Marina Moraes, renomada jornalista, morre aos 65 anos em São Paulo

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A aclamada jornalista Marina Moraes, uma figura proeminente e multifacetada do cenário da comunicação brasileira, faleceu neste sábado, 18 de outubro, aos 65 anos de idade. Sua morte ocorreu na cidade de São Paulo, deixando um legado marcado por uma carreira brilhante que abrangeu o jornalismo, a publicidade e a escrita. Marina era amplamente reconhecida por sua habilidade singular de capturar e reinterpretar os detalhes do cotidiano para uma vasta audiência através de múltiplas plataformas de mídia, qualidades que a tornaram uma inspiração para amigos, familiares e colegas de profissão.

A facilidade com que Marina se comunicava era evidente em todas as suas áreas de atuação. Fossem em transmissões televisivas, programas de rádio, publicações online ou jornais impressos, a essência de sua paixão pela palavra e pela arte de narrar histórias estava sempre presente e pulsante. O anúncio de seu falecimento rapidamente se espalhou, tocando aqueles que admiravam seu trabalho perspicaz e a leveza com que abordava tanto questões complexas quanto os aspectos mais simples da vida.

Marina Moraes, renomada jornalista, morre aos 65 anos em São Paulo

Nascida em 14 de maio de 1960, na vibrante capital paulista, Marina era a filha primogênita de Candido Motta Pinto de Moraes e Marilda Ferraz Ribeiro de Moraes, uma família que cresceria para incluir seus irmãos Beatriz, Luciana e Sérgio. Desde os primeiros anos de vida, sua vocação para o universo da comunicação já se manifestava. Sua jornada educacional foi coroada com a formação em jornalismo pela prestigiada Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, uma das instituições mais respeitadas do país.

Trajetória Multimídia e A Experiência Internacional

A fase da vida e carreira de Marina Moraes vivida em Nova York, nos Estados Unidos, representou um período fundamental, que consolidou sua adaptabilidade e visão como profissional multimídia. Ao longo de 12 anos, ela atuou com dedicação como correspondente e colaboradora para alguns dos mais relevantes veículos de comunicação brasileiros. Sua experiência internacional, nesse período, foi marcada por contribuições significativas para jornais como a Folha de S.Paulo e emissoras de televisão como o SBT, a Band e a TV Cultura. Sua versatilidade profissional e sua paixão por acompanhar as pautas globais foram pontos cruciais dessa etapa, reafirmando a importância da conexão e análise da comunicação global, tema frequentemente debatido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom).

Em sua capacidade como correspondente, Marina demonstrava uma notável perícia em estabelecer pontes entre as realidades americanas e o público brasileiro, apresentando pautas e perspectivas que enriqueceram substancialmente o noticiário nacional. Essa imersão em diversas culturas e ambientes sociais, sem dúvida, lapidou sua sensibilidade e aguçou sua capacidade de interpretar e de tecer as narrativas do dia a dia, um traço que se tornou uma marca registrada de seu trabalho.

O Retorno ao Brasil e o Legado como Cronista

Após a marcante passagem pelos Estados Unidos, Marina Moraes retornou ao Brasil, onde sua trajetória de sucesso continuou a florescer no universo da comunicação corporativa. Ela assumiu posições de destaque como diretora de comunicação para o Brasil e a América Latina em agências de publicidade de grande prestígio, incluindo a Leo Burnett e a Dentsu. Sua vasta experiência em múltiplas frentes da comunicação a qualificava plenamente para liderar estratégias de alto impacto nessas renomadas empresas multinacionais, solidificando sua versatilidade não apenas no campo jornalístico, mas também na esfera do planejamento e da execução de campanhas publicitárias de sucesso.

Posteriormente, ao fixar residência no Rio de Janeiro, Marina dedicou-se a uma de suas mais profundas e expressivas paixões: a crônica. Em veículos como o programa “Elas & Lucros”, da rádio Estadão ESPN, ela mantinha uma coluna cativante, que focava em temáticas relevantes para as mulheres no mercado de trabalho, abordando-as com a leveza e a sagacidade que lhe eram tão características. Foi nesse período de efervescência criativa que seu trabalho como escritora se expandiu ainda mais para blogs e redes sociais, fortalecendo sua voz autêntica e aprimorando sua singular habilidade de transformar o trivial em profundas e comoventes reflexões.

