A Polícia Civil de Ribeirão Preto (SP) confirmou o **indiciamento da mãe pela morte da filha por envenenamento** na região. Após a conclusão do inquérito, Elizabete Arrabaça, de 68 anos, foi apontada como a autora do crime que vitimou sua filha, a veterinária Nathália Garnica, de 42 anos. O desfecho da investigação sobre a morte da veterinária ocorreu no dia 15 de novembro, com o delegado responsável encaminhando os autos ao Ministério Público.
Nathália Garnica faleceu em 9 de fevereiro deste ano. Contudo, a investigação detalhada sobre as causas de seu óbito só foi intensificada após a morte da professora de pilates Larissa Rodrigues, de 37 anos, que era nora de Elizabete e cunhada de Nathália. A causa da morte de Nathália foi determinada como envenenamento por “chumbinho”, um raticida de uso ilegal e alta toxicidade.
Mãe Indiciada por Morte de Filha com Chumbinho em SP
Segundo o delegado Fernando Bravo, responsável pela investigação, a apuração demonstrou que Elizabete Arrabaça agiu sozinha na morte de sua filha. “Nós investigamos a família, investigamos todas as partes envolvidas e não ficou comprovado que alguém tivesse participação nesse crime. Sempre houve a negativa da Elizabete, mas os autos provaram que ela foi a autora e que a Nathália foi envenenada”, explicou Bravo à CBN Ribeirão. A motivação do crime foi identificada como sendo de cunho financeiro, uma semelhança notável com a investigação em curso sobre a morte de Larissa Rodrigues.
Elizabete Arrabaça já estava detida por sua suposta participação no assassinato de sua nora, Larissa Rodrigues. Neste segundo caso, as investigações do Ministério Público apontam para uma ação conjunta entre Elizabete e seu filho, Luiz Antônio Garnica, que é médico e marido da vítima Larissa. Apesar da complexidade e da interligação dos casos, Luiz Antônio não foi indiciado pela morte de sua irmã, Nathália Garnica, e mantém sua posição de negar envolvimento no falecimento da esposa, Larissa Rodrigues.
Os Dois Casos de Envenenamento e Suas Conexões
O caso da morte de Nathália Garnica inicialmente havia sido registrado como um óbito de causas naturais. A mudança de perspectiva ocorreu com o início da investigação sobre a morte de Larissa Rodrigues. A cunhada de Nathália faleceu em circunstâncias suspeitas, e um laudo toxicológico revelou a presença de “chumbinho” em seu organismo. Devido ao curto intervalo de tempo entre as duas mortes e à substância identificada, a polícia decidiu aprofundar a investigação sobre Nathália.
Em 6 de maio, Elizabete Arrabaça e seu filho Luiz Antônio Garnica foram presos sob a suspeita de envolvimento na morte de Larissa. O elo crucial para a investigação da morte de Nathália surgiu da similaridade dos métodos e da presença de Elizabete como a última pessoa a ter contato com ambas as vítimas antes de suas mortes. A exumação do corpo de Nathália foi realizada em 23 de maio, e em 17 de junho, o laudo toxicológico confirmou, tal como no caso de Larissa, que a veterinária também havia morrido por envenenamento de “chumbinho”. Este dado robustece as acusações contra Elizabete.
Desenrolar do Processo e Posição da Defesa
Em resposta ao indiciamento e ao andamento do processo, o advogado de defesa de Elizabete Arrabaça, Bruno Correa, declarou que aguarda a análise completa do teor da investigação pelo Ministério Público. Correa salientou que, no estágio das investigações policiais, não há contraditório, o que impede a defesa técnica e o investigado de apresentarem sua defesa integralmente, limitando-os a prestar esclarecimentos. Ele informou que a defesa aguarda a manifestação do Ministério Público de Pontal, seja por um pedido de prisão preventiva adicional, seja por uma eventual nova denúncia contra Elizabete, para então definir as próximas estratégias jurídicas.
Imagem: g1.globo.com
É importante ressaltar que, além desses dois inquéritos complexos, a polícia também investiga a possível participação de Elizabete em outros casos de homicídio e tentativas de homicídio, ampliando a teia de crimes sob sua alegação.
Andamento da Investigação da Morte de Larissa Rodrigues
A audiência de instrução referente ao processo que apura a morte de Larissa Rodrigues teve um desdobramento importante em 14 de novembro, com os depoimentos de Luiz Antônio Garnica e Elizabete Arrabaça. O médico manteve sua acusação contra a própria mãe, negando veementemente qualquer envolvimento no crime contra sua esposa e, além disso, apontou Elizabete também como responsável pela morte de sua irmã, Nathália.
Por outro lado, Elizabete Arrabaça, em seu depoimento, refutou todas as acusações de participação na morte de sua nora. Ela também desqualificou uma carta que teria enviado da prisão em 31 de maio, na qual mencionava que Larissa teria falecido após ingerir um remédio contendo veneno de rato na noite anterior à morte. Elizabete afirmou que nem ela nem Larissa teriam conhecimento de que a substância estava presente na medicação para dor de estômago que haviam tomado. Luiz Antônio e Elizabete são acusados de feminicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e ambos permanecem presos desde maio.
A complexidade e a natureza grave desses crimes realçam a atenção da sociedade para a importância de investigações aprofundadas sobre substâncias controladas. O uso ilegal de “chumbinho” é um problema de saúde pública e criminalidade que demanda vigilância constante das autoridades competentes.
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Os desenvolvimentos deste caso chocante continuam a ser acompanhados de perto. Para mais análises sobre a criminalidade e investigações policiais em São Paulo, e o desenrolar deste e outros casos relevantes na região, continue navegando em nossa editoria de Cidades.
Crédito da imagem: Reprodução/g1
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