nova fiscalização e lavrou um auto de infração.

A Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul informou que será instaurado um processo administrativo sanitário. Este processo poderá resultar na aplicação de sanções, incluindo multas e outras medidas previstas em lei. Durante a fiscalização, foi constatado que a responsável pelos procedimentos, Vanderléia de Fátima Andrade Santos, não possuía a documentação que comprovasse sua formação técnica para realizar tais atividades. Conforme apurado nas redes sociais da profissional, ela oferecia uma ampla gama de procedimentos, tais como drenagem tailandesa, massagem modeladora, drenagem linfática, massagem relaxante, massagem relaxante com pedras quentes, massagem localizada, massagem funcional, tratamento facial completo, massagem somática, massagem 360, detox corporal, lipocavitação, aplicação de colágeno, enzimas e todos os injetáveis, bioestimuladores corporais, e radiofrequência corporal e facial. A ausência de comprovação técnica para estes serviços amplifica a gravidade do caso.

Diante de incidentes como este, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça suas recomendações essenciais para garantir a segurança em procedimentos estéticos, com foco em três pilares: o local, o produto e o profissional. Primeiro, a Anvisa orienta que se verifique se o estabelecimento possui licença ou alvará sanitário, podendo a Vigilância Sanitária local ser consultada em caso de dúvida. Segundo, quanto aos produtos, é fundamental que sejam aprovados pela Anvisa. Os pacientes devem exigir informações detalhadas sobre o produto, incluindo nome, ingredientes, data de validade, cuidados pós-aplicação e possíveis riscos.

Por fim, e de suma importância, o terceiro ponto foca no profissional qualificado. A formação e habilitação do responsável pelo serviço devem ser confirmadas por meio de certificados, cursos técnicos, graduação ou especialização. É vital destacar que a Anvisa não regulamenta nem fiscaliza o exercício profissional, que é de competência dos conselhos de classe. A agência ressalta ainda que esteticistas estão restritos ao uso de cosméticos, produtos de uso externo, e não devem utilizar medicamentos em suas atividades. A Anvisa ainda fornece dicas cruciais para o consumidor, como pesquisar avaliações, desconfiar de promessas milagrosas e preços irrealistas, e evitar profissionais que não esclareçam dúvidas ou não transmitam segurança. A agência federal limita sua atuação à regulamentação de produtos e aspectos sanitários dos procedimentos.

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A situação de Karim Kamada em Jaraguá do Sul serve como um alerta contundente sobre os riscos de procedimentos estéticos sem a devida qualificação profissional e regulamentação adequada. Acompanhe a continuidade deste caso e outros desenvolvimentos na editoria de Cidades, onde abordamos notícias relevantes que impactam a vida dos brasileiros.

Crédito da imagem: Reprodução/Redes sociais

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