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Lifting Facial: Cresce Busca por Jovens em Cirurgias Estéticas

O lifting facial, ou ritidoplastia, historicamente associado ao público mais maduro, registra uma notável expansão demográfica, com indivíduos nas faixas dos 20 e 30 anos optando cada vez mais pelo procedimento. Este fenômeno é visível nas plataformas de redes sociais, onde discussões sobre diferentes modalidades de liftings – como mini-lifting, “rabo de cavalo” e “plano […]

O lifting facial, ou ritidoplastia, historicamente associado ao público mais maduro, registra uma notável expansão demográfica, com indivíduos nas faixas dos 20 e 30 anos optando cada vez mais pelo procedimento. Este fenômeno é visível nas plataformas de redes sociais, onde discussões sobre diferentes modalidades de liftings – como mini-lifting, “rabo de cavalo” e “plano profundo” – inundam os feeds de notícias, marcando uma ruptura com a percepção tradicional dessa cirurgia estética.

Este procedimento cirúrgico tem como finalidade rejuvenescer a face e o pescoço através da remoção de excesso de pele, atenuando rugas e linhas de expressão. O perfil do paciente, antes restrito aos estratos sociais mais abastados e de idade avançada, transformou-se radicalmente. Agora, uma parcela crescente de pessoas mais jovens busca a intervenção, transformando o que antes era um tabu em um tema abertamente debatido e, por vezes, compartilhado com detalhes nas mídias sociais, incluindo a delicada fase de recuperação.

Lifting Facial: Cresce Busca por Jovens em Cirurgias Estéticas

A naturalização das cirurgias plásticas faciais, especialmente entre os jovens, pode ser atribuída a múltiplos fatores, desde a crescente insegurança alimentada por padrões estéticos muitas vezes irreais disseminados no ambiente online, até o avanço de tratamentos não cirúrgicos, como o botox e os preenchimentos. Para muitos, a cirurgia torna-se o próximo estágio lógico na busca por uma aparência idealizada e de efeito duradouro.

A canadense Emily, aos 28 anos, realizou um lifting facial motivada pelo desejo de um “visual bem definido”, com mandíbulas esculpidas, maçãs do rosto elevadas e olhos alongados. A experiência, realizada na Turquia, foi “transformadora”, conforme sua declaração. Ao todo, Emily submeteu-se a seis procedimentos simultaneamente, incluindo um lifting médio do rosto, um lifting labial e uma rinoplastia, custando um total de R$ 43 mil. Ela descreveu a experiência como rápida no procedimento e transformadora na recuperação, embora tenha sido prolongada e desconfortável, com perda de sensibilidade em partes das bochechas por até seis meses.

Ainda que Emily pondere sobre a decisão caso tivesse o conhecimento atual, ela reafirma o objetivo de se tornar “a melhor versão de si mesma”, o que acredita ter alcançado. Sua história reflete um comportamento de sigilo inicial – sua mãe só foi informada alguns dias após a intervenção –, o que é comum entre jovens que optam por essa jornada estética.

A técnica de um lifting facial geralmente envolve incisões discretas em ambos os lados do rosto, próximas às orelhas, estendendo-se até a linha do cabelo. Posteriormente, uma incisão é feita no músculo que controla as expressões faciais (SMAS), permitindo que tecidos e músculos sejam cuidadosamente reposicionados para um resultado mais harmônico e natural. É essencial que tais procedimentos sejam executados por profissionais qualificados. Para mais informações sobre a prática e a importância de escolher um profissional credenciado, consulte as orientações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Dados internacionais corroboram essa mudança. A Associação Britânica de Cirurgiões Plásticos Estéticos (BAAPS) reportou um aumento de 8% nos liftings faciais no Reino Unido no último ano, e muitos de seus membros notam a alteração no perfil etário dos pacientes. A Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS) também observa uma ascensão entre a Geração X (45 a 60 anos), que representa a vanguarda dessa nova onda de procura.

Segundo Nora Nugent, presidente da BAAPS, múltiplos fatores contribuem para essa tendência, inclusive o crescente uso de medicamentos para perda de peso, que podem deixar um excesso de pele na face. Além disso, as técnicas cirúrgicas evoluíram significativamente, minimizando o temido “efeito de túnel de vento”, característico de intervenções menos refinadas no passado. Simon Lee, cirurgião plástico britânico, destaca a simplicidade com que alguns liftings de rosto e pescoço podem ser realizados atualmente, inclusive em consultórios, sob anestesia local e sem sedação, algo antes restrito a ambientes hospitalares com anestesia geral.