Dessa prolífica fase como cronista emergiu a obra “Água para as Visitas”, lançada pela editora Realejo. O livro foi calorosamente recebido pelo público e pela crítica, e o renomado escritor Fernando Morais, que também era um amigo íntimo da jornalista, resumiu a essência da coletânea na contracapa, destacando que Marina tinha o dom de “extrair dos personagens do dia a dia historinhas emocionantes, engraçadas, comoventes”. A obra capturou com maestria a rara capacidade da autora de observar a humanidade com um misto de humor e profunda sensibilidade, qualidades que a tornaram uma figura tão querida por um vasto número de leitores.

A Mulher por Trás da Jornalista: Testemunhos e Relações Familiares

Amigos próximos de Marina Moraes relataram a personalidade carismática e inteligente que a definia. Fernanda Godói, sua amiga há mais de três décadas (32 anos para ser exato), a descreveu como alguém “hilariante, cômica”, capaz de “desmontar nossos dramas com respostas afiadas”. Godói fez questão de frisar a sabedoria de vida despojada e límpida de Marina, um conhecimento que parecia ser o resultado de “muitas vidas dentro de uma”, e sua rara aptidão para ser confidente, ouvindo com interesse genuíno e respondendo com argúcia, sem jamais proferir julgamentos. Complementando esse retrato, o amigo Carlos Eduardo Lins da Silva recordou Marina como uma pessoa “muito alegre, otimista e inteligente”, além de uma amiga fiel e “muito engraçada”, sempre pronta para o bom humor.

Marina Moraes, renomada jornalista, morre aos 65 anos em São Paulo - Imagem do artigo original

Imagem: www1.folha.uol.com.br

Ainda que tenha vivido a maior parte de sua vida entre os cenários urbanos de São Paulo e Nova York, Marina nutria uma profunda conexão com Guaxupé, em Minas Gerais. A família Moraes possuía uma fazenda na região, um refúgio para onde ela costumava ir, talvez em busca de suas raízes e da serenidade que o ambiente rural podia proporcionar, contrastando com o dinamismo de suas cidades-sede.

No âmbito familiar, Marina foi casada três vezes e era a orgulhosa mãe de três filhas. De sua segunda união, com o jornalista Luiz Carlos Azenha, nasceram Luísa, atualmente com 37 anos, e Manuela, de 35, ambas nascidas e criadas nos Estados Unidos. Mais tarde, de outro relacionamento, com Hélio Vargas, nasceu sua terceira filha, Laura, que hoje tem 27 anos, já em solo brasileiro. Sua irmã Luciana Ribeiro de Moraes, de 61 anos, com quem Marina era sócia na marca de maiôs e biquínis Agapanto desde 2018, pintou um retrato de uma pessoa “muito alegre, muito agregadora, divertida”, destacando ainda seu “humor sagaz” e sua notável “empatia” em relação aos outros.

A Batalha Contra a Doença e o Fim da Jornada

Há pouco mais de um ano, Marina Moraes recebeu o diagnóstico de câncer, iniciando então uma árdua jornada de tratamento. Durante esse período desafiador, ela enfrentou diversos momentos de altos e baixos, com a necessidade de ser internada hospitalarmente em várias ocasiões. A batalha contra a doença foi travada com a mesma resiliência e otimismo que ela demonstrava em todos os aspectos de sua vida, sempre cercada pelo inestimável carinho e apoio de seus amigos e familiares.

Contudo, apesar de todos os esforços e da luta incessante, a renomada jornalista precisou ser internada novamente na última terça-feira, 14 de outubro de 2025, vindo a falecer no sábado, dia 18, aos 65 anos de idade. Marina Moraes deixa suas três filhas — Luísa, Manuela e Laura —, seus três irmãos — Beatriz, Luciana e Sérgio — e uma vasta rede de amigos que tiveram o privilégio de testemunhar sua luz, sua inteligência aguda e sua fervorosa paixão pela vida e pela comunicação. Sua partida inegavelmente deixa uma profunda lacuna no cenário jornalístico brasileiro e nas vidas de todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la e compartilhar de sua singular sabedoria.

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A vida e a carreira inspiradora de Marina Moraes, caracterizadas por sua notável capacidade de traduzir o cotidiano com maestria, consolidam um legado duradouro no jornalismo brasileiro. Para continuar a explorar perfis de figuras notáveis e a acompanhar as mais recentes novidades do cenário cultural e social, convidamos você a permanecer conectado à nossa editoria de Celebridade.

Crédito da imagem: Reprodução/Facebook

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