A trágica descoberta do corpo de Esther Izabelly Pereira da Silva, uma menina de apenas 4 anos, em uma cacimba em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, comoveu a região e deu início a um intenso inquérito policial. A criança, que estava desaparecida desde a segunda-feira (20) de maio, foi encontrada na tarde da terça-feira (21) de maio, com claros sinais de violência física em uma residência localizada no bairro do Pixete, levando à imediata prisão em flagrante de dois homens por ocultação de cadáver.
O drama envolvendo Esther Izabelly teve seu início na segunda-feira, 20 de maio, quando a pequena, moradora da comunidade Ettore Labanca, no mesmo bairro do Pixete, saiu de casa em busca de seus irmãos, que brincavam em um campo de futebol próximo. O pai da vítima, Inaldo Santos, relatou que a mãe da criança observou que ela “sumiu do nada”. Um dos irmãos da menina, com 7 anos de idade, contou aos familiares que viu Esther entrar na residência onde, lamentavelmente, seu corpo seria localizado posteriormente.
Desde o seu desaparecimento, familiares e moradores da comunidade Ettore Labanca uniram forças em uma busca incansável, mobilizando-se e realizando protestos para obter informações sobre o paradeiro da menina. A agonia e a incerteza persistiram até a tarde da terça-feira, 21 de maio, quando, após um dia inteiro de buscas intensivas, veio à tona a chocante informação sobre a descoberta de seu corpo. A trágica resolução das buscas reforçou a angústia da comunidade local, que acompanha o desenrolar das investigações com expectativa por justiça.
Menina achada morta em cacimba: o caso em São Lourenço da Mata
O corpo de Esther Izabelly foi finalmente encontrado pelo seu tio, identificado como Nazário, na cacimba de uma casa no mesmo bairro onde ela residia. A propriedade, que exibia uma placa de “vende-se”, abrigava um poço de aproximadamente 3,7 metros de profundidade. O corpo da criança estava submerso no reservatório, que por sua vez, estava coberto por uma laje de concreto. O resgate foi efetuado pelo tio da menina, com o auxílio do Corpo de Bombeiros. Familiares, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estavam envolvidos nas buscas antes da triste descoberta.
As condições em que o corpo de Esther foi encontrado indicavam a ocorrência de grave violência. Conforme informações divulgadas pela Polícia Civil de Pernambuco, o corpo apresentava sinais de espancamento na região da cabeça. A vítima também teria defecado no local, um indício que os investigadores associam a sofrimento extremo antes do óbito. O delegado Sérgio Ricardo, responsável pelo caso, revelou que outros vestígios foram coletados na cena do crime, como uma embalagem de achocolatado, que pode ter sido utilizada na tentativa de acalmar a criança. A Polícia Civil mantém todas as hipóteses em aberto durante a fase de apuração dos fatos. Para informações detalhadas sobre a atuação da corporação em investigações, consulte o portal oficial da Polícia Civil de Pernambuco.
Um aspecto crucial da investigação se concentra na possibilidade de abuso sexual. As autoridades encontraram um preservativo nas proximidades do corpo de Esther e aguardam com urgência o resultado da perícia realizada pelo Instituto de Medicina Legal (IML) para determinar se houve violência sexual. A menina foi retirada da cacimba por seu tio e bombeiros, sendo posteriormente encaminhada ao IML, localizado no bairro de Santo Amaro, Centro do Recife. Lá, exames periciais foram iniciados para elucidar as circunstâncias e a causa exata da morte da criança.
As Prisões e o Desenvolvimento Judicial do Caso
A residência onde o corpo de Esther foi descoberto era alugada por dois homens há seis meses, segundo o proprietário do imóvel, que prestou depoimento à Polícia Civil. Os inquilinos foram presos em flagrante na mesma terça-feira (21) e autuados sob a acusação de ocultação de cadáver. O tio da criança, Nazário, afirmou não ter contato com os dois ocupantes da casa, enquanto Inaldo Santos, o pai de Esther, disse conhecê-los “apenas de vista”, tendo visto um deles uma única vez na rua da família.
Os dois suspeitos presos, identificados como Fernando Santos de Brito, de 27 anos, e Fabiano Rodrigues de Lima, de 31 anos, foram levados ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), situado no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife. Durante a audiência de custódia, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que a juíza Roberta Barcala Baptista Coutinho decretou a prisão preventiva dos acusados. Em sua decisão, a magistrada enfatizou a legalidade da prisão e a considerou “necessária, principalmente como garantia de ordem pública”, segundo o documento judicial ao qual a imprensa teve acesso. Inicialmente, os dois indivíduos respondem somente pelo crime de ocultação de cadáver. As investigações continuam para determinar a autoria do assassinato de Esther Izabelly e se há outros envolvidos no crime.
Ainda conforme a determinação judicial, a juíza instruiu que os detidos fossem encaminhados ao Centro de Observação Criminológica (Cotel), localizado em Abreu e Lima, no Grande Recife. Posteriormente, seria realizada a transferência para o Presídio de Itaquitinga, no Agreste pernambucano. A transferência para o presídio no interior do estado foi uma solicitação conjunta da Defensoria Pública e da direção do Cotel, justificada pela impossibilidade de garantir o isolamento adequado dos presos, o que poderia comprometer sua integridade física. O desenrolar do inquérito busca desvendar todas as circunstâncias que levaram à morte da menina e responsabilizar os envolvidos.
O funeral de Esther Izabelly Pereira da Silva foi realizado na tarde da quarta-feira, 22 de maio, no cemitério público de São Lourenço da Mata. O adeus à criança foi marcado pela comoção, com a presença massiva de familiares, amigos e moradores da comunidade, que se reuniram para prestar homenagens e expressar seu luto e pedido de justiça.
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Este triste episódio ressalta a importância de investigações aprofundadas e da atuação das autoridades para garantir a justiça. O caso de Esther Izabelly Pereira da Silva permanece sob apuração, e o compromisso em esclarecer os fatos é fundamental. Para mais notícias e análises sobre temas que impactam as comunidades urbanas, explore nossa editoria de Cidades.
Acervo pessoal/Reprodução


