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Menina de Seis Anos Morta em Ataque de Facção Criminosa no ES; Familiares Exigem Justiça e Fim da Violência

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Na terça-feira, 26 de agosto de 2025, parentes e amigos reuniram-se na cidade de Teixeira de Freitas, Bahia, para o último adeus a Alice Rodrigues, uma criança de apenas seis anos de idade. Alice teve sua vida ceifada no último domingo, dia 24 de agosto, durante um violento ataque a tiros perpetrado por grupos de traficantes em Balneário Carapebus, situado na Serra, área que integra a Grande Vitória, no Espírito Santo. O sepultamento da menina ocorreu no início da tarde daquela terça-feira, marcando um momento de profunda comoção e dor para todos os presentes.

A tragédia ocorreu enquanto a família da jovem vítima retornava de um passeio de lazer na praia. O veículo em que Alice e seus pais estavam foi, segundo relatos policiais, confundido com um carro utilizado por rivais dos criminosos armados. Consequentemente, o automóvel da família foi alvejado por uma série de disparos. Nesse lamentável episódio, Alice foi atingida na cabeça, ferimento que se mostrou fatal. Seu pai sofreu um ferimento de raspão, enquanto sua mãe, que está grávida de oito meses, sofreu cortes ocasionados por estilhaços. A família, incluindo Alice, residia no Espírito Santo há aproximadamente três anos, consolidando suas vidas na região que, infelizmente, se tornou palco de um ato de violência extrema e despropositada.

A bisavó de Alice, Antônia Santos de Jesus, de 77 anos, visivelmente abalada pela perda, compartilhou suas memórias e seu lamento. “Ela era minha vida, minha princesa. Todo mundo amava ela. Era uma menina sabida, esperta, querida de todos. Eu só peço justiça. Não deixem esses bandidos continuarem tirando vidas inocentes”, expressou Antônia em seu desabafo emocionado, clamando por intervenções que garantam a interrupção de um ciclo de violência que assola a sociedade e tira vidas inocentes de forma tão abrupta.

A tia da menina, Marlene José Gil, também fez um apelo público, manifestando sua indignação e profunda tristeza pela morte da sobrinha. Ela descreveu a tarde do ataque como “uma tarde de terror”. Conforme relatou, “Eles voltavam para casa quando começaram os tiros. A gente quer justiça, quer proteção para as famílias. Quantas Alices vão ter que morrer para o país acordar?”, questionou Marlene, sua voz ecoando a frustração e o desespero de muitos diante da escalada da criminalidade e da aparente vulnerabilidade da população a esses atos.

Jéssica Gil, prima de Alice, trouxe informações sobre o estado de saúde da mãe da menina, que aguarda o nascimento do seu bebê. Segundo Jéssica, a gestante está sob observação contínua. “Ela está sendo monitorada, com acompanhamento para garantir a saúde dela e do bebê. Mas a dor é imensa. Estamos todos destruídos”, comunicou a prima, realçando o imenso fardo emocional e o trauma coletivo que a família enfrenta após o ocorrido. O acompanhamento médico intensivo é crucial neste período delicado, buscando preservar a saúde da mãe e do bebê, apesar da devastação emocional.

O episódio trágico se desenrolou dentro do automóvel da família, no bairro de Carapebus, na Serra, em plena tarde de domingo, dia 24 de agosto. A polícia detalhou que o carro foi alvo de disparos por engano, no curso de um confronto armado envolvendo diferentes grupos criminosos. A briga entre as facções intensificou-se, culminando no lamentável erro que resultou na perda de uma vida inocente.

Andamento da Investigação e Detenções Realizadas

Em um desdobramento das ações policiais, seis pessoas foram presas no dia 25 de agosto, segunda-feira, um dia após a morte de Alice. As detenções foram confirmadas pelo secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Leonardo Damasceno, em coletiva de imprensa realizada no mesmo dia. Estas prisões são resultado direto de operações iniciadas na região em resposta ao ataque brutal que tirou a vida da criança e feriu seus pais.

O secretário Damasceno ofereceu um panorama detalhado sobre o confronto entre os grupos criminosos. Ele informou que o ataque envolvia duas facções conhecidas que atuam na localidade da Serra: o Primeiro Comando de Vitória (PCV) e o Terceiro Comando Puro (TCP). De acordo com as investigações preliminares e informações obtidas, o veículo da família, descrito como um automóvel prata escuro, foi alvejado durante um embate do PCV contra integrantes do TCP. “Nós identificamos que tinha um olheiro, procurando um carro que seria usado por traficantes do TCP e o olheiro identificou errado o carro da família”, esclareceu o secretário. Essa falha de identificação por parte do “olheiro” teria sido o pivô para que o carro de uma família de bem fosse alvo de tiros em vez dos criminosos rivais, demonstrando a negligência e a letalidade das ações desses grupos.

