Milhares em Protestos No Kings Contra Trump nos EUA e Europa

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Uma vasta onda de mobilização popular irrompeu em **protestos No Kings** neste sábado, 18 de outubro de 2025, estendendo-se por diversas cidades dos Estados Unidos e em capitais europeias. O movimento representa uma das maiores demonstrações de descontentamento público desde o retorno de Donald Trump à Casa Branca, sinalizando uma forte oposição às suas políticas e à percepção de uma guinada autoritária em seu governo. A eclosão desses atos em larga escala marca um momento significativo no cenário político global, reverberando as preocupações de setores da sociedade em relação às decisões administrativas tomadas na atual gestão.

Organizados por movimentos progressistas, esses atos tiveram seu início simultaneamente nos Estados Unidos e, com grande destaque, em capitais da Europa. Estima-se que mais de 2.600 eventos e marchas tenham sido registrados apenas em território americano, cobrindo praticamente todas as suas regiões. Além disso, a mobilização transcontinental incluiu manifestações significativas em centros urbanos de destaque, como Londres, na Inglaterra, e as cidades de Madri e Barcelona, na Espanha. Essa abrangência internacional ressalta a dimensão global da crítica às políticas vigentes.

Milhares em Protestos No Kings Contra Trump nos EUA e Europa

Os manifestantes articularam suas críticas em torno de uma série de temas cruciais que afetam diretamente a vida dos cidadãos. Entre as principais bandeiras levantadas, destacam-se as políticas de imigração do governo, a estratégia de segurança adotada e as diretrizes educacionais. Adicionalmente, cortes orçamentários significativos em verbas destinadas a universidades e a crescente presença da Guarda Nacional em grandes centros urbanos foram pontos centrais da insatisfação. Conforme pontuou Leah Greenberg, cofundadora do influente movimento progressista Indivisible, responsável pela coordenação de grande parte desses atos: “Não há nada mais americano do que dizer nós não temos reis e exercer nosso direito de protestar pacificamente.” A frase encapsula o espírito do movimento e sua busca pela manutenção dos valores democráticos.

Na capital dos Estados Unidos, Washington D.C., os manifestantes congregaram-se estrategicamente perto do Cemitério Nacional de Arlington. A escolha desse local não foi arbitrária; a área fica nas proximidades de onde o presidente Trump tem planos de erguer um monumental arco, projetado para conectar o histórico Memorial Lincoln à margem oposta do rio Potomac, gerando debate e controvérsia sobre a sua construção e simbolismo. A Times Square, em Nova York, também foi palco de um grande protesto em 18 de outubro de 2025, ilustrando a diversidade de pontos de manifestação.

Crescimento da Oposição e Alianças Políticas

O movimento “No Kings” ganhou força com o endosso de importantes figuras políticas e celebridades, que demonstraram publicamente seu apoio à causa. Nomes proeminentes como o senador Bernie Sanders, a congressista Alexandria Ocasio-Cortez e a ex-secretária de Estado Hillary Clinton se uniram aos manifestantes, emprestando seu peso político e midiático à mobilização. Além da esfera política, diversas personalidades do entretenimento e figuras públicas também manifestaram solidariedade, amplificando a mensagem de protesto e alcance popular.

No esforço para garantir a segurança e a integridade dos participantes, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), uma renomada organização defensora dos direitos civis, desempenhou um papel crucial. A entidade organizou e treinou milhares de voluntários, capacitando-os para atuar como monitores durante os eventos e, assim, prevenir potenciais confrontos e garantir o exercício pacífico do direito à manifestação. A expertise da ACLU em matéria de liberdades civis é amplamente reconhecida. Para mais informações sobre a atuação da organização e os direitos civis, pode-se consultar diretamente o site oficial da ACLU.

Pesquisadores de movimentos sociais acompanham de perto a situação, prevendo um impacto considerável. Dana Fisher, professora da Universidade Americana de Washington, avalia que os atos ocorridos em 18 de outubro podem se consolidar como as maiores demonstrações de protesto da história recente dos EUA, potencialmente envolvendo até 3 milhões de participantes. Fisher, especialista em dinâmicas sociais, argumenta que, embora tais manifestações possam não alterar imediatamente as políticas de Trump, elas desempenham um papel fundamental. Elas reforçam a identidade coletiva e o senso de comunidade entre aqueles que se sentem marginalizados, perseguidos ou silenciados pelas políticas governamentais. A pesquisadora ressalta a importância desses eventos para a coesão social da oposição.

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Imagem: g1.globo.com

Reação Republicana e Aumento da Tensão Política

Enquanto os **protestos No Kings** se espalhavam pelo país e além-fronteiras, a reação do Partido Republicano não tardou e foi marcada por duras críticas. Mike Johnson, atual presidente da Câmara dos Representantes, qualificou publicamente os atos como “comícios antiamericanos”. Dentro do próprio partido, esses encontros foram prontamente apelidados de “Hate America rallies”, termo que visa descredibilizar a legitimidade e o patriotismo dos manifestantes.

Johnson reiterou sua posição, afirmando: “Eles vão se reunir no National Mall para o que chamam de No Kings Rally. Nós preferimos o termo mais preciso: o comício do ódio à América.” A declaração reflete a polarização política crescente e a tentativa de moldar a narrativa pública sobre os protestos. Aliados de Donald Trump, por sua vez, reforçaram as críticas, acusando a oposição de incitar a violência política. Essa alegação foi acompanhada por uma menção ao assassinato de Charlie Kirk, um ativista conservador e aliado do presidente, ocorrido em setembro, buscando vincular a mobilização a um contexto de instabilidade e perigo.

Diante da efervescência e da magnitude das manifestações, o próprio Donald Trump minimizou a importância dos eventos. Em entrevista à Fox Business, o presidente comentou sobre a natureza dos protestos, especialmente sobre o apelido que o identifica na oposição. De forma lacônica e desdenhosa, ele declarou: “Dizem que me chamam de rei. Eu não sou um rei”, buscando refutar a narrativa do movimento “No Kings” e reduzir a intensidade do seu impacto político.

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Os **protestos No Kings** de 18 de outubro de 2025 revelam um cenário de profunda polarização e efervescência política nos Estados Unidos e globalmente, com manifestantes questionando as políticas e o estilo de governo do presidente Donald Trump. A amplitude da mobilização, o apoio de figuras públicas e as fortes reações dos republicanos sublinham a complexidade do momento. Para aprofundar a compreensão sobre os acontecimentos políticos no país e as movimentações populares, explore nossa seção de Política para mais análises e notícias relevantes.

Crédito das imagens: Olga Fedorova / AP, Jose Luis Magana / AP, AP Photo/Rebecca Blackwell, File