Lee considera este um momento de efervescência na área, com avanços rápidos. Embora o lifting clássico, focado na mandíbula e no pescoço, mantenha sua popularidade, novos tratamentos visam os dois terços superiores do rosto, onde os primeiros sinais do envelhecimento tendem a surgir. Contudo, ele alerta que o lifting facial é mais recomendado para pessoas acima dos 40 anos, sendo bastante raro e incomum a indicação de um procedimento tão complexo em pacientes na faixa dos 20 ou 30 anos.

Importante ressaltar que todo procedimento cirúrgico apresenta riscos. No caso do lifting facial, possíveis complicações incluem a formação de hematomas – acúmulo de sangue sob a pele que, se não tratado, pode levar à necrose tecidual –, infecções, lesões nos nervos faciais e alopecia (queda de cabelo na área das incisões). Em termos de custo, um lifting facial no Reino Unido pode variar, em média, de 15 mil a 45 mil libras (equivalente a R$ 109 mil a R$ 326 mil), embora haja ofertas a partir de 5 mil libras (cerca de R$ 36 mil).

A britânica Julia Gilando, de 34 anos, optou por um lifting facial para corrigir uma assimetria no rosto decorrente de problemas na mandíbula. Apesar de amigos não perceberem o que ela considerava uma falha, Gilando, trabalhando na área da saúde, decidiu confiar em seu instinto. Ela também viajou à Turquia para realizar a cirurgia, que teve um custo de R$ 43 mil, em uma tendência crescente de turismo médico motivada pelos preços mais acessíveis, embora com riscos inerentes a cirurgias em um país estrangeiro e sem apoio local.

Doutora Kirsty Garbett, especialista em imagem corporal da Universidade do Oeste da Inglaterra, expressa preocupação com o impacto dos procedimentos estéticos na autoestima. Ela ressalta que vivemos uma pressão “sem precedentes”, especialmente em relação à imagem facial, intensificada por chamadas de vídeo, redes sociais, filtros e inteligência artificial, que criam um cenário online irreal. O fato de celebridades falarem abertamente sobre suas cirurgias também contribui para normalizar esses procedimentos, fazendo-os parecer “parte da vida”, o que Garbett considera “realmente preocupante”.

A apresentadora de TV Caroline Stanbury, de 47 anos e conhecida pelo reality show “Real Housewives of Dubai”, realizou um lifting facial há dois anos. Ela afirmou que a intervenção foi a “melhor coisa” que fez, preferindo realizá-la agora a esperar até os 60 anos. Após duas décadas de botox e preenchimentos regulares, ela sentia que sua aparência estava se tornando “estranha”. Caroline investiu 45 mil dólares (R$ 247 mil) em um lifting profundo nos Estados Unidos, garantindo sentir-se renovada e “ainda eu mesma” por mais 20 anos.

No entanto, a preocupação com essa crescente demanda em faixas etárias mais jovens não é unânime entre os especialistas. Alexis Verpaele, cirurgião plástico da Bélgica, frequentemente dialoga com pacientes mais novos, explorando alternativas menos invasivas antes de recomendar uma cirurgia de grande porte. Verpaele levanta uma questão sobre a durabilidade: se um lifting dura cerca de 10 a 15 anos, alguém que faça o procedimento aos 20 poderá ter se submetido a três liftings até os 60 anos, um trauma considerável para o rosto, mesmo na ausência de complicações.

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Em suma, a procura por lifting facial em jovens representa uma mudança cultural impulsionada por padrões estéticos online e avanços médicos. Enquanto a decisão individual deve ser respeitada, especialistas reforçam a importância de pesquisas aprofundadas sobre riscos, custos e a escolha de um cirurgião qualificado. A busca pela “melhor versão de si” por meio dessas cirurgias requer ponderação sobre os benefícios e os desafios a longo prazo. Continue acompanhando nossa editoria de saúde e bem-estar para se manter atualizado sobre outras tendências no campo da estética.

Crédito da imagem:
Hotgirlenhancements no Instagram
Getty Images via BBC
Julia Gilando
Caroline Stanbury

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