Damasceno também adicionou um contexto mais amplo à violência na região, salientando que o ataque que culminou na morte da criança fazia parte de uma série de incidentes registrados no decorrer do fim de semana. “Esses ataques começaram no sábado. Tivemos um na Lagoa de Carapebus, seguido de um ataque em Balneário de Carapebus, e no domingo o PCV tentou atacar integrantes da outra facção e isso vitimou a inocente criança de seis anos”, detalhou o secretário. Tal sequência de eventos revela um cenário de escalada da violência e de disputa territorial entre as facções, expondo os moradores inocentes a riscos extremos.

Menina de Seis Anos Morta em Ataque de Facção Criminosa no ES; Familiares Exigem Justiça e Fim da Violência - Imagem do artigo original

Imagem: g1.globo.com

As informações divulgadas até o momento indicam que entre os seis indivíduos que foram detidos, encontram-se duas figuras apontadas como mandantes da ação criminosa. A esposa de um desses mandantes, que é advogada, também foi capturada. Completando o grupo de presos, estão um dos atiradores responsáveis pelos disparos, um “olheiro” – responsável por monitorar e identificar alvos para o ataque – e uma pessoa acusada de prestar apoio logístico, viabilizando a fuga dos envolvidos após a prática do crime. A identidade completa e oficial de cada um dos suspeitos ainda não foi formalmente divulgada pela autoridade policial, aguardando-se os procedimentos legais e investigativos para maiores detalhamentos sobre os capturados.

Desenvolvimento do Ataque e as Consequências Imediatas

No fatídico domingo, a família de Alice, que estava a bordo de um veículo Pegeout cinza escuro, seguia de volta para casa após um dia na praia quando a emboscada aconteceu. O carro foi brutalmente atingido por tiros desferidos por criminosos que se locomoviam em um Fiat Argo de cor branca. Mesmo com os ferimentos de raspão que ele próprio havia sofrido, o pai de Alice, em um ato de desespero e coragem, continuou dirigindo. Seu objetivo imediato era levar a filha o mais rápido possível ao Hospital Municipal Materno Infantil (HMMI) da Serra para que recebesse socorro médico urgente. Contudo, apesar dos esforços e da pronta resposta, a pequena Alice não resistiu à gravidade dos ferimentos na cabeça e veio a óbito ainda na unidade hospitalar.

A equipe da polícia deslocou-se ao hospital para dar início às investigações e colher os primeiros depoimentos dos pais da criança, elementos cruciais para a apuração dos fatos. Embora tenha sido divulgado que os pais sofreram ferimentos – o pai de raspão e a mãe cortes por estilhaços –, o estado de saúde mais aprofundado deles após a tragédia não foi detalhado pelas autoridades até o momento da publicação desta reportagem. A concentração das informações esteve, primordialmente, na identificação e na captura dos envolvidos na morte da menina, mas o acompanhamento da recuperação dos pais permanece sendo um aspecto sensível da história.

Análise da Cena do Crime e as Evidências Coletadas

Logo após a ocorrência do ataque que tirou a vida de Alice Rodrigues, os autores dos disparos se evadiram do local. O veículo Fiat Argo branco, utilizado pelos criminosos, foi encontrado abandonado em uma rua principal do bairro Novo Horizonte, nas proximidades da área do crime, na Serra. Uma inspeção preliminar realizada por agentes da lei revelou que o automóvel possuía doze marcas visíveis de tiros, que perfuraram tanto os vidros quanto a lataria. É significativo o detalhe de que alguns desses disparos foram feitos de dentro para fora do carro, o que pode indicar uma ação de resposta ou a tentativa de acertar um alvo móvel a partir do interior do veículo.

No exame interno do Fiat Argo abandonado, policiais encontraram cápsulas de munição e uma touca-ninja de tonalidade roxa, ambos os itens comumente associados a práticas criminosas e de alta relevância para as análises forenses. A perícia da Polícia Científica realizou uma busca mais aprofundada na cena e localizou, nas proximidades do carro, cápsulas de munições de variados calibres, evidenciando o uso de armamentos diversos durante o ataque. Além disso, foi encontrada uma granada de fabricação caseira, um achado que impôs um nível adicional de periculosidade à situação e demandou a intervenção de unidades especializadas.

Diante da descoberta do artefato explosivo, a Polícia Militar procedeu ao isolamento imediato de toda a área, uma medida de segurança para proteger a população e facilitar o trabalho dos especialistas. O Esquadrão Antibombas, unidade pertencente à Companhia de Operações Especiais, foi acionado para comparecer ao local e realizar a remoção e desativação seguras do explosivo. Moradores das proximidades do carro abandonado pelos suspeitos relataram ter avistado um objeto semelhante a um explosivo caseiro, confirmando as informações preliminares e reforçando a dimensão da ameaça enfrentada pelos habitantes da região durante e após o ataque.

Com informações de G1

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