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Menos da Metade das Escolas no Brasil Têm Internet Adequada

A situação da conectividade de escolas no Brasil revela um cenário de contrastes e desigualdades profundas, onde menos da metade das instituições de ensino público possui acesso à internet em parâmetros considerados adequados para o uso pedagógico em sala de aula. É o que aponta o recém-divulgado Anuário Brasileiro da Educação Básica, uma análise aprofundada […]

A situação da conectividade de escolas no Brasil revela um cenário de contrastes e desigualdades profundas, onde menos da metade das instituições de ensino público possui acesso à internet em parâmetros considerados adequados para o uso pedagógico em sala de aula. É o que aponta o recém-divulgado Anuário Brasileiro da Educação Básica, uma análise aprofundada sobre a infraestrutura digital nas unidades de ensino fundamental e médio por todo o território nacional.

Os dados compilados pela publicação evidenciam a disparidade existente, que vai desde exemplos de escolas bem equipadas no Distrito Federal até cenários de precariedade em Teresina. Essas realidades opostas ilustram o desafio persistente do país em oferecer infraestrutura digital equitativa, crucial para o desenvolvimento educacional dos estudantes em pleno século XXI.

Menos da Metade das Escolas no Brasil Têm Internet Adequada

Em Ceilândia, no Distrito Federal, o Centro de Ensino Fundamental 26 é um modelo a ser seguido. Com dezoito roteadores que cobrem integralmente as salas de aula e infraestrutura de cabeamento como suporte para eventuais falhas, a escola garante a continuidade dos planos pedagógicos dos professores. O diretor da instituição enfatiza a necessidade de constante atualização, afirmando que já se busca a transição para uma terceira etapa tecnológica, com o intuito de acompanhar as inovações. No entanto, essa realidade está longe de ser a norma.

Em Teresina, capital do Piauí, a situação é alarmante. A conexão com a internet é feita de forma improvisada, e o sinal Wi-Fi, quando existente, mal alcança a sala dos professores, não chegando aos estudantes. A professora Fernanda França destaca o impacto dessa deficiência, observando que os alunos, acostumados ao acesso digital em suas casas, são confinados a um método de ensino “monótono” que se limita ao quadro, caderno e livro, evidenciando o abismo entre o ambiente domiciliar e o escolar.

Conforme detalha o Anuário Brasileiro da Educação Básica, os números corroboram a percepção de que a infraestrutura de internet nas escolas brasileiras ainda é precária:

  • Menos de 50% das escolas públicas estão devidamente conectadas, atendendo aos padrões ideais para finalidades pedagógicas.
  • Cerca de 29% das unidades escolares contam com acesso à internet exclusivo para gestores e corpo docente.
  • Preocupantes 4,6% das instituições carecem completamente de qualquer tipo de conexão ou até mesmo de energia elétrica estável.
  • Apenas 2% das escolas públicas apresentam velocidade de internet suficiente para atender gestores, professores e alunos, inclusive em laboratórios de informática.

Essas estatísticas escancaram a profunda disparidade regional e socioeconômica na educação brasileira. As metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro de 2025 – que visam conectar todas as escolas públicas do país com banda larga, velocidade adequada e equipamentos modernos até 2026 – parecem desafiadoras diante do panorama atual. O compromisso do MEC em melhorar a conectividade escolar é fundamental para impulsionar a educação digital, conforme diretrizes exploradas no Programa de Inovação Educação Conectada, do Governo Federal.

Menos da Metade das Escolas no Brasil Têm Internet Adequada - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

O “Todos Pela Educação”, organização responsável pelo anuário, reconhece os avanços conquistados nos últimos anos, mas enfatiza a necessidade de um empenho ainda maior em políticas públicas eficazes. O diretor Gabriel Corrêa reitera que o Brasil se defronta com uma realidade onde as regiões e municípios mais empobrecidos possuem a pior infraestrutura educacional e, consequentemente, os menores índices de aprendizagem. Ele sublinha a educação como um “vetor fundamental” para reverter e superar as vastas desigualdades presentes na nação, indicando que é preciso “dobrar a aposta” nesse setor.

Em resposta às informações e em relação às políticas de conectividade nas escolas, o Ministério da Educação reiterou seu compromisso em alcançar níveis apropriados de conectividade para todas as escolas públicas até o próximo ano. A pasta informou que dados de setembro indicam que mais de 65% das unidades já possuem acesso à internet com qualidade suficiente para o uso pedagógico. Além disso, o MEC planeja destinar R$ 305 milhões este ano para que as escolas invistam diretamente na melhoria de sua infraestrutura de internet e equipamentos relacionados, um passo importante para a inclusão digital e a modernização do ensino público brasileiro.

Confira também: artigo especial sobre leis e valortrabalhista

Em síntese, o cenário da conectividade escolar no Brasil é complexo e demanda atenção contínua e investimentos estratégicos. Enquanto algumas regiões avançam, muitas outras lutam para oferecer o mínimo de infraestrutura digital. Manter o acompanhamento e a cobrança de políticas públicas efetivas é crucial para que a educação se torne um verdadeiro pilar de desenvolvimento e equidade social. Para se aprofundar nas discussões sobre o futuro da educação e as ações políticas que impactam o ensino, convidamos você a explorar mais em nossa editoria de Política.

Foto: Reprodução/TV Globo

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