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Microdramas: a revolução das novelas verticais e a aposta da Globo

Microdramas representam uma inovação notável no universo do entretenimento digital, surgindo como um formato ágil e imersivo, perfeitamente adaptado aos hábitos de consumo em dispositivos móveis. Essas narrativas compactas, conhecidas como novelinhas verticais, prometem reformular a experiência audiovisual, conforme evidenciado pelo recente anúncio da TV Globo sobre seu investimento estratégico neste segmento. Com episódios que […]

Microdramas representam uma inovação notável no universo do entretenimento digital, surgindo como um formato ágil e imersivo, perfeitamente adaptado aos hábitos de consumo em dispositivos móveis. Essas narrativas compactas, conhecidas como novelinhas verticais, prometem reformular a experiência audiovisual, conforme evidenciado pelo recente anúncio da TV Globo sobre seu investimento estratégico neste segmento.

Com episódios que podem ser desfrutados em apenas alguns minutos, tipicamente variando entre dois e três, os microdramas capturam a essência de uma história complexa em um tempo significativamente reduzido. A principal característica é a velocidade da narrativa, projetada para prender a atenção do espectador em um fluxo contínuo e dinâmico, um aspecto crucial para o público que consome conteúdo diretamente em smartphones.

A popularidade crescente desse modelo, especialmente após sua consolidação na Ásia, está levando grandes players do mercado global a explorarem suas possibilidades. Um exemplo marcante desse movimento estratégico é o empenho da principal emissora brasileira.

Microdramas: a revolução das novelas verticais e a aposta da Globo

O formato oferece uma agilidade narrativa sem precedentes, onde um único capítulo é concluído em uma fração do tempo de uma novela tradicional. Essa eficácia se alinha com a demanda por conteúdo que se encaixe nas pausas curtas do dia a dia.

A Ascensão Global das Novelinhas Verticais: Origem e Expansão

Originários da China por volta de 2018, logo após o lançamento do TikTok, os microdramas são também conhecidos pela denominação ‘duanju’. Sua concepção foi intrinsecamente ligada à popularização do consumo de vídeos em celulares, utilizando o formato vertical para otimizar a experiência em telas de smartphones. Embora mantenham uma estrutura narrativa com divisões em episódios e temporadas, semelhante às séries convencionais, a diferença crucial reside na curtíssima duração, limitando os capítulos a, no máximo, três minutos. Houve uma tentativa anterior da plataforma Quibi em investir em produções de dez minutos, mas esta não obteve sucesso significativo no mercado.

Essa exigência temporal impõe um ritmo extremamente acelerado e dinâmico à produção, empregando técnicas que intensificam a emoção e a imersão em pouco tempo. Reviravoltas inesperadas e decisões críticas, que em formatos longos seriam reveladas ao final de um episódio completo, são condensadas para ocorrer em rápida sucessão, servindo como “ganchos” constantes para manter o público engajado. Os temas abordados nos microdramas são variados, mas destacam-se frequentemente histórias de superação pessoal, tramas envoltas em segredos familiares revelados e o recorrente clichê do amor obstinado e aparentemente impossível.

Um dos casos de maior êxito mundial nesse segmento é a produção “The Double Life of My Billionaire Husband”. A série narra a jornada de uma jovem com dívidas que concorda em se casar com um homem de reputação questionável para salvar a mãe, descobrindo ulteriormente que ele é um bilionário com uma vida oculta. Aclamada pela revista Time, esta produção da plataforma ReelShort atingiu a impressionante marca de mais de 400 milhões de visualizações globalmente, o que impulsionou uma versão brasileira estrelada pela atriz Jessika Alves. Confira mais sobre tendências de mídia globalmente.

O Mercado Brasileiro de Conteúdo em Vídeos Curtos e o Papel do Kwai

No Brasil, a experimentação com conteúdo de vídeo curto roteirizado começou a ganhar força a partir de 2022, primeiramente impulsionada pelo sucesso na plataforma Kwai e, subsequentemente, expandindo-se para outras redes como TikTok e X (anteriormente Twitter). Para estimular a criação de microdramas e outros formatos curtos, a empresa chinesa Kwai lançou o projeto “TeleKwai” em 2021 nos países de língua hispânica da América Latina.

O TeleKwai, estabelecido em parceria com pequenos e médios produtores audiovisuais da região, visa incentivar a criação de histórias roteirizadas, tanto sequenciais quanto independentes, adaptadas ao novo formato de dramas curtos. Entre os talentos que emergiram deste cenário, destaca-se Markelly Oliveira, ex-bailarina do programa do Faustão. Ela foi convidada pela plataforma para desenvolver as inovadoras novelinhas, o que lhe rendeu o apelido de “Rainha do Kwai”, acumulando mais de 13 milhões de seguidores na plataforma social chinesa, consolidando-se como um dos grandes nomes da produção de conteúdo curto no país.

A Estratégia da Globo: Lançamento de Microdramas Multiplataforma

Em consonância com as tendências globais e o êxito comprovado dos microdramas, a TV Globo anunciou planos de investimento significativo no formato, adotando uma abordagem multiplataforma para maximizar o alcance e a interação com o público. O projeto pioneiro dos Estúdios Globo é “Tudo Por uma Segunda Chance”, que tem roteiro assinado por Rodrigo Lassance e direção de Adriano Melo, prometendo trazer a qualidade de sua dramaturgia para este novo modelo de consumo.

A iniciativa da Globo não se limita à mera produção. A proposta engloba a publicação dos episódios em redes sociais e sua integração à narrativa da novela das sete “Dona de Mim”. Desta forma, os personagens da própria novela acompanharão o desenrolar do microdrama dentro de sua ficção, enquanto a audiência externa terá acesso aos episódios diretamente pelas plataformas digitais. Outra aposta do Globoplay será “Cinderela e o Segredo do Pobre Milionário”, marcando a estreia do cantor Gustavo Mioto como ator, evidenciando o interesse em atrair figuras conhecidas para este formato.

Com lançamento previsto para dezembro exclusivamente no Globoplay, Mioto interpretará Diego, um milionário misterioso que simula ser músico e ostenta uma vida de aparente simplicidade para cativar Cindy (interpretada por Maya Aniceto), uma talentosa cantora e mãe solo. Julia Rueff, diretora do Globoplay, reforçou o compromisso da plataforma em ser o lar das produções nacionais, destacando que os microdramas – definidos como histórias curtas, verticais e dinâmicas – representam um avanço ao unir inovação de formato à consolidada expertise e qualidade da dramaturgia brasileira, buscando renovar a forma como o público se conecta com as narrativas.

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Os microdramas estão claramente pavimentando um novo caminho para o consumo de entretenimento, unindo a conveniência dos vídeos curtos à riqueza da dramaturgia. A entrada de gigantes como a Globo neste nicho não só valida o formato, mas também projeta um futuro promissor para as narrativas digitais compactas, consolidando-as como parte integrante da paisagem midiática contemporânea. Continue explorando as tendências e notícias do mundo das celebridades em nosso portal. Acompanhe as últimas novidades sobre o universo artístico e muito mais.

Crédito da imagem: Divulgação

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