O cotado para o STF, Jorge Messias, advogado-geral da União, tem mantido uma postura de serenidade e bom humor em meio às crescentes especulações sobre sua possível nomeação para a Suprema Corte. A vaga em questão surgiu com a iminente saída do ministro Luís Roberto Barroso, e a indicação de um novo integrante para o Supremo Tribunal Federal é um dos momentos mais observados da política nacional. Messias, que ocupa um cargo de destaque no governo federal, tem repetido frequentemente a seus aliados a frase de que “tudo tem seu tempo”, um mantra que parece guiar sua conduta neste período de intensa expectativa.
Fontes próximas ao ministro da Advocacia-Geral da União descrevem-no como uma pessoa profundamente ligada à fé. A sua calma diante de uma possível ascensão a uma das mais importantes instituições jurídicas do país é atribuída, em grande parte, à sua crença de que os acontecimentos são resultados de um destino previamente traçado por Deus. Tal perspectiva religiosa molda não apenas sua visão pessoal, mas também ecoa em discussões políticas, dada a importância da representatividade de segmentos diversos na composição dos poderes da República.
Essa dimensão religiosa é vista por muitos como um fator relevante na análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A possibilidade de Messias ser o terceiro evangélico a compor o rol de 172 ministros que já passaram pela Corte em 134 anos sublinha a relevância estratégica dessa indicação. Em um cenário próximo a um ano eleitoral, a aproximação com o influente segmento evangélico se torna uma consideração essencial para as decisões do presidente, buscando fortalecer alianças e o diálogo com uma parte significativa do eleitorado brasileiro.
Messias STF: AGU demonstra tranquilidade sobre nomeação
Apesar de toda a efervescência em torno de seu nome, Jorge Messias tem demonstrado prudência e evitado qualquer movimento que possa ser interpretado como uma campanha política pela vaga. Ele busca dissipar a ansiedade de interlocutores com a máxima popular de que “o jogo só acaba quando termina”, enfatizando que o momento atual é de espera. Sua postura, de acordo com pessoas próximas, revela uma confiança na forma como o processo deve se desenrolar, sem a necessidade de interferências ativas para sua ascensão ao Supremo Tribunal Federal.
Um interlocutor revelou que, até o presente momento, o advogado-geral da União não deu início a preparativos mais concretos, como estudos aprofundados para a sabatina que precisaria enfrentar no Senado Federal. Este rito, crucial para qualquer nomeação ao STF, envolve um questionamento rigoroso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, posteriormente, a aprovação pela maioria dos membros do plenário do Senado. A ausência de uma preparação ostensiva reforça a ideia de que Messias aguarda a decisão presidencial com a mesma serenidade que permeia sua vida pessoal.
No âmbito interno da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias tem se esforçado para manter a normalidade. Ele orientou expressamente seus colegas a não alterarem o ritmo ou a forma de trabalho em função das expectativas que pairam sobre sua possível saída para o Supremo Tribunal Federal. Essa diretriz visa assegurar a continuidade e a estabilidade das operações da AGU, independentemente dos desdobramentos futuros em sua carreira, demonstrando um foco na manutenção das responsabilidades de seu cargo atual.

Imagem: redir.folha.com.br
Em Brasília, a avaliação sobre o clima político em torno da sucessão no STF também abrange o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Internamente no governo, observadores políticos interpretam que Pacheco não demonstrou sinais de contrariedade por não ter tido seu nome ventilado como preferencial para a Corte. Esta percepção foi reforçada por recentes encontros no Congresso Nacional.
O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) teve um encontro com o senador Pacheco recentemente, em uma quinta-feira (23), e descreveu o presidente do Senado como “bem-humorado e brincalhão”. O próprio deputado chegou a divulgar um vídeo em suas redes sociais expressando seu apoio a Pacheco para a vaga no Supremo Tribunal Federal. Tal comportamento de Pacheco é visto por analistas como um indicativo de que a tramitação da eventual nomeação de Messias no Senado poderia ocorrer sem maiores percalços por parte da presidência da casa legislativa.
É importante destacar que o processo de nomeação de um ministro para o Supremo Tribunal Federal no Brasil segue etapas constitucionais rigorosas, envolvendo tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo. Entender a fundo este rito é fundamental para compreender a complexidade das escolhas que impactam diretamente a composição da mais alta corte do país. Para mais detalhes sobre as atribuições e funcionamento do STF, consulte as informações fornecidas pelo Conselho Nacional de Justiça.
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Em suma, Jorge Messias, o atual advogado-geral da União, mantém a compostura enquanto seu nome ressoa como forte candidato para preencher uma das vagas do STF, evidenciando uma abordagem filosófica e religiosa diante da expectativa. A dinâmica política envolve tanto a decisão presidencial, influenciada por considerações estratégicas como a relação com o eleitorado evangélico, quanto a crucial aprovação do Senado, que se mostra atenta aos desdobramentos do cenário nacional. Continue acompanhando as análises e notícias aprofundadas sobre os principais eventos do cenário político nacional em nossa editoria de Política.
Crédito da imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Rafa Neddermeyer/Agência Brasi


