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Lula na ONU: Soberania, COP30 e Recados a Trump em Nova York

Lula na ONU: Soberania, COP30 e Recados a Trump em Nova York marcarão o debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem previsão de abrir o evento na próxima terça-feira, dia 23, em Nova York. A pauta do seu discurso abrangerá temas cruciais como a defesa […]

Lula na ONU: Soberania, COP30 e Recados a Trump em Nova York marcarão o debate geral da Assembleia Geral das Nações Unidas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem previsão de abrir o evento na próxima terça-feira, dia 23, em Nova York. A pauta do seu discurso abrangerá temas cruciais como a defesa da soberania nacional, a democracia, a necessidade de um multilateralismo eficaz, as urgentes mudanças climáticas e a situação de conflito na Faixa de Gaza.

Embora a finalização do discurso esteja agendada para a véspera do evento, fontes do governo brasileiro indicam que a fala do presidente Lula servirá para solidificar as posições já conhecidas do Brasil no cenário internacional. Além disso, a comunicação buscará, de forma diplomática, sinalizar e entregar “recados” ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dado o cenário político atual e as tensões recentes. Parte da delegação brasileira, entretanto, enfrenta desafios burocráticos, pois alguns integrantes ainda não obtiveram os vistos necessários para ingressar nos EUA, mesmo a poucos dias do início da Assembleia Geral da ONU.

Lula na ONU: Soberania, COP30 e Recados a Trump em Nova York

A participação de Lula neste evento global mantém uma tradição diplomática, pois o representante brasileiro é historicamente o primeiro a discursar na abertura das falas de chefes de Estado, primeiros-ministros e diplomatas. O segundo líder a tomar a palavra é tradicionalmente o representante dos Estados Unidos, criando a expectativa de um possível encontro informal entre Lula e Trump nos corredores das Nações Unidas. O presidente brasileiro, já em 2024, discursou abordando as calamidades climáticas e os conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, ressaltando o foco de sua política externa em questões globais. Para mais informações sobre as atividades da organização, confira a 79ª sessão da Assembleia Geral da ONU em seu site oficial.

Defesa da Soberania e Resposta a Tensões Tarifárias

Um dos eixos centrais do discurso de Lula será a reafirmação categórica da democracia e da soberania do Brasil. Esta postura foi intensificada nos últimos meses, principalmente após a imposição de uma sobretaxa de 50% por Donald Trump sobre produtos brasileiros que entram nos EUA. A medida tarifária de Trump foi percebida como uma tentativa de influenciar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ações que caracterizaram tentativa de golpe. Na sequência desse episódio, Lula manifestou críticas ao governo americano e enfatizou a autonomia do STF, destacando a independência do Poder Judiciário brasileiro. Auxiliares do presidente antecipam que, apesar de a posição do governo ser claramente contra a “guerra tarifária” promovida por Trump, a manifestação de Lula não será um ataque frontal ao líder norte-americano, mas sim uma marcação de posição estratégica e diplomática.

COP30 e o Compromisso Ambiental Global

O cenário das mudanças climáticas também terá espaço privilegiado na fala do presidente. Lula planeja dedicar parte de sua intervenção a cobrar maior engajamento e ações efetivas em favor da preservação ambiental e da transição energética. Com o Brasil na posição de país anfitrião da COP30 em novembro, o governo busca ativamente viabilizar o financiamento por nações desenvolvidas de projetos de conservação para florestas tropicais, com foco especial na Amazônia. Tendo assumido o compromisso de zerar o desmatamento na maior floresta tropical do mundo até 2030, Lula tem cobrado repetidamente que os países signatários estabeleçam metas mais ousadas para a redução de emissões de gases de efeito estufa, alinhando a agenda ambiental global às necessidades da preservação de biomas críticos.

A questão da soberania dos países amazônicos será outro ponto ressaltado por Lula. O objetivo é fortalecer a capacidade dessas nações em combater os problemas de segurança intrínsecos à região. Esta posição serve também como um contraponto às recentes movimentações de navios militares dos Estados Unidos no mar do Caribe, ressaltando a primazia dos países sul-americanos sobre seus territórios e águas circundantes. O discurso demonstra, portanto, um balanço entre a agenda ambiental e a defesa geopolítica do continente.

Cenários de Conflito Global e Reforma da ONU

O texto do discurso de Lula, desenvolvido em colaboração com assessores e ministros, igualmente reservará trechos para a reafirmação da democracia e para a promoção de relações harmoniosas entre as nações. Haverá um forte apelo por reformas estruturais em organismos internacionais, com atenção especial à Organização das Nações Unidas (ONU) e, em particular, ao Conselho de Segurança, visando torná-los mais representativos e eficazes diante dos desafios contemporâneos.

É amplamente esperado que o presidente reaborde as guerras em curso na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Lula tem mantido uma postura firme na defesa de um cessar-fogo imediato em ambos os conflitos. Em relação à guerra na Europa, o posicionamento brasileiro converge para a busca de uma solução negociada que inclua diretamente a Rússia e a Ucrânia à mesa de diálogo, buscando caminhos diplomáticos para a paz duradoura. Quanto ao conflito na Faixa de Gaza, o presidente Lula mantém uma visão crítica à intensidade da resposta israelense aos ataques perpetrados pelo grupo Hamas, expressando a convicção de que a atual estratégia militar tem como objetivo a erradicação dos palestinos da região. Numa posição consistente, o presidente se mostra favorável à definição de um Estado palestino capaz de coexistir pacificamente com Israel, reafirmando o compromisso do Brasil com a solução de dois Estados.

Confira também: artigo especial sobre redatorprofissiona

A expectativa em torno do discurso do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU é alta, considerando a amplitude dos temas a serem abordados, que vão da soberania nacional à urgência climática e aos cenários de guerra. Sua participação sublinha o papel do Brasil na diplomacia global, buscando o diálogo e a promoção da paz e do desenvolvimento sustentável. Continue acompanhando nossas publicações para mais análises sobre política nacional e internacional em nossa editoria de Política.

Crédito da imagem: Jornal Nacional / Reprodução